– Zayn, hora de acordar – minha mãe bateu na porta e eu nem tive muita dificuldade em levantar. Já estava acordado. Eu não tinha dormido. Eu não consegui dormir. Eu só conseguia lembrar da noite passada, de Rosalyn, da roda gigante, da viatura, da praia - aliás, como eu amo a praia - da boate e do banheiro, e dos dedos de Corline adentrando nos meus cabelos. Minha mãe, bem, ela decidiu ignorar minha existência. Talvez eu devesse ficar feliz por ela não ter me pegado pela orelha e berrado por conta da hora em que eu tinha chegado, ou por eu ter saído sem avisar. Mas você já ouviu falar que o silêncio e o pior castigo? Muito bem, eu tinha medo do silêncio dela e mais medo ainda do que iria acontecer quando essa greve do silêncio acabasse. Preferi dar um tempo para ela - na verdade, eu