começo de um tormento
A dezoito anos atrás nascia em uma família razoavelmente rica a doce menina chamada Helena, criada por uma mãe amorosa e bela de longos cabelos negros até a cintura era o ícone da beleza perfeita a mulher que todos os homens almejavam ter ou como mulher ou como amante, mas Leonardo Conseguiu chamar sua atenção e casar com ela todos os invejaram e quando a xerox dela sua bebê nasceu mais ainda principalmente o que chamava mais atenção nas duas, os belos olhos verdes até a morte prematura da mesma com vinte cinco anos e a pequena Helena de apenas seis anos ficando apenas com um pai que se jogou no vício da bebida e do jogo para fugir da realidade gastando o dinheiro da família nos anos seguintes.
Helena foi criada por uma babá até os doze e depois quando não havia dinheiro para pagar pelos empregados, ela mesma dava conta de tudo na casa e ainda tendo que trabalhar para poder colocar o arroz e feijão na mesa, mas mesmo trabalhando tanto assim, ela continuava lutando mesmo seu pai não dando o devido valor a ela.
Hoje foi o dia em que Helena ia ao cemitério e levava flores a mãe chorava sobre o túmulo e pedia forças a ela hoje era um dos piores, pois seu pai se embebedava até cair e jogava aquilo que não tinham o que já era quase inexistente após falar com Léia e contar tudo sobre o que estava acontecendo na sua vida Helena voltou para uma casa vazia e fria seu pai estava ausente e ela sabia que não voltaria até a madrugada do dia seguinte então ela não o esperou acordada já que era em vão após tentar levá-lo a mudar tantas vezes ela desistiu e só orava para que ele caísse em si antes que fosse tarde de mais, mas parece que já era tarde seu pai perdeu a casa que moravam e sem mais nada para apostar assinou a venda da sua filha e perdeu aos dezoito anos, Helena perdeu sua liberdade.
Leonardo Albuquerque
Hoje eu acordei pensando nela seu sorriso seu perfume e como sempre nesses dias para continuar a caminhar eu bebia e a cada copo eu bebia um pouco mais para conseguir passar por essa dor porém não passava estava num bar donde ia muitas vezes quando tinha muito dinheiro para gastar agora conseguia ainda entrar porque tinha algumas conexões com pessoas de muito dinheiro como Alexandre Gamarra e foi através dele que consegui um passe para entrar e através da bebida começamos a jogar cartas ele era um homem duro de negócios muitas vezes fora da lei, mas ele vício falava mais e eu tinha certeza que eu ganharia algo hoje e para minha surpresa comecei ganhando dez mil parecia estar com a sorte grande hoje depois da terceira rodada de apostas comecei a investir alto e Alexandre me fez assinar a minha casa todavia dessa vez eu perdi e o restante só dinheiro foi junto com ela até que não tinha um centavo no bolso nem nada para apostar.
— Ei Alexandre me dê mais um vale esse será o último eu te pago eu juro só mais um jogo preciso recuperar a casa ou Helena me matara dessa vez?
Ele me olhou me avaliando depois pediu para um dos seus homens trazerem seu talão de cheques e outro um papel para assinar eu não li nada apenas assinei estava tão bêbado que foi difícil até mesmo me concentrar, mas precisava disso.
— Sirva mais para nosso convidado Aguirre.
Logo o garçom trouxe o melhor burbom e eu tomei.
— Bem vamos ver o que todos tem na mão.
Alexandre falou e os homens começaram a mostrar seu jogo eu estava confiante.
— Mostre o seu Leonardo.
Eu sorri sabia que ganharia coloquei minhas cartas na mesa Full house.
— Bom jogo.
Eu já estava pegando as coisas ganhei finalmente, mas para minha surpresa Alexandre virou sua mão e eu geleia.
— Straight Flushes creio que você perdeu.
Fui ao chão o que eu fiz perdi a casa, todo o dinheiro que eu havia ganhado e também devia-lhe.
— Por favor Alexandre nós nos conhecemos a muitos anos releve só essa vez eu não tenho mais nada onde vou morar?
-Ora !, ora, mas isso é uma verdade você não tem nada de dinheiro e se eu quiser, posso te deixar na rua, mas você tem algo que eu quero.
— O que me fala pode dizer o que for eu te dou, mas não posso ficar na rua.
Ele caminhou pegando uma dose de bebida e colocando no copo e virando para mim.
— Você tem uma filha não é Helena?
-Sim, mas o que isso tem a ver com alguma coisa.
— Eu quero ela.
— O que não posso aceitar uma coisa dessas.
— Eu perdoarei a dívida, mas quero me casar com Helena quero isso por escrito sua filha pela casa que mora e até mesmo o valor que ganhou no jogo antes de perder.
— Eu não sei Helena é tudo o que me sobrou de Leia.
— Então terá que dizer-lhe que a partir de hoje vocês estão na rua e você sabe que eu cumpro minhas promessas.
— Eu não posso fazer isso com ela minha Helena é tão esforçada não posso deixá-la na rua.
— Não deixará a partir do momento que aceitar ela será uma mulher rica.
— Eu aceito.
Ele me deu uns, tapas nas costas e me devolveu a escritura da casa além do dinheiro.
— Pode ir, mas diga-lhe que amanhã vou vela e é melhor que me receba bem já que seremos casados o mais rápido possível agora Aguirre escolte o senhor Leonardo até a porta.
Na hora em que sai do bar me dei conta o que eu fiz acabei com a vida da minha filha, mas depois que assinei não posso mais voltar atrás ou Alexandre acabaria comigo me deixando na ruína o momento de pesar acabou agora era o sentido de sobrevivência respirei fundo era agora.