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2307 Words
Helena Narrando O final de semana passou voando e eu ainda voltei no morro para dar uma limpada na casa e já deixar alguns móveis e eletrodomésticos que comprei, na segunda logo cedo fui na creche e achei ótimo, expliquei também a rotina do Igor e elas me deixaram bem seguras referente a tudo. Agora estou aqui terminando de colocar na mala as nossas coisas que amanhã após o almoço estaremos indo embora, duas semanas que não vejo o meu pingo pessoalmente, essa casa fica estranha sem aquele tagarela me chamando o tempo todo, mas tudo eu tô fazendo para a nossa melhoria, para a melhoria dele no futuro. Falei com ele todos esses dias por vídeo chamada e me parece que o Henrique está mais calmo com toda essa mudança, espero que ele não cause nada amanhã e nem tenha feito alienação parental o que eu quero acreditar que seja difícil, oremos para dar tudo certo. Essa semana sonhei com o dono da p***a toda, sonho erótico, meu Deus nunca tinha acontecido nada parecido, acordei suada e toda molhada, corri pra tomar banho, não me toco, não sinto prazer nisso, faz praticamente 1 ano e meio que não tenho relações sexuais, eu sinto falta do toque e de ter alguém por perto, mas não me vejo com alguém até porque seria uma agulha no palheiro alguém se interessar por mim. Acho que ainda não falei como eu sou, pele branca, cabelos longos castanhos claros, olhos castanhos claros, 1,62 de altura e sou totalmente fora do Padrao de beleza que as pessoas estão acostumadas, tenho s***s grandes demais, sou bem gordinha, pouco bumbum, enfim resumindo 97kg distribuídos entre, peito, perna e barriga. Eu nunca tive esse biotipo, mas desenvolvi ansiedade, complexo de rejeição, baixa autoestima e luto contra depressão. A rejeição do meu ex doeu muito, pois eu não tive um pós parto calmo psicologicamente falando e eu sou do tipo que guardo tudo pra mim e depois de não aguentar mais eu me acabo no choro e tudo isso foi desencadeando tudo isso que relatei acima, após o nascimento do Igor eu não consegui manter meu peso anterior o que piorou pois cheguei a 110 kg e pra sair da casa dos 100 demorou muito. Já tive bem pior, mas ultimamente eu tô tentando focar no meu pingo e no meu trabalho, final de semana eu só sou dele e pra ele. Tenho que conversar com o Henrique pra ver como vai ser a ponte aérea, jamais afastaria ele do filho, não funcionamos mais como casal infelizmente, mas ele é um super Pai e eu jamais faria isso pensando em afastá-lo, mas eu escolhi ir pois preciso dar uma volta na minha vida e lá vou ganhar mais, então vou dar uma melhorada na vida do Igor também. Terminei de arrumar tudo e já consegui vender algumas coisas essa semana e a minha colega de trabalho ficou de me ajudar a vender o resto e mandar o dinheiro. Esse apartamento é nosso, entramos em acordo que ele ficará alugado e o dinheiro vai ser para a conta e despesas do Igor, então só vai ficar os móveis planejados nele. Tomo um longo banho, lavei meu cabelo que está enorme e eu estou de faniquito pra cortar ele, mas só posso daqui a 3 meses, fiz promessa e só corto a cada 2 anos, o bichinho da um trabalho danado, mas tá bonito, coloquei uma roupa leve pois tá um calor grande e fui pedir um delivery pois tudo de comida que tinha aqui em casa eu doei pra uma família que estava precisando, pra nada estragar. Fui pra sala assistir enquanto eu esperava a comida e do nada a porta se abre e passando por ela o Henrique com o Igor em seus braços já dormindo, ele m*l fala comigo e passa direto pra o quarto dele pra colocar ele na cama. Henrique- Vamos fazer o seguinte, todo mês eu fico com ele uma semana e se der e se você concordar ele passa mais de uma, como ele ainda não estuda, podemos fazer essa dinâmica, depois vamos nos ajustamos, as datas comemorativas nós negociamos como faremos. - ele já vem pra sala falando tudo de uma vez e eu fico prestando atenção em tudo, ele tá com um semblante triste, mas não contestou mais a minha decisão e já veio com a solução, concordei com tudo e com o tempo nós nos alinhamos a rotina, vai dar certo, tudo em prol da felicidade do Igor. Nós alinhamos tudo e ele se despediu de mim me desejando sorte e dizendo que eu poderia ligar pra ele caso eu precisasse de algo, meu lanche chegou e eu comi agradecendo aos céus por tudo está se encaixando e pedindo a Deus que tudo desse certo nesse recomeço. Vou me deitar já tarde deixando algumas coisas do trabalho já adiantados, pois já começo logo cedo na segunda-feira e Igor vai se alinhar a nova rotina também, espero que ele não estranhe e nem dê trabalho na adaptação, ele estava na outra creche desde os 11 meses quando voltei a minha vida profissional, quando eu fui pedir transferência foi um chororô de todas as tias e o meu bichinho sem entender nada, mas eu só tenho o que agradecer a elas por todo cuidado e carinho com ele desde sempre. Fui dormir e passei no quartinho dele, levei para o meu para dormir agarradinha com ele, meu ponto de paz e de surto ao mesmo tempo, porque pense num mini furacão é essa criança, mas ainda bem que é assim, sinal que tem muita saúde né?! No dia seguinte acordei com meu despertador em forma de bebê logo cedo pedindo seu leitinho, já deixei tudo organizado, só o essencial que vamos usar, vamos sair por volta das 9:30 da manhã, para poder fazer todos os procedimentos de despache de malas que são muitas e ainda almoçar com calma já que nosso voo está marcado para as 12:40 e provavelmente não vai atrasar. Tomamos nosso café da manhã e fomos nos organizar, não pedi pra ninguém nos levar no aeroporto, dá pra eu desenrolar lá com ele e as malas e assim eu fiz e fui o caminho todo rezando para que tudo desse certo a partir daquele instante. Tempos depois chegamos no Rio e tá um calor enorme, o Igor tá dormindo profundamente pois tomou remédio para não enjoar durante o voo e capotou, estou com ele nos braços e cheia de malas, como vou fazer pra sair daqui ? Ainda não sei! Mas vou dar meu jeito, minha rede de apoio vai ser Deus e eu mesma. Só que tem muita mala, muita mesmo e eu tô vendo que não vou conseguir ir até o pé do morro com isso tudo e ele nos braços. Finalmente alguém viu minha agonia e me ajudou a levar as coisas até o ponto de Táxi e colocar tudo dentro do carro, agradeci ao senhor que me ajudou e falei para o taxista me levar até o morro do Vidigal, ele já me olhou um pouco atravessado e eu já olhei serinha pra ele, onde já se viu preconceito com o destino da viagem, me poupe viu . Um pouco tempo depois chegamos, o Igor segue no seu sono dos justos e eu sigo com dor nos joelhos e coluna e lutando bravamente com tudo. O taxista parou na entrada do morro e já avisou que não poderia subir pois não pode e nem se pudesse subiria, fechei logo a cara pra ele, doida pra falar umas verdades, mas pra não acordar o Igor eu decidi ignorar o comentário s*******o que ele fez. Pelo menos ele tirou todas as bagagens e deixou num cantinho, como eu vou subir isso tudo e além de tudo meu pequeno está no braço, de repente uns barulhos de moto descendo que até o Igor se assustou e acordou na hora, vejo quem vem descendo é o Rod, o Dih e mais outro rapaz que não conheço ainda, meus olhos se chocam com os do Dih e eu tento me recompor em fração de segundos para ele não perceber que eu estou comendo ele com os olhos literalmente, pq ele está sem camisa e só com uma bermuda de jogar bola com o caminho da felicidade a mostra. Eles param próximo a mim e o Rod que é mais comunicativo vem falar comigo. Rod- Fala tu mina, tá precisando de ajuda pra subir esse tanto de mala? E tu menorzinho acordou agora também foi? - ele fala com a gente e bagunçando o cabelo do Igor que olha pra ele todo desconfiado e eu não consigo parar de olhar de canto de olho para o dono da p***a toda que nos observa um pouco mais pra trás de braços cruzados e de óculos escuros. Helena- Oi Rod, se não for incomodar, você poderia perguntar a alguns dos meninos se eles podem me ajudar a subir com isso tudo? O Igor também acabou de acordar e ainda está bem molinho devido ao remédio que tomou para não passar m*l durante o voo então ele vai ter que subir no braço também, então se puder fazer esse favor pra mim eu te agradeceria muito. - falo com ele que concorda com a cabeça e eu noto o Dih falando com o outro rapaz que veio com ele, que sai. Quando o Rod tá indo falar com os meninos pra me ajudarem, encosta uma HRV preta perto de nós e aí o Dih vem ao nosso encontro com mais dois rapazes. Dih- Coloquem as malas deles no carro e você mina acomoda o menorzinho na cadeirinha que eu vou deixar vocês lá na sua goma jaé. - ele fala sem dar tempo de responder nada e os meninos já colocam as malas no carro e ele vem até a mim e pede permissão para pegar o Igor. Dih- E aí menor de boa ? - o Igor vai pra ele de boa e fala com ele. Vamos sentar aqui nessa cadeirinha pra você não se machucar caso aconteça alguma coisa. - ele segue conversando com ele e vai colocando o cinto de segurança e eu sigo parada no mesmo lugar tentando entender como tudo aconteceu rápido demais. Dih - Vamos mina, já está tudo dentro do carro ou vai subir a pé? - ele fala e dá um pequeno sorriso de lado que me deixa fraquinha, eu só concordo com a cabeça e dou a volta entrar no carro na parte de trás e ele ja me olha bolado e diz. - Vem aqui na frente que é melhor por causa das malas que ficaram algumas ai junto da cadeirinha.- Eu o olho toda sem graça e vou para o banco da frente, assim que entro ele da partida subindo o morro, ele teve que da a volta por algumas ruas pois tinha uma obra no meio do caminho, ele não falou nada no trajeto, estava tocando Tiee bem baixinho no carro onde ele acompanhava o ritmo da música batucando no volante, além de lindo, gostoso ainda tem um excelente gosto musical, notei que ele olhou pra mim rapidamente de canto de olho quando cantei um trechinho da música, que é gente sou pagodeira, meu estilo de música favorito é pagode e sertanejo. Finalmente chegamos em frente a casa, o trajeto que seria rápido se tornou mais longo que o normal e ainda notei que ele veio bem devagar, o Igor estava prestando atenção em tudo e quando fui tirar ele da cadeirinha, o Dih se antecipou e foi pegando ele no colo, o safado do meu filho foi com ele no braço sem nem contestar, mas num tô dizendo um negócio desses. Depois de tirar tudo e eu colocar os Igor para assistir os desenhos dele no celular enquanto eu organizava as coisas, o Dih estava parado próximo a porta de entrada observando tudo, olhei pra ele e criei coragem de trocar mais que duas palavra com ele, pois desde que cheguei ele só fala e eu concordo, logo eu que sou tão tagarela com todo mundo fico muda com ele. Helena- Você quer um copo de água? Até o momento é o posso te oferecer, ainda não fiz minhas comprar e aliás, você poderia me dizer onde fica os comércios principais daqui tipo mercado, pizzaria e até mesmo o postinho para caso haja alguma emergência eu já saber para onde ir. - falo tudo logo de uma vez e acho que eu falei muito rápido também, pois ele abre um pouco mais os olhos e ergue as sobrancelhas, acho que notou que fiquei um pouco nervosa pois deu um sorrisinho de lado que me deixou mais fraquinha ainda. Dih- Aceito a água sim, se você quiser posso te levar para comprar alguma coisa, mas assim que você sair na rua principal descendo tem a padaria, mercado e mais em baixo tem a pracinha que tem várias lanchonetes inclusive um parquinho para o menor ali brincar, na rua de trás da praça tem o postinho que mais parece com um hospital. - ele fala e eu fico encarando e aí percebo o quanto Aqui é grande e organizado. Dou a água a ele que bebi toda sem desviar os seus olhos dos meus, eu tô ficando com vergonha já com toda essas encarnadas que ele fica dando, meu Deus que homem é esse de poucas palavras que me deixa toda molinha. Ele se despediu de nós dois e enquanto o Igor estava assistindo e brincando com os carrinhos dele, eu terminava de organizar algumas coisas. Tomei um banho com o meu pingo e nos arrumamos para poder ir comer alguma coisa e deixar ele brincar um pouco na pracinha.
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