GRÁVIDA DO CEO

3

Os braços dele envolviam todo o meu corpo como se ele fosse 3 vezes maior do que eu. Seu beijo conseguiu me arrebatar e deixar minhas pernas fracas, fazendo todo o meu corpo ficar arrepiado. Ele tinha um sabor tão único, um cheiro tão diferente, sua pele era tão quente que deixava qualquer pessoa a vontade e com certeza eu estava. Que bom que não fui para casa. Bom, fui, mas pelo menos não estou com meu pijama surrado.

— Por que você voltou pra lá? — ele perguntou, enquanto me beijava

— Achei que tinha esquecido algo lá — falei, empurrando-o para a cama

— Parece que você achou — ele deu um sorriso provocante

— Será? — falei, abrindo o zíper do meu vestido

Ele parecia estar me seguindo com os olhos enquanto abria os botões de sua camisa.

— Não vamos falar nossos nomes, números, nada — falei — não vamos nos ver de novo, não vamos nos falar de novo, é só hoje e agora

— É um desperdício, você sabe, né? — ele falou parando de abrir os botões — existe algo aqui entre nós e eu gostei disso

— A gente acabou de se conhecer — falei, rindo — mas entendo, você já se apaixonou por mim

Ele soltou uma gargalhada tão gostosa que mais uma vez, perdi as forças da perna.

— E o que eu faço com a informação do seu nome, Liv? — ele falou, tentando me provocar e me puxando para ele — e eu estou na sua casa

— Quem disse que esse é meu nome? — falei rindo enquanto ele me puxava para cima dele — e quem disse que essa casa é minha?

— Então esse era seu plano? Me levar para a cama? Já tinha armado tudo com suas amigas? — ele falou, rindo e mordendo seu lábio inferior

— Você descobriu todo o meu plano.

Seus lábios tocaram o meu novamente, com mais desespero e vontade. É isso, não acredito que eu trouxe um desconhecido para a minha casa e que estranho maravilhoso. Seu toque era tão delicado que poderia deixar qualquer uma doida e hoje era o meu dia. Não me importo se ele é um idiota porque não vamos passar de uma noite apenas.

Acordei no meio da noite com um abraço apertado e tomei um susto, esqueci que não estava sozinha. Fazia tanto tempo que essa cama era apenas preenchida por mim e um vazio enorme que ver que ela estava cheia fez eu me sentir bem novamente comigo. Eu ainda era atraente, bonita e era uma mulher incrível. João me fez esquecer disso.

Acordamos com o telefone dele tocando o seu alarme diário às 5h30 da manhã. Pelo visto ele deveria morar longe de seu emprego e precisava acordar cedo. Coitado, é mais um proletariado como eu. Que bom porque se ele fosse rico eu teria vergonha de trazê-lo aqui messe muquifo.

— Você vai trabalhar agora? — perguntei, sonolenta

— Não, esse é o horário que eu acordo para correr — ele falou, começando a se esticar na cama

— Tá bom, vou dormir mais, foi um prazer conhecer você — falei e ele começou a rir

— Não vai nem me dar um beijo de despedida, Liv? Você é bem decidida mesmo, gostei

— Eu falei, foi só uma noite.

— Tecnicamente, ainda é madrugada, então... — abri os olhos e ele estava me olhando com aquela cara provocante

— Suas piadinhas voltaram?

Ele ficou me encarando por um tempo, poderia sentir seus olhos queimando o meu corpo inteiro, mesmo que debaixo da coberta.

— Só o primeiro nome, Liv? Isso tudo vai contra o que eu sou. Vou ter que te chamar de Secret mesmo?

— Vou te chamar de Stranger, esse será o seu nome — ri, provocando-o

— É, acho que vou embora mesmo — ele falou, se sentando na beirada da cama e claramente fazendo drama

Levantei em seguida e o puxei para mim, pude sentir que ele sorriu quando fiz isso. Comecei a dar beijinhos leves em suas costas, era uma pele tão gostosa que a vontade era de ficar abraçada nele o dia inteiro. Quando o vi no bar, tive o pressentimento de que ele era totalmente diferente do que essa pessoa que está aqui na minha frente. Ele parecia ser sério e fechado, mas não para de sorrir o tempo todo.

— Vamos fazer uma despedida digna ou vou embora para casa doido para saber seu nome?

— Você está esperando o que? Estou aqui. — falei em seu ouvido

Bastou um aval e ele me virou com tanta rapidez que fiquei assustada. Se eu estava triste por pensar que João me fez esperar por 5 anos para casar com outra, agora eu simplesmente estava feliz em estar sendo dele nesse exato momento. Eu simplesmente queria congelar esse momento e reviver ele diversas vezes quando fechasse os olhos porque a sensação era ótima.

O sol estava começando a sair e refletir em todo o quarto, mas nada ficava tão bonito quanto ele sendo iluminado pelo sol. Aquela luz deixando seus olhos ainda mais azuis e seus cabelos ainda mais pretos. Seu cabelo bagunçado caindo em sua testa o deixando mais bonito do que ontem. Sem aquele terno ele parecia outra pessoa e ele estava assim, tão íntimo, tão despojado, natural. Não estou aguentando! Ou ele levantou antes e passou algum perfume ou ele é sinceramente mágico por acordar e ter esse cheiro de hortelã, tão refrescante. Espero estar tão bonita quanto ele após acordar.

Estar com ele estava sendo um refrigério para o meu ego, eu sei que vai soar ruim, mas para uma mulher que não estava fazendo as unhas e nem cuidando do cabelo, ter um homem daquele te desejando mais de uma vez era como um afago para minha autoestima. Não conseguia parar de pensar nisso até que algo dentro de mim ficou estranho. O que é isso?

— Meu deus, o que eu fiz? — ele falou desesperado — me desculpa, meu deus

Desencadeou-se em mim uma crise de riso fora de hora, talvez pelo nervoso. Ele ficou tão bonitinho daquele jeito, todo sem graça e desesperado que não pude levar a sério aquela cena. Era hilária. Aquele homem tão imponente, agora sem graça como um cachorrinho com o rabo entre as pernas com vergonha depois de fazer besteira.

— Não acredito que estourou, meu deus. Que vergonha. — ele falou com tristeza, mas eu não conseguia parar de rir

— Está tudo bem, não tem motivo para ficar assim — falei, passando a mão em suas costas já que ele correu para sentar na beirada da cama