Alma Turbulenta de Miguel

Noite de terror

Miguel chegou em casa pensativo, Anthony percebeu que alguma coisa o incomodava.

- Miguel o que aconteceu!

- Nada achei que já tinha indo visitar sua filha.

- Vou amanhã de manhã tentar conversar com ela, isso está uma missão difícil, semana passada falei com ela por uns 15 minutos, ela mudou muito.

- Ela era tão grudada em você, será que aconteceu alguma coisa.

- Eu quero acreditar que é só a adolescência, e você como está? estava com a Luiza.

- Não ela foi para faculdade.

Anthony viu que Miguel não queria falar, já o conhecia bem, então falou.

- Vou te deixar com seus pensamentos e vou descansar amanhã de manhã saio bem cedo.

Miguel mandou mensagem para Luiza.

* Boa noite Lu.

* Boa noite Miguel, ainda acordado.

* Eu durmo tarde, como foi a aula.

* Boa cheguei a pouco tempo, meu irmão foi me buscar.

* Está cansada?

* Não, estou bem.

* O que está fazendo agora.

* Deitada na cama falando bom você.

Miguel sorriu sozinho.

* Está usando aquele pijama?

* Não hoje está frio estou de moletom. kkkk

* Eu quero ver você amanhã, podemos jantar juntos?

Luiza sorriu olhando a mensagem dele, e pensou porque não ela gosta dele não estava fazendo nada errado

* Você quer ir aonde?

* Pensei em ser na minha casa.

,

* Na sua casa?

* Luiza sabe que não vai acontecer nada que você não queira, podemos só jantar e conversar se você quiser.

* Me passa o endereço.

Miguel sorriu satisfeito.

* Eu busco você.

* Me pega no shopping pode ser?

* Pode, as 18:00 horas.

* Combinado, até a amanhã Miguel.

Miguel dormiu pensando em Luiza, mas os pesadelos começaram.

Ele estava na frente do hospital com Durval chovia muito, Durval apertando seu braço era noite e o Letreiro do hospital piscava, tinha sangue no saguão do hospital acidente com um motoqueiro, um médico espera Durval e Miguel e disse.

- O Senhor tem certeza.

- Nos leve até ela.

Miguel estava molhado e com medo, começou a tremer de frio, foram até um lugar com um cheiro forte o médico saiu, Miguel viu sua mãe deitada em uma maca de metal sem roupas, Miguel tentou correr até ela.

Durval o segurou forte a ponto de machucar e disse quietos eu tenho que me concentrar, tampo a boca de Miguel que tinha começado a gritar e o segurou firme.

O legista estava alheio a tudo, começou a cerrar a mãe Miguel para chegar aos órgãos internos.

Miguel se sacudia e esperneava , mas Durval o segura firme falando

- Olha o que sua covardia fez.

- Vão abrir sua mãezinha como um animal.

- Já pensou se erraram e ela está viva sentindo tudo.

- Você matou é sua a culpa, foi sua ela foi salvar você e morreu.

Foi uma tortura, Miguel gritava na cama não conseguia acordar.

Anthony teve que subir encima dele o prendendo na cama.

- Miguel acorda, Miguel Por favor acordar.

Miguel empurrou em Anthony com força e acordou assustado não se localizava aonde ele estava

Anthony tinha voado no chão com o empurrão dele.

Anthony se levantou foi até Miguel e o abraçou por trás fazendo seu braço formar um vê no peito de Miguel.

- Miguel está tudo bem, você está seguro agora, você está seguro.....

Anthony ficou repetindo que estava tudo bem que ele estava seguro, Miguel segurava o braço de Anthony com as duas mãos, não conseguia respirar uma crise de pânico se início com violência.

Anthony ficou abraçado nele até ele voltar a respirar com tranquilidade.

A primeira crise de pânico tinha sido aos 10 anos depois da noite no necrotério, Miguel tomou remédio para dormir por um tempo.

Quando acalmou Anthony o soltou.

- Você não está conseguindo sentir quando a crise está chegando Miguel?

- Estou mas eu comecei a fazer a técnica da Luiza de segurar o gelo e estava ajudando.

- Essa crise pode ter sido pelo pesado.

- Foi bem real, parecia que eu estava lá novamente.

Anthony olhou para Miguel com o coração apertado.

- Vou desmarcar com a Fernanda esse final de semana eu fico com você.

- Não Anthony eu vou estar em casa, vou tomar um remédio, vai ficar tudo bem.

Já faz tempo que ela não te dá a******a e se você não for ela vai se afastar de vezes

- Eu não quero deixar você sozinho.

- Eu vou ficar bem, não é minha primeira crise e não vai ser a última, tenho alguns remédios ainda em casa eu vou tomar.

.

- Do jeito que você está bebendo Miguel, a dois meses atrás voltou carregado de táxi.

- Anthony eu já sou adulto, você nunca tomou um porre?

- Nunca bebi até perder os sentidos.

- Foi só uma vez.

- Vou deixar um segurança te vigiando aonde você for.

- Está bem, mas não muda os seu planos por mim, a sua filha precisa de você.

Anthony se levantou Miguel viu o cotovelo dele machucado.

- Fui eu quem fiz isso.?

- Eu fiquei com medo de você se machucar e tentei de prender na cama.

- Porque fez isso? Deixa passar, você já escolheu uma casa térrea, não tem escada para evitar perigo, faz tempo que não levanto no meio de uma crise.

- Você estava sofrendo Miguel eu não podia sentar e assistir você se torturar.

Miguel se levantou e foi para sala, pegou um copo de Whisky e encheu.

- Achei que você não iria mais beber.

- Eu disse que não vou beber daquele jeito.

- Miguel o que foi?

- O que foi Anthony, a porcaria da minha vida que foi.

Miguel sentou no sofá e falou.

- Eu tenho que terminar isso com a Luiza, eu não consigo parar de pensar nela, não quero mais uma coisa para me torturar.

- Miguel vocês nem começaram, você quer terminar vai passar o resto da sua vida preso nessa casa no escritório.

- Anthony eu sei que começamos agora, mais eu estou totalmente apaixonado por ela.

- Viva isso, não se arrependa de não ter vivido, pode acontecer de não dar certo faz parte da vida, mas se você nem tentar do que mais vai se arrepender.