Capítulo 1

973 Words
* Maya Narrando Minha vida não é nada fácil, trabalho o dia inteiro como garçonete em uma cafeteria para ganhar uma merreca, só tenho uma folga durante a semana, todas as segundas feiras, mas ultimamente nem estou tirando mais folgas, estou tendo que trabalhar dobrado para conseguir um dinheiro para eu sair de casa, eu amo minha mãe, mas não suporto mais morar na mesma casa que meu padrasto, ele é um gigolô que só vive as custas da minha mãe, ele não trabalha, diz que nunca consegue um emprego e minha mãe acredita, o pior é que ela ainda sustenta os vícios dele de bebida e cigarro e depois fica me pedindo dinheiro para pagar as contas da casa, eu sei que eu tenho que ajudar ela com os gastos, mas todo mês eu me fodo pagando as contas porque ela teve que comprar os vícios desse infeliz. Hoje depois de dois meses seguidos trabalhando sem folga resolvo tirar um dia para correr atrás de um trabalho melhor que me pague bem para eu sumir dessa casa, não aguento mais viver aqui. Acordo e vejo que são sete da manhã, eu já deixei vários currículos meus impressos, me levanto e pego minha roupa e vou para banheiro me arrumar e para meu azar o infeliz está tomando banho, a casa é pequena e só tem um banheiro. Depois de meia hora no banheiro ele sai do banheiro, entro tomo um banho rápido, me arrumo e vou tomar meu café. . - Bom dia filha. – Minha mãe diz. - Bom dia mãe. – Respondo. - Vai sair? Você disse que estaria de folga hoje. – Diz. . - Eu estou de folga, mas preciso procurar outro emprego, um que pague melhor. – Digo. - Filha, você ainda está com esse assunto de arrumar outro emprego e sair de casa? – Pergunta. - Mãe, eu te amo, mas se você quer sustentar aquele traste que não sabe nem colocar o café na própria xícara o problema é seu e não meu. – Falo. - Ele disse que vai arranjar um emprego. – Fala. . - Mãe, pelo amor de Deus, ele fala isso todos os dias, acorda mãe. – Digo. - Maya, de um voto de confiança nele, ele disse que iria muda. – Diz - Haa mãe, eu desisto de você. – Falo e começo a tomar meu café. - Toda arrumada, vai para onde? – Ele me questiona entrando na cozinha. - Não te interessa. – Falo. . - Maya, olha o respeito. – Minha mãe diz. – Ela vai procurar outro emprego. - Sério? Eu conheço um lugar, fui lá ontem, mas eles só estão contratando mulheres, se quiser te levo lá para uma entrevista. – Ele diz. - Viu Maya, você toda ignorante com ele e agora ele quer te ajudar. – Minha mãe diz. - Onde que é? – Questiono. - Eu não sei explicar onde é, mas posso te levar. – Ele diz e eu o olho desconfiada. - Ela aceita sim. – Minha mãe responde por mim. - Viu filha ele vai te ajudar, eu estou indo pra o trabalho, boa sorte filha, eu te amo, me dê notícias. – Minha mãe diz dando um beijo na minha cabeça. - Também te amo mãe, bom trabalho. – Falo e ela sai. – Podemos ir? – Falo com ele. - Sim. – Ele responde e se levanta para irmos. Sabe quando algo fica na sua cabeça dizendo que tem algo e errado? É assim que minha cabeça está, eu não confio nesse homem, mas eu preciso arranjar outro emprego. Estamos indo andando, eu estou sem dinheiro para pagar passagem. - Estamos chegando? – Pergunto. - Sim, é naquele prédio ali. – Diz e aponta para um prédio antigo. - É nesse prédio? – Pergunto. - Sim, no segundo andar tem uma agência de empregos, vem. – Fala e saí andando na frente me chamando. Entro no prédio e ele é tão antigo que nem elevador tem, ele bate na porta e um homem estranho abre a porta. - Toda sua como prometido. – Ele diz ao homem. - Que palhaçada é essa Beto? – O questiono. - Não tem palhaça nenhuma, eu estou de saco cheio de você estressando minha paciência, você não queria um trabalho para sair de casa, eu conseguir para você , só não é um trabalho, mas consegui que você sumisse da minha vida. – Diz. Eu tento correr mais o tal homem me segura, ele é forte e eu não consigo me soltar. - Me solta seu babaca. – Grito. - Seu cheque e já sabe, nunca nos vimos. – O tal homem diz para Beto. - Tchau querida, fique tranquila que eu vou cuidar muito bem da sua mãe. – Fala. - Eu vou te matar seu desgraçado. – Grito e ele sai gargalhando da minha cara. - Me solta seu infeliz, se não me soltar eu vou te matar. – Falo e ele gargalha da minha cara. - Estou morrendo de medo de você. – Ele fala me joga dentro de um quarto e me tranca. - Seu babaca, desgraçado, eu ainda vou ter o prazer de te matar. – Grito batendo na porta. - Não adianta gritar, estamos presas aqui. – Olho e vejo duas meninas no mesmo quarto que eu. - Droga, quando vocês dizem presas aqui, quer dizer o quê? – Pergunto. - Não sabemos, cada uma chegou aqui de um jeito, eu vim achando que era uma agência de modelos, ela veio para uma seção de fotos e você? – Me questiona. - O desgraçado do meu padrasto disse que era para uma entrevista de emprego. - Digo. Começo a bater na porta mas e em vão, Deus o que eu fiz para merecer tudo isso.
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