Cria da Favela

Luísa Sai de casa correndo, entrei no carro do meu pai e dei um beijo estralado na bochecha dele. Tinha acordado mó tarde, me arrumei correndo, nem tomar banho eu tomei, se alguém falar "nossa que fêdo, alguém não tomou banho hoje", eu vou ficar bem plena e fingir que tomei um banho de duas horas. Ai Deus.  Mais eu nem sou fedida a ponto de alguém sentir. Tomo banho todos os dias. #SouCheirosaa. Assim que meu pai parou na frente da minha escola. Beijei a bochecha dele de novo e sai correndo em direção ao portão da escola. Bianca assim que me viu, veio correndo pular em meu colo.  Bianca: Tu tá com uma cara de acabada em. - disse rindo. Luísa: Acordei meio tarde hoje. Não tive tempo de me arrumar. Bianca: Pelo menos tomou um banho? - fiquei calada. - Sua fedidaa. Por isso quando te abracei sentir um cheiro estranho. - deu risada. Luísa: Cala a boca Bibi. - dei um tapinha no braço dela. - Eu não sou fedida, tá bom? Ela deu risada e entramos juntas na escola. Vi o Arthur conversando com seus amigos e sorri toda boba. Arthur é uma menino do terceiro ano, lindo, maravilhoso, tudo de bom. Faria tudo pra ficar com ele, tudo mesmo. Tenho essa mini paixãozinha por ele desde que entrei no ensino médio, ou seja, ano passado. Bati meu olho nele, bum, gostei.  Um loirinho do olho de mel. Quem não quer um desse gente?  Puta que pariu em.  Os pais deles fizeram gostoso pra nascer uma beldade dessa. Meu Deus, olha o que eu tô pensando. Credo Luísa.  Balancei a cabeça pra afastar esses pensamentos. Passei por ele e ele nem tchum. Nem olhou pra mim. É meus amigos, isso é triste. Tu gosta do menino, mais ele nem tchum pro cê. E ainda o bofe namora com a mais enjoadinha daqui da escola.  Mais por enquanto, quando ele finalmente reparar em mim, ai vai ver quem ele merece. No caso eu. Cara, as vezes sou tão iludida. Mais com a ilusão eu não fico triste.