Capítulo 1

2198 Words
História real, essa é a minha história, não é só baseada em fatos reais, como tudo que está neste livro foi real, tirada diretamente do depoimento falada e comprovada na delegacia. - Mãos pra cima, entra no carro e fica calado. Foi exatamente neste momento que começou a passar um filme na minha cabeça, quando olho para trás e vejo que não era minha imaginação. Estávamos de fato, sendo assaltados. - Que isso? Calma gente, pelo amor de Deus, o que está acontecendo? Foram estas as minhas palavras quando eu me dei conta que aquilo era um assalto justamente no dia que eu decido sair de casa. - Entra no carro, sem muito alarme, e pede pra sua namorada ficar quieta também! Olhei rapidamente, foi então que eu percebi que eles estavam entrando no carro e eu pensei “ pqp, acabei de comprar meu celular, vou esconder”. Tive a “ brilhante idéia ” de esconder meu celular dentro das pernas, mesmo sabendo que eu poderia levar um tiro na cabeça. Mas dentro desses 4 segundos eu conseguir ter um cérebro como se fosse de um flash, com um raciocínio brilhante. ( Bom, na minha cabeça era né ) eu não só escondi meu celular, como também abri minha bolsa já na espera deles pedirem meu celular e eu jogar minha bolsa aberta para trás, pra da a entender que meu celular caiu no chão enquanto eu jogava a bolsa aberta. E foi exatamente o que aconteceu, só que eu não esperava que eles seriam tão brutos. - Vou falar só uma vez, passa tudo pra cá, bolsa, celular, dinheiro, tudo. (Elemento 1) - Bora tia, passa tudo. (Elemento 2) Não foi como eu imaginei, na minha mente eu só passaria minha bolsa para trás e pronto, fim de assalto. Mas não foi exatamente assim. Quando eu ia jogando minha bolsa para trás eu sinto 2 armas geladas no meu corpo, uma na minha barriga e outra no meu pescoço, eu fiquei sem forças literalmente e tive a sensação de desmaio até que um deles disse… -Se cair e desmaiar, vai levar um tiro na cara, fica normalzinha, sem palhaçada senão estouro sua cabeça. -E agora quero que você liga o carro e começa a andar pra onde eu mandar. ( Se referiu a Gustavo ) E foi ali que eu olhei pra Gustavo, ele olhou pra mim e fez uma cara do tipo ( FERROU ). Então eu percebi que eu deveria ter seguido meu instinto e aos sinais durante o dia pra eu não sair de casa.. Bom! Vamos voltar lá no comecinho pra vocês entenderem melhor essa história. Em 1998 no dia 15 de janeiro em uma quinta feira, eu dei meu primeiro suspiro. Não exatamente assim que nasci, o cordão umbilical ficou enrolado no meu pescoço com três voltas e logo no meu primeiro segundo de vida foi bem complicado. Mas com a ajuda dos médicos tiveram que me empurrar de volta pra barriga da minha mãe e desenrolar o cordão umbilical, foi bem difícil mas no final deu tudo certo. Nasci com saúde, com uma mãe e um pai incrível, e com doze irmãos, sim doze irmãos, seis parte de mãe do primeiro casamento dela e seis parte de pai, também do primeiro casamento dele, ambos perderam seus parceiros, eram viúvos, se casaram e eu nasci. Eu não tenho o que reclamar da minha infância, apesar de ter perdido meu pai muito cedo, com 5 anos de idade, ele faleceu fazendo o meu quarto, caiu do telhado, ele já estava com idade, tinha mais de 80 anos quando isso aconteceu. Mas eu tenho uma mãe excelente, não me deixou faltar nada, apesar de ter mais seis filhos, eu nunca passei nenhuma necessidade como meus irmãos passaram na época da infância deles. Tive uma infância ótima, complicações na adolescência que é super normal, e por fim veio a minha fase jovem. Com 17 anos eu conheci um rapaz que tinha 20 anos e logo de cara nos apaixonamos, tivemos uma conexão incrível, logo depois a paixão virou amor e com algumas semanas depois começamos a namorar, logo depois de uns meses eu engravidei dele, e ele me pediu em casamento e eu aceitei. Com 3 meses antes da festa de casamento já nos meus 18 anos eu perdi o bebê com 3 meses. Foi um choque na época, fiquei muito triste, mas mesmo assim mantemos o casamento. Então no dia 5 de março de 2016 casamos, tivemos um lindo casamento dentro de 2 anos e chegamos ao divórcio. Nos separamos e então chegou a minha fase de curtição, como minha mãe sempre foi rígida, só sai de casa casada e não pode chegar tarde em casa, eu decidi morar sozinha mesmo. Eu trabalhava no meu tio “ cunhado ”, em uma loja de informática, que ficava na frente do restaurante da minha irmã, que é esposa dele. Então decidi alugar uma casa próximo ao meu trabalho e próximo da minha família. Comecei a morar sozinha aos 20 anos, como eu nunca tinha curtido de verdade a vida, decidi tirar um ano solteira e de curtição, chamei uma amiga pra morar comigo e era perfeito. Eu tinha minha casa, meu emprego, meu tio pagou meu estudo online e foi tirando do meu salário no mês, então fiquei estudando Psicologia enquanto trabalhava, chegava em casa à noite e ia curtir. Assim foi durante um ano inteiro, conheci pessoas incríveis, fiz amizades, tive romances, chorei, ri e foi meu melhor ano em 2018, e por fim chega 2019. Em 2019 eu fui morar com minha mãe por 2 meses, logo em seguida fui morar sozinha novamente com minha sobrinha, em um apartamento, próximo da minha antiga casa. Era bem aconchegante, tinha dois quartos, uma sala com sacada, um banheiro e uma cozinha, no apartamento não tinha elevador, só escadas, e eu morava no segundo andar. Era como 2018, nada tinha mudado, ia trabalhar as 9 horas da manhã e chegava às 19 horas em casa, todos os dias, e sempre a casa estava cheia de amigos, ou saíamos pra nós divertir, era muito bom! Então chegou abril, era o mês que o Flamengo estava jogando bastante, e eu ia ver o jogo todas as vezes em algum barzinho com minhas amigas, e no dia 14 de abril em um domingo, eu estava de folga, então chamei minhas duas amigas pra ir lá em casa, já que minha sobrinha tinha saído. Por volta de 12:00 As duas chegaram, Samara e Beatriz. E Samara teve a idéia de fazer um churrasco na sacada e se preparar pra gente vê o jogo do Flamengo em casa mesmo, na Tv. Fomos até o mercado, compramos carne, cerveja, carvão e tudo que precisava pra fazer um churrasco pra três pessoas. Chegamos do mercado e eu decidi acender a churrasqueira mas eu não conseguia, e pra variar a tv estava sem cabo, só tinha YouTube e o ao vivo estava horrível e travando muito, não ia da pra gente ver o jogo. — Amiga o que você acha da gente ir pro Quintal? A gente larga tudo aí e vamos beber la e ver o jogo lá também. O Quintal era um barzinho com pagode na minha cidade de São Pedro da Aldeia RJ. — Vamos!! O que você acha Bia? Topa? Vamos fazer o que Samara disse. — Eu topo, bora se arrumar e vamos guardar as carnes. Então decidimos nos arrumar, o jogo tinha acabado de começar, e atrasamos um pouco pra ir por conta do uber que estava cancelando, e ainda estava chovendo um pouco. Mas conseguimos pedir e fomos correndo pra lá, no meio do caminho o Flamengo já tinha feito um gol e gritamos muito, pedimos pro motorista acelerar pra gente não perder o segundo tempo. Enfim chegamos no Quintal, pagamos um valor de 5,00 reais pra entrar, botamos uma pulseira, já estávamos bebendo em casa então comprando mais cerveja pra complementar e focamos no jogo. Encontramos outras amigas lá, era jogo do Flamengo contra o Vasco, então São Pedro da Aldeia inteiro estava lá. Focamos no jogo, e no final o Flamengo ganhou de 2 a 0 e eu literalmente sai gritando no bar todo, pulando, abraçando as pessoas que eu nem conhecia, um mico total. Logo em seguida começou a tocar pagode ao vivo, Rio de Janeiro é perfeito né, Flamengo, cerveja, pagode, tudo de bom. E então eu percebo alguém me olhando, me olhando muito, e olhei também, e puxa vida, que homem, da onde era esse menino que eu nunca tinha visto na minha vida? Fiquei curiosa mas deixei pra lá. Logo depois a Samara queria ir embora. — Amiga, vamos? Estamos aqui um tempão já. — Ah sério amiga? Vamos ficar mais um pouco. — vamos quero ir pra casa, Chama Bia. Fui chamar Bia e Bia também não queria ir. — Ah vou embora não, vou ficar, vamos ficar Andreza? — O que você acha Sama.. Antes de eu terminar de falar eu sinto alguém atrás de mim, olho para trás e era ele. — Oi, tudo bem? Está indo embora já? Eu gelei, não tenho costume de ficar travada com ninguém, e como em São Pedro a gente conhece a maioria das pessoas e fiquei curiosa pra saber de onde ele era. E quando chegou perto eu pude ver como ele era alto, eu tenho 1,70 e ele era muito mais alto que eu e isso já me chamou atenção, além dele ser bonito, cabelo castanho escuro, branquinho, corpo de academia, resumindo ( um pãozinho ) hahahahah. — Oi, ah acho que sim, minha amiga está querendo ir já. ( meu Deus, que vergonha, não sei nem o que dizer) — Fica mais um pouco, você acabou de chegar, eu estou aqui com meus amigos também. Aí Bia e Samara ouvindo a conversa, pediu pra eu ficar me catucando, a gente entende os sinais das amigas né. — Ah tá bom, vou ficar mais um pouco. ( Claro que vou ficar, já queria antes, agora então.. ) — Você mora onde? E qual seu nome? — Andreza, eu moro no Vinhateiro, conhece? ( já sabia que ele ia dizer não, eu tinha quase certeza que ele não era de lá ) — Não conheço, moro aqui há pouco tempo, sou da marinha então vim morar aqui por isso. — Ah que legal, realmente o pessoal da marinha é de longe, e seu nome qual é? — Gustavo! Você tem w******p ou i********:? — Tenho sim, anota aí. ( acho que ele vai pegar só meu número e é isso, cada um pro seu lado, apesar dele um gato eu não vou beijar esse menino na frente de todo mundo, morro de vergonha) — Anotado, e eu vi que você estava me olhando maior tempão, lá do cantinho. Oxe, como assim? Ele que estava me olhando, eu retribui só, que convencido. — Eu olhando pra você? Lembro disso não! — Estava sim, por isso vim aqui, mas iai? Ele falou isso e riu, eu fiquei sem reação na hora e vi ele se aproximando e a gente se beijou, pois é, eu tinha acabado de falar que não ia beijar ele na frente de todo mundo e beijei, e que beijo! Só senti alguém me beliscando por trás, quando vejo são as meninas, rindo. — hmmmmmmmmmmm, ganhamos uma carona pra casa. Sim, Bia falou isso na frente do menino que eu tinha acabado de conhecer. — Tá doida? Claro que não, vamos de uber. — Não, eu levo vocês em casa, sem problemas, quando quiserem ir é só falar. Bom, pelo menos ele era legal! Apesar de ser um pouco arriscado deixar um estranho levar a gente em casa, mas aceitamos a carona sim, pleno domingo, chovendo e dia de jogo o uber estava um absurdo. — Ah, então beleza, obrigada! Continuamos nossa conversa, ficamos, bebemos mais um pouco também e decidimos ir embora. Ele deixou minhas amigas em casa primeiro, logo em seguida me deixou em casa também. — Muito obrigada por me trazer em casa, salvou meu contato né? A gente marca alguma coisa depois então. — Nada que isso, salvei seu contato sim, pode deixar que eu chamo, beijos boa noite! — Beleza, boa noite! E fui pro meu apartamento, cheguei em casa e a primeira coisa que eu fiz foi contar pra minha sobrinha Petrussia o que havia acontecido. — Pê, conheci um menino lá no quintal hoje, ele é legalzinho, a gente ficou. — Sério? Deixa eu ver quem é ele. — Sim, deixa eu ver a mensagem aqui no w******p e te mostro a foto. — Qual o nome dele? — Gustavo! — Eu já fiquei com ele! — Ué, sério? — Sim! Ele mora em São Pedro não é? — Sim! — Ele mesmo. — Pensei que eu estava estreando hahah — Sonha hahah Fui pro meu quarto, ajeitei minhas coisas pra trabalhar no dia seguinte, tomei um banho e fui ver filme na sala, foi um dia comum, talvez seria só mais um menino que beijei e tudo bem, vida que segue!
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