Um jogo perigoso

Capítulo 1

Quantos amores podemos ter em uma vida só? Será possível amar duas pessoas ao mesmo tempo?

Sempre me fiz essas perguntas e nunca obtive uma resposta concreta, até descobrir amando, que nenhum amor é igual a outro e que nem por isso é menos importante.

Tenho 24 anos sou atendente de farmácia, me chamo Ananda e sou solteira, já tive alguns relacionamentos breves, mais nenhum me marcou de fato, nada muito grandioso.

A algum tempo conheci no trabalho um moço de sorriso largo, corpo definido pele n***a, muito charmoso, ele comprava sempre o mesmo item um remédio pra alergia, um dia não tinha o que ele queria, indiquei outro semelhante, ele disse que se não fosse bom ia reclamar comigo, claro falei que podia sim, seria um prazer particularmente, eu indiquei um creme depilatório também, falei que se tivesse dúvida, que era pra pedir auxílio a mulher dele, ele respondeu rindo

"que mulher o que moça, não tenho não"

Eu já tinha visto ele com uma moça novinha bem bonita comprando coisas pra ela, achei que era mulher dele talvez fosse alguma ex, foi ótimo tirar logo essa dúvida, sempre achei ele um gato um pretinho do poder, vaidoso estiloso, meu número.

Um dia ele voltou comprar algo pra dor pois havia se machucado no futebol, pegou uma pomada e disse no caixa brincando que precisava de ajuda pra passar, eu entendi como indireta, mais fiquei sem saber o que dizer por estar no trabalho, dei risada apenas, mais com o troco, dei meu número de celular em um papel, fui ousada, ele na hora não viu, passou dois dias e nada de mensagem ou ligação, fiquei desanimada até, estava sem boy nenhum toda carente querendo dar uns beijinhos, nunca fui de sair pra muitas festas, nada nada, sempre fui super caseira, vivendo pra trabalhar e estudar apenas, as vezes eu ficava com alguém, mais passava meses sem um beijo, os rapazes me davam tédio, aceitei o convite de uma colega do trabalho pra sair, por insistência dela recém separada sem amigas solteiras, fiquei com dó e fomos a uma balada, coloquei uma calça flare jeans escura, um croped daqueles de renda que parecem sutiã vinho, estava me sentindo linda, poderosa, caprichei no look e pensei hoje eu não volto pra casa sem ficar com pelo menos uns cinco, sai no veneno querendo beijar muito, só fomos nós duas, com o carro dela, chegando lá ficamos super deslocadas sem conhecer ninguém, dois peixinhos fora da água, ficamos encostadas no balcão bebendo e procurando um alvo, duplo de preferência, aquela velha história " gostei de você e minha amiga do seu amigo ", como estava difícil!! Vieram alguns rapazes falar com a gente sempre um feio, com um bonito ou dois feios, nenhum muito interessante, comecei desanimar até, fomos dançar um pouco, vi uma galera em uma mesa com pelo menos quatro gatos, todos bem vestidos barba cabelo arrumado, um espetáculo, comecei fixar o olhar, escolhi um, falei pra ela escolher também um daquela mesa, voltamos pro balcão, fiquei encostada secando ele de longe, jogando charme, logo perceberam e chamaram nós pra ir na mesa deles, como insistiram aceitamos, nem foi ele que me chamou foi outro, começamos conversar se conhecendo, chegaram duas meninas lindas e super simpáticas, os meninos nos apresentaram, uma delas era irmã de um deles, logo do cara que eu gostei, tinha quatro caras e duas meninas, mais nós duas, começaram pagar pra gente beber, todos lá pareciam ser muito bem de vida, o boy que eu curti se aproximou e começou puxar assunto comigo mais diretamente, me dando atenção, falando pegando na minha mão, no meu cabelo, pensei

" hoje tem ",

aquele chamego todo estava quaseeee rolando um beijo e eu fazendo doce, brincando com o psicológico dele, fui no banheiro pra dar perdido, quando sai ele estava esperando na porta, minha colega viu voltou pra mesa sozinha, fomos no cantinho ele me levou pela mão, foi me beijando sem falar nada, trocamos uns beijoes demorados se eu pudesse dava ali mesmo, adorei a pegada dele, o cheiro, a boca tudo, ele voltou primeiro pra mesa fui logo em seguida depois de retocar a maquiagem, quando cheguei na mesa dei de cara com o pretinho do poder, o meu cliente gato do trabalho, ele estava cumprimentando todo mundo, quando me viu deu um sorriso lindo muito simpático, beijou meu rosto e me abraçou de leve, as garotas ficaram olhando com aquela cara " o que tá acontecendo aqui " cheias de curiosidade, fiquei sem saber o que fazer, como reagir, cumprimentei ele sorri, fui mais reservada um pouco, já sai de lado fui falar com a minha colega, disse que eu era afim dele a tempos, que era uma pena ter beijado o outro, o cara que eu fiquei, estava me devorando com os olhos todo o tempo, voltei pra mesa enquanto conversava com o Renato e mais um cara, fiquei tentando fingir que não estava notando nada, me fazendo de boba, os dois estavam me olhando na verdade, achei meio chato, a irmã do cara que eu fiquei perguntou de onde a gente se conhecia eu e o Renato, o cliente, ele deu uma risada maliciosa, eu falei que ele era cliente no meu trabalho apenas, ela olhou com ironia falou

"ata "

Coisas que só mulher percebe, o pouco caso dela comigo, passei o meu número pra uma das meninas que pediu e tinha passado sem ninguém ver pro cara que fiquei, eu queria sair pra ir embora sem ninguém perceber mais seria muito feio e sem educação, fui me despedindo de todos por igual, agradecendo a eles pela companhia, nem dei tempo de nenhum dos dois me falar nada ali na frente de todos, fui rapidinho pra longe, fomos pagar nossa comanda no caixa senti uma mão na minha cintura, virei devagar achei que era o cara né, pois não, era o outro, o cliente Renato .

Ele perguntou se eu não queria carona, falei que não precisava, que minha colega tava de carro, ele foi me acompanhando até a saída e saiu atrás de mim, perguntei se ele já ia embora ele falou que tudo ia depender de mim, eu não tinha cara nem coragem de ficar com o cara sendo que fiquei com o amigo dele na mesma noite, isso seria ridículo até pra mim, mais provocar eu podia, ele me acompanhou até o carro conversando numa boa, minha colega entrou no carro primeiro, ele me encostou com tudo, pegou firme na minha cintura me puxou contra ele, virei o rosto com muita dor no coração, ele me deu um cheiro no pescoço fez carinho no meu cabelo, me arrepiei toda, dei risada, olhei pra ele e falei

- Para por favor ,hoje não dá.

Ele não se desencostou de mim e começou falar que gostou da minha roupa, que meu cabelo estava diferente, perguntou então quando que dava, porque ele estava me querendo, ficou com graça, até que alguém chamou ele pelo nome, ele me soltou e se virou pra ver, era um casal que estava na mesa com a gente, fiquei com vergonha fui pega no pulo, entrei no carro e fui embora rindo sozinha, pensando na boca de um, no cheiro do outro, e que noite foi aquela, fiquei animada com as possibilidades, não teve final feliz pra mim, mais apesar de eu não gostar muito de sair foi bom, um gostosinho de quero mais, acordei destruída com ressaca e ia trabalhar ainda, já cedo recebi uma mensagem do cara que fiquei de bom dia minha linda, o Benjamim era lindo vi a foto e me surpreendi até, respondi

" Bom dia gato "

Conversamos um pouco, ele me chamou pra sair, comecei inventar desculpas, louca pra ir ficar com o amigo dele, ele disse que merecia minha atenção já que na noite anterior não tivemos como nos conhecer melhor, acabei aceitando ele não era chato mesmo, naquele dia trabalhei até a hora do almoço e fiquei com aquela dúvida tremenda do que vestir, não sabia onde íamos, nem se ia rolar um sexo, nem sabia se ele tinha carro, moto, bicicleta ou nada, ele não quis me dar muitos detalhes de nada, me vesti básica, coloquei um macaquinho de shorts soltinho florido e uma sandália Anabela, fiz uma maquiagem levinha só pra esconder imperfeições, coloquei uma langeri bonita de renda, fiquei esperando ansiosa pelo Benjamim, ele era uma delícia e eu num atraso de muitos meses, eu tinha me dedicado a estudar por isso parei de ir atrás de homem um pouco. Ele atrasou mais de meia hora, não estava respondendo as mensagens, fiquei logo desanimada quase voltando me destrocar, marcamos as 18:00, ele respondeu só

" Tô chegando "

Isso era 18:25, tentando ser legal falei " beleza ",

Já estava furiosa com o atraso, ele chegou desceu do carro aliás que carro em um baita carrão de luxo, veio perto me deu um beijo de selinho, um abraço gostoso, abriu a porta pra mim, ninguém nunca tinha feito aquilo antes, pediu desculpas pelo atraso, eu falei que tudo bem, que o importante era ele ter ido, ele começou conversar e não falava logo onde a gente ia ir, até que perguntei

- E aí onde vamos?

Ele respondeu rindo

- Você é curiosa moça ?

Falei que só um pouco, ele não falou onde íamos e continuamos conversando sobre nossas vidas, fiz perguntas sobre a vida dele, ele sobre a minha, paramos em um posto de gasolina, ele abasteceu estacionou, me chamou pra entrar na conveniência pegar algo, eu nunca fui de beber muito, peguei um suco, ele perguntou se eu não curtia beber direto, falei que não, ele falou que também não e pegou uma coca cola lata, ainda ressaltou pra me deixar a vontade

- Gata fica na boa, pode pegar o que quiser, se quiser comer alguma coisa fica a vontade.

Ele era atencioso educado, um fofo, pegou um saco de gelo grande, eu me perguntei pra que uma pessoa compra um saco de gelo no domingo a tarde, ele pegou na minha cintura na conveniência tipo casal, não tinha nenhum conhecido meu mesmo, fiquei quietinha deixando rolar, quando entramos no carro ele me deu um beijo de verdade, maravilhoso, grudou no meu cabelo, eu pensei animada hoje tem né, com uma pegada dessa vai me pegar de jeito, saimos de lá, não muito longe ele parou em uma casa, falou que ia entregar o gelo rápido, perguntou se eu queria entrar dar um oi pra galera, falei que não, que eu tinha vergonha. Mais na verdade eu tinha é medo de ver o casal que viu eu no estacionamento com o outro abraçada. Ele entrou logo saiu no portão com a irmã dele, ela deu tchau pra mim falou oi de longe, eu também dei, ele voltou pro carro falando que preferia ficar comigo, concordei dizendo que já haviam atrapalhado a gente na noite anterior, ele me levou pra casa dele, só falou quando chegamos, fomos entrando, ele me pegou pela mão, a casa era linda enorme, não tinha ninguém em casa, os pais dele tinham acabado de ir a igreja em outra cidade e iam demorar pra voltar, a irmã estava em um churrasco, ele que foi falando essas coisas, fiquei meio intimidada com a situação e ele percebeu que eu não estava tão a vontade, fomos pro quarto, me sentei na cama, ele colocou música antiga, perguntou quais tipos eu gostava, escolhi pagode, ele sentou perto, me deixou a vontade, trocamos alguns beijos bem quentes e eu comecei dominar a situação fui pra cima, provocando, subi em cima dele, ele abriu meu macaquinho nas costas, eu tirei a camiseta dele, a cada tranco que ele dava no meu cabelo eu pensava que ia sair de lá toda dolorida, não deixei por menos, fui arranhando mordendo ele, fiquei de calcinha e sutiã, aquele amasso das preliminares estava maravilhoso, eis que uma pessoa abre a porta do nada, imagina a cena eu de calcinha e sutiã em cima dele só de cueca se agarrando, o som estava em um volume médio, mais se chamaram antes de abrir não deu pra ouvir nada, quando abriram a porta a gente assustou, ele me tirou de cima dele me jogando pra trás na cama mesmo...