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Irmãos Orlov

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intro-logo
Blurb

Benjamim Orlov tem 33 anos, é forte como o vento, costumava deixar tempestade por onde passava. Seu jeito concentrado o tornava um desafio para as mulheres. Entretanto, ele se mantinha longe delas, pois sabia que nenhuma mulher em pleno século XXI aceitaria viver um relacionamento como ele proporia. Ele e o irmão possuem uma diferença de idade de exatamente 11 meses.

Ezequiel é leve como uma brisa de verão, pelo menos na superfície, não tinha relacionamentos sérios porque ainda não havia se apaixonado e provavelmente nunca teria. Isso porque qualquer mulher para viver com ele teria que aceitar seu irmão e Benjamim era intragável na maioria de seus momentos. A grosseria do irmão Orlov mais velho afastava até a mais corajosas das mulheres.

Já Belinda vinha fugindo de uma família de promiscuida.de, de um pai que vendia a vi.rgindade de suas filhas para quem desse o maior lance. E que depois disso não se importava com o que elas fizessem, desde que trouxessem dinheiro para o bolso dele. Assim quando está com 17 anos Belinda foge daquele inferno antes de ser leiloada igual uma prenda de bingo. Passa a ser uma errante nas pequenas cidades do estado do Texas, fugindo da família que sempre se aproximavam, mas um dia teria que voltar, havia prometido para sua irmã Beatriz que não a deixaria muito tempo sozinha. Dois anos nessa vida a deixa cansada, fugir não é com ela mais, não depois de ter saído ilesa de tantas coisas. Quando Ezequiel a convida para morar e cuidar da casa dele e do irmão, ela ver aí uma oportunidade de estar protegida. Mas o jeito despreocupado de Ezequiel esconde segredos obscuros, sair daquela casa já não é possível. E agora ela está dividida entre tentar fugir mais uma vez ou abrir seu coração e mente para o tipo de relacionamento que os dois irmãos desejam, trazendo ainda Beatriz para que os irmãos a protegessem das garras de seu pai. Será se o amor aplacaria a fúria antiga que exisitia na mente e no coração de Ezequiel e Benjamim Orlov?

Será se Belinda e Beatriz encontrarão abrigo e segurança ?

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Belinda
Belinda Isidorio não se lembrava da última vez que dormiu tranquilamente, sem med0s e preocupações, ela sabia que muitas meninas tinham a vida muito pi0r que a dela. Mesmo assim seu pesadello ainda estava lá., na figura de seu pai. Incrivelmente seus pais tiveram oito filhas, nenhum homem nasceu por ali, para tristez@ e decepção de seu pai. Salvador Isidorio sonhou com um menino para herdar sua fábrica de charutos, mas não teve sorte, sua mulher pariu 8 filhas, fortes e bonitas. Depois disso, segundo ele, sua lista de az@r só foi crescendo. E o amor paterno se transformou em mágo@, a mágo@ em desprez0 e sua mãe passou a projetar o cansaço pela família extensa e o desprez0 do marido nas filhas. A fábrica foi à falência e seu pai passou a transformar as filhas em fonte de renda, com total aval de Martinela Isidorio, a mãe que devia proteger sua prole. As meninas Isidorio eram obrigadas a entregar sua virgind@de a quem pagasse mais, assim que completassem 18 anos. A única das filhas a escapar tinha sido Beatriz, isso porque ela era quem realizava todos os serviços domésticos da casa, mantendo todos alimentados, a casa limpa e as roupas lavadas.E ela jurou que se fosse tocada abandonaria aquele posto. Por esse motivo, alguns dias antes de completar 18 anos, Belinda arrumou uma mala com ajuda de Beatriz e fugiu do seu destino certo. Não queria terminar como as irmãs mais velhas. Transformadas em mulheres fútteis que entregavam o corp.o em troca de uma jóia, de uma roupa cara ou se tornavam amantes de velhos esn0bes, até o momento em que eles não a queriam mais. E passavam a buscar outros que as bancassem e mantivessem os bolsos do pai delas cheios. No fundo, Belinda, assim como Beatriz sabiam que as irmãs tinham sido vítim@s de seu pai, mas ainda assim lutariam para fugir daquele destino. Belinda era mais ousada que Beatriz, então foi em busca de liberdade. Não seria transformada em uma prostituut@ de luxo, ainda que precisasse vender o almoço para comprar a janta, sua virgind@de só seria entregue para quem ela quisesse e quando ela quisesse. Durante um mês, Belinda conseguiu pagar um quarto de pousada modesta, mas o dinheiro que sua irmã Beatriz tinha desviado do orçamento doméstico estava acabando, e Belinda não saberia mais o que fazer depois disso, já havia entregado currículos em toda parte. Estava a 600 quilômetros de casa e esperava que fosse longe o bastante das garras de seu pai. Os cabelos longos tinham se tornado curtos, ela tinha cortado para evitar chamar a atenção, mas isso só fez os olhos dela mais atraentes e o pescoço também, na verdade Belinda tinha um rosto bonito e simétrico. Ela ficou aliviada quando a dona da pousada lhe ofereceu um emprego. Ela precisa lavar, passar e cozinhar junto com a senhora, mas aquilo ia garantir uma cama quente no final do dia, barriga cheia e segurança. O salário seria baixo, mas ela não teria grandes gastos e seu quarto não seria mais cobrado, assim Belinda conseguia guardar um pouco de dinheiro. E ainda conseguiu pagar uma academia, gostava de exercitar e sentir o corp.o vivo, era o único luxo que tinha. Ela estava na parte central de Austin e não era difícil encontrar uma academia que se ajustasse aos seus horários de trabalho. Não era o que ela queria porque o lugar tinha um ar levemente sombrio , mas era o local mais próximo da pousada, enquanto tivesse um emprego tudo ia bem, já tinha passado por duas cidades, antes de se fixar ali, só pedia para que o pai não a encontrasse. O trabalho não era leve, mas era o que tinha e a mantinha ocupada.Ela seguia aquela rotina tranquilamente, a academia tinha lhe conferido agilidade e o trabalho tinha acabado ficando mais leve. Mas Belinda tinha sempre a impressão que alguém a vigiava, principalmente quando ela se sentava à noite na praça, ou nos momentos em que saía pela manhã até a academia. No início ela notava os olhares em sua direção, os homens que a encontravam na porta da Academia Orlov estavam sempre sorrindo e lhe convidando para sair. Ela era muito simples para aquele tipo de atenção, mas de repente aquelas atenções sumiram, todos ficaram distantes, não se aproximando de maneira alguma. Até o rapaz da recepção passou a tratá-la com um respeito imediato. Alguns a olhavam como se ela estivesse com um emblema de alguma doença cont@giosa, provavelmente ela era novidade, depois deixou de ser. Ela não se sentiu triste com isso, na verdade ela só queria viver sua vida, e estava contente com isso. Quando fosse possível procuraria um trabalho diurno e tentaria um curso superior, queria cursar gastronomia, gostava de inventar pratos, e suas refeições eram bastante elogiadas. O plano dela na academia não contemplava café da manhã, sempre havia um banquete disponível para aqueles que podiam pagar uma fortuna, mas inesperadamente ela havia ganhado como cortesia da casa, o direito a café da manhã, assim como aulas de natação foram inseridas em seu pacote. E a ainda ficou mais feliz em descobrir que poderia escolher o horário. Então sempre depois do almoço ia fazer seus 50 minutos de natação, gostava desse horário, pois garantia não ser pega ali, no momento em que a academia se transformava em uma boate requintada. Depois das 22:00 , uma parede falsa escondia os aparelhos e só a boate existia. Nunca tinha ido em uma, mas não se aventuraria, os boatos que existiam eram pesados sobre aquele lugar.

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