CAPÍTULO 5 Os Preparativos

1195 Words
CAPÍTULO 5 Os Preparativos Narrado por Flora Sou acordada com um leve abanão. Olho para uma senhora que claramente é uma das empregadas, vestida com um uniforme preto e branco, muito bem composta. Ela sorri simpática para mim e diz: — Peço desculpa, Senhorita, mas já são 16h00 da tarde e ainda não comeu nada. Ela se desvia um pouco e eu vejo uma mesa ali perto com comida. Até os meus olhos comem de tão bonita que é a comida. Percebo que não como nada desde ontem, praticamente há 24 horas. — Obrigada. — sorrio para ela que me parece amigável. Ela pede licença e sai do quarto. Eu vou até à mesa e como tudo o que a minha barriga deixa. Pareço uma autêntica esfomeada, ahahah. Ao fim de uma hora, outra empregada aparece para levantar a mesa. — Muitos parabéns, Senhorita. — ela diz com um sorriso no rosto. Oxi, eu não faço anos! — Desculpe, mas parabéns porquê? — pergunto perdida nesta conversa. — Ora, porque acabei de ouvir na cozinha que já começaram com todos os preparativos. — ela fala, mas vai tirando as coisas de cima da mesa — É muito em cima da hora, mas não se preocupe, Senhorita, tudo vai estar pronto a tempo e a horas. — ela sorri enquanto fala. Eu estou atônita, não estou a perceber nada do que ela está para aqui a falar. — Já faltava aqui em casa uma festa, — ela continua — e um casamento depois de tudo, é perfeito. — ela fala empolgada. — Um casamento? — pergunto a medo. — Sim, Senhorita, o futuro Dom Brian anunciou à pouco que o vosso casamento é daqui a 3 dias. Mas que grande lata a daquele maluco. Ele é bonito mas só pode ser muito louco mesmo. Mas ele pensa que eu vou na história de me casar com ele? Contratos de casamento, termos e tudo o mais? Só pode estar maluco daquela cabeça de gavião. No Dia Seguinte Problemática Narrado por Brian Mal entro em casa uma das empregadas vem ter comigo. — Senhor, — ela me chama — a Senhorita Flora recusa colocar qualquer comida na boca desde ontem, diz que não come mais nada. Eu reviro os olhos, santa paciência a minha, que não tenho nenhuma. — Não se preocupe, eu resolvo isso. Era só o que me faltava, ter uma birrenta em casa. Subo ao quarto dela e abro a porta que a deixei trancada. — Posso entrar? — pergunto antes de abrir a porta completamente. — O que tu queres daqui? — ouço ela dizer. Percebo que ela está enraivecida, mas pelos vistos posso entrar, ela não disse que não podia. Abro então a porta e ela está sentada perto da janela. — Uma das empregadas me disse que não queres comer, posso saber o motivo dessa estupidez? Ela se levanta e vem na minha direção. — O motivo é muito óbvio e bem simples, és tu e esse e******o casamento. Eu não quero casar e muito menos com um homem que eu nem sequer conheço e muito menos ter que o fazer obrigada. — ela me olha brava. — E achas que a fazer greve de fome isso te vai ajudar em quê mesmo? — pergunto curioso. — Se não comer eu morro. — ela diz encolhendo os ombros. — Hum, estou a ver. Bem, mas de qualquer das maneiras não morres antes do casamento, faltam apenas menos de 48 horas. — falo olhando para o relógio. Ela me olha enfurecida, raivosa e sei lá mais o quê e começa de imediato a gritar. — ENTÃO EU MATO-ME ANTES DESSE CASAMENTO DE BOSTA SEQUER COMEÇAR. Respiro fundo a tentar manter a minha calma. — Matas-te! — eu falo. — Sim, se tu não me libertares eu mato-me e assim tu não poderás casar comigo e esse contrato e******o fica sem efeito. Ela cruza os braços na sua frente e me olha toda esperançada. Parece até uma criança mimada. Mas o que ela não sabe, é que eu tenho uma carta na manga. — Flora, eu sei que tu não sabes, mas a tua avó está hospitalizada. — informo. Vejo ela se espantar e descruzar os braços. — A minha avó? Mas porquê? O que aconteceu com ela? — ela pergunta aflita. — Não sei, parece que teve alguma coisa a ver com o coração, mas o certo é que ela corre risco de vida, mas eu posso salvá-la, ela precisa de uma cirurgia que é muito cara, mas…— olho dentro dos seus olhos. — Mas o quê, Brian! Fala de uma vez. — diz impaciente. — É simples, tu concordas em casar comigo, cumprir o contrato e os termos e eu salvo a tua avó, caso contrário, a tua avó não tem muito tempo de vida. Ela me olha perplexa. — Tu estás a jogar com a vida da minha avó? — Se pensas assim, não vou dizer o contrário. O jogo é bem simples, Flora, tu casas comigo, a tua avó vive e só temos que nos aturar apenas durante um ano, não será assim tão difícil. Vejo lágrimas nos seus olhos verdes claros. Flora é uma mulher bonita, muito bonita, sem dúvida nenhuma. Suspiro irritado comigo mesmo, por estar com estes pensamentos estúpidos. Ela olha lá para fora pela janela e fica um pouco em silêncio. Eu decido não a interromper e fico aqui à espera, a ver o que ela decide. — Está bem, ganhaste, eu aceito casar contigo. — ela fala por fim, sem tirar o olhar da janela — Mas eu preciso de ver a minha avó antes de casar. — Não, nem pensar. — falo rude e de imediato. Ela olha para mim com espanto. — Mas porquê? Eu já te disse que aceito casar contigo. Qual é o teu problema? —Tu não vais sair daqui de casa antes do casamento, para não te armares em engraçadinha e tentares alguma parvoíce. Antes do casamento não poderás fazer nada a não ser esperar. — Mas Brian, seria uma visita rápida, eu não lhe conto nada.— ela tenta me convencer. — Não, Flora, será melhor assim, antes do casamento se realizar não. Ela fica de novo emburrada mas não diz mais nada. Vou então em direção à porta e saio a trancando lá dentro de novo. Desço ao piso de baixo e vejo o Mark a chegar. — Então, problemas no paraíso? — ele pergunta aquilo e desata a rir feito um perdido. — Se não fosses o meu melhor amigo, eu te dava agora mesmo um tiro.— digo desgostoso. — Que exagerado. — ele fala divertido. — Vamos mas é nos divertir com umas gostosas. — digo, já indo em direção à porta da rua. — E a futura esposa como está? — ele pergunta gozão. — Santo Deus, que mulher mais problemática, não tenho paciência para tantos chiliques. Ele ri. — Habitua-te meu caro amigo. — diz me dando uma palmada no ombro. — Vamos logo, quero me divertir toda a noite, pelo menos com duas. — falo irritado. —Vamos então, garanhão.
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