3 anos atrás
Roma|Itália
— Não chore minha pequena, esse maledeto do Pietro Castelamari, vai pagar muito caro por tê-la humilhado dessa maneira. Ninguém faz a filha de Domenico Grecco sofrer. Esse bastardo vai pagar e com o que mais dói.
— Eu quero que Pietro sofra e que implore pela morte, mas ela nunca chegue. Esse desgraçado me tratou pior do que uma puttana babo e isso não pode ficar assim. Estamos prometidos um ao outro desde nossa infância e esse maledetto casou com outra. Isso não pode ficar assim.
Enquanto sua filha Anna chorava e soluçava em seus braços, Domenico apenas planejava em sua mente a sua vingança. Se tinha uma coisa que os Grecco honravam como ninguém, era a palavra. Para eles a palavra uma vez dada, tinha que ser honrada, mesmo que custasse a sua própria vida. E seria isso que aconteceria, sangue seria derramado e nem mesmo a amizade de anos que tinha com Antônio Castelamari, o faria voltar atrás.
— Não chore mais pequena, tu nasceste para brilhar, como a estrela que és. Recomponhasse e antes do nascer do Sol tudo já estará resolvido.
— Te amo babo.
— Tu és minha vida e o que me motiva a permanecer vivo. Por isso, saiba que enquanto eu existir ninguém te fará m*l. Agora vá! Chame sua mãe para fazer compras, divirta-se e sorria, pois foi para isso que tu vieste ao mundo.
Anna beija a mão de seu pai e com um sorriso no rosto, se afasta saindo do escritório. Em seguida Domienico coloca seu plano em ação e dá uma única ordem à Brutus, seu homem de confiança.
— Quero que dê um fim em Ariela Castelamari, hoje!
Brutus com as mãos rente ao corpo e com olhar mortal, apenas assente em positivo.
— Sem vestígios e tudo limpo como sempre. Agora vá!
Brutos dá meia volta e em instantes o som da gigantesca porta de madeira do escritório é fechada. Domenico apenas tem tempo de fumar um charuto e beber duas doses de whisky, quando o som do telefone ecoa por todo o ambiente. Segurando o copo em uma das mãos e com o charuto na boca, ele atende a ligação, colocando no viva-voz. Ouvindo apenas uma respiração pesada e um grito ensurdecedor, já estava ciente de que sua ordem havia sido executada.
A ligação é finalizada e outra é feita logo em seguida.
Antônio: — Alô!
Domenico: — Meus pêsames Antônio!
Antônio: — Domenico? Do que estás falando?
Domenico: — Vendetta! Ela nunca falha! Olho por olho e dente por dente. Agora teu filho vai sentir na própria pele o que é sofrer.
Antônio: — Temos um pacto Domenico, e tu sabes disso.
Domenico: — Eu honro com minha palavra, mas seu filho não fez o mesmo. O que pensava Antônio, que a humilhação que minha Anna sofreu nas mãos do bastardo do teu filho, ficaria por isso mesmo? — Domenico estala a boca — Não meu caro. A justiça foi feita e logo terá a notícia.
Antônio: — Mas, eu...
"Antonioooooooo... Aconteceu uma desgraça. Ariela, nossa nora, está morta."
Ao ouvir isso, Domenico finaliza a ligação e satisfeito termina de fumar. Sabendo que Pietro Castelamari pagaria em vida, por tudo o que fez sua pequena sofrer, e não existe dor maior, do que perder quem amamos e nada podermos fazer para evitar.
"Essa é a minha lei e ela sempre será cumprida, até o dia da minha morte. Aqui se faz e aqui se paga. Olho por olho, dente por dente." [Domenico Grecco]
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Dias atuais...
Mansão dos Castelamari
— Até quando ficará agindo dessa maneira Pietro? — Antônio esbraveja com o filho, que mais uma vez, chega se arrastando em casa, após passar a noite inteira farreando
— Deixe-me em paz! — Pietro esbraveja fechando a porta do quarto, mas Antônio o segue continuando a falar
— Como posso te deixar em paz, se você está a cada dia se afundando mais e mais. Você é meu primogênito e como tal precisa tomar posse dos negócios da família. Pietro, olhe para mim enquanto falo com você.
— Merda! Me deixe em paz! Tudo o que sempre te importou foram essas malditas empresas e comigo, porque não se importa? Não percebe que perdi a mulher que amo? Que estou morto por dentro? Tudo isso é por sua culpa, por ter me prometido a uma mulher que eu nunca amei.
Ao esbravejar tais palavras, Pietro sente os dois lados da face queimar, após levar dois tapas de Antônio.
— CALE-SE P0RRA! Agora mesmo arrume suas malas.
— Para que? — Pietro questiona ainda sentindo o rosto arder
— Vamos viajar para o Brasil. Tenho uma empresa em São Paulo e você ficará a frente dos negócios. E mesmo que não queira, encontrarei uma mulher para posar ao seu lado e te fazer voltar a ter um pouco de dignidade como sempre teve. Já chega de noitadas, mulheres vulgares e de manchar nosso sobrenome. JÁ BASTA!
Antônio esbraveja, contudo consegue o que deseja e no mesmo dia viaja com o filho para o Brasil. Mas, Pietro Castelamari não se curvaria tão facilmente as vontades do pai, e seu único pensamento era:
"Pobre será da infeliz que cair nas minhas mãos. Ela sofrerá as conseqüências por aceitar fazer parte dessa farsa e pela minha vida ter virado esse inferno desde a morte da minha Ariela. Eu sofro, mas todos a minha volta sofrerão comigo. Eu juro!"