As Regras de um contrato

1066 Words
CAPÍTULO 27 As Regras de um contrato Narrado por Mia Estou a fazer um belo de um lanchinho, quando o meu telemóvel toca, é ele. Atendo. — Oi, Elijah! — falo ao atender. Ele diz que o contrato está pronto, que rápido, kkk. Combinamos então, aqui mesmo na minha casa, logo à noite depois do jantar. Sinto o meu estômago apertar, estou mais nervosa do que deveria, ou do que queria, porque a situação é estranha, mas, vamos lá ver o que esse contrato diz. O resto da tarde passa rápido, rápido até demais, nem consigo jantar, tal é o meu estado agitado. E por volta das nove da noite, recebo a chamada do porteiro para me informar que ele está ali no portão principal à espera, digo para o deixar passar, com a merda do meu nervoso, até me esqueci de avisar o porteiro, que ele podia entrar sem ser anunciado. Ele toca na minha campainha pouco tempo depois, eu vou abrir a porta e, será possível que este homem fique bem com qualquer trapinho? Ele traz umas calças de ganga escuras, uma camisola cor de caramelo e tênis pretos, super descontraído, mas sempre lindo e cheiroso, o cheiro do seu perfume é sempre a primeira coisa que chega a mim. Ele me dá um sorriso de lado e aqueles olhos azuis maravilhosos, acabando na sua imagem de marca, o cabelo escuro bagunçado. Acho que estou há tempo demais a encará-lo sem dizer nada, porque ele me pergunta. — Não me vais convidar a entrar? — ele pergunta com o mesmo sorriso de lado e olhar penetrante. Céus. — Oh, claro, entra! — digo me afastando da porta para ele entrar. Mas que lerda, santo Deus. Estava feita i****a babosa a olhar para o bofe ali. Ele entra finalmente, dá-me um beijo no rosto e eu o levo para a sala de estar. — Fica a vontade, por favor! — digo simpática, mas nervosa pra c*****o. Ela senta-se no meu sofá branco. — Queres alguma coisa? Uma bebida talvez? — pergunto. — Por enquanto não, muito obrigado, Mia! — ele diz. Eu sento-me finalmente no outro sofá branco à sua frente. — Desculpa, estou um pouco nervosa com tudo isto! — digo tentando me acalmar. — Eu entendo e acho muito compreensível, eu também estou nervoso, tudo isto é uma situação estranha e nova, mas vamos tentar levar tudo isto da melhor maneira, ok? — ele fala, tentando me acalmar. Eu respiro fundo. — Ok, tens razão! — faço um pequeno silêncio — E então, deixa lá ver esse contrato. Digo sorrindo e esticando a minha mão na sua direção, ele entrega-me a pasta de cor preta que traz com ele. Eu a abro no meu colo e começo a ler. " Contrato de Casamento de Elijah Bettencourt com Mia Knight" — O presente contrato é aceite por ambas as partes, com as seguintes regras: — O casamento tem que ser realizado no prazo máximo de 4 (quatro) meses. — Depois do casamento realizado, nenhuma das partes tem o direito de cobrar nada referente ao casamento, isto é, ambas as partes podem ter relações extraconjugais com outras pessoas, mas, terão que ser sempre discretos e com o máximo cuidado, para nunca serem descobertos pelos familiares ou público em geral. — Ninguém, de maneira nenhuma e sem excepções, pode saber que o casamento foi realizado com a sua base, em um contrato. Só e apenas, ambas as partes sabem realmente da verdade, isto é, Elijah Bettencourt, Mia Knight e o advogado que redigiu este contrato, Dr. Henry Malcom. — Ambos têm que mostrar a todos os de fora, que se amam e são felizes. — Ambas as partes têm também que demonstrar carinho, amor e compreensão um pelo o outro em público e em família. — Ambas as partes, têm total liberdade de se envolverem sexualmente entre si, se assim o quiserem e desejarem, e sempre com a autorização da outra parte. Nenhum dos dois é obrigado a manter i********e, se assim não o quiser ou não o permitir. — Ambas as partes não podem ter filhos fora do casamento e nem entre eles. Por isso, não estão autorizados filhos no casamento entre ambos. — Depois do casamento realizado, a esposa, Mia Knight, tem todo o direito a tudo o que o esposo, Elijah Bettencourt tem, isto é, todos os seus bens e toda a sua fortuna. — Em caso de divórcio, a esposa Mia Knight fica sem o direito à fortuna do seu esposo, Elijah Bettencourt. Acabo de ler, fecho os meus olhos e respiro fundo, ouço a voz dele que se manteve calado até agora, somente à espera. — Espero não ter sido indelicado com nada do que está escrito! — ele fala calmamente — E é óbvio que se quiseres acrescentar alguma regra, estás completamente à vontade para isso. — Só tenho uma regra a acrescentar. — digo segura de mim mesma. — Claro, diz. — Eu vou continuar a trabalhar no hospital, não abdico dessa regra por nada. Ele olha para mim, não consigo perceber se está orgulhoso ou chateado, mas não me interessa minimamente, ele tem nove regras, eu só peço uma, por isso, não quero nem saber. Quer, quer, não quer temos pena. — Acho justo, muito justo. — Ele diz por fim. Eu coloco de novo o documento dentro da pasta, e entrego na mão dele. — Diz ao teu advogado para colocar mais essa regra, depois disso, eu assino e podemos falar sobre o próximo passo. — digo confiante de mim mesma — Temos apenas quatro meses, Elijah, o prazo é apertadíssimo, por isso temos que ser rápidos. Ele sorri contente. — Amanhã mesmo, trago o documento para assinares. — Ok, o meu turno no hospital começa às oito da noite, — informo ele — se conseguires trazer antes, melhor. — Eu ligo antes de vir. — Ele diz. — Combinado. Despedimo-nos e eu o levo à porta. — Obrigada, Mia, por quebrares o meu galho. — Ele diz, me dando um beijo no rosto. — Tal como tu disseste, estamos a quebrar o galho um do outro. Ele sorri e sai. Vejo ele entrar no carro estacionado mesmo à porta da minha casa, dá um tchau com a mão e arranca. Eu fico ali com a porta aberta, a olhar o seu carro sair da minha vista.

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