Capítulo 3

1154 Words
Letícia, após uma semana trabalhando, percebeu que deixar seu filho com sua amiga não era uma boa ideia. Além daquilo estar tomando muito do tempo de Letícia, acabava atrapalhando Giovanna, que sempre falava que não tinha problema nenhum e que não atrapalhava. Mas Letícia não queria atrapalhar ninguém, e decidiu procurar por uma creche aonde poderia deixar seu filho em segurança enquanto ela trabalhava. Decidida a buscar alternativas, Letícia começou a pesquisar por creches na região. Após algumas visitas, encontrou uma creche próxima ao seu local de trabalho, com um ambiente seguro e acolhedor para seu filho. Sentiu-se aliviada ao tomar essa decisão, pois sabia que seu filho estaria em boas mãos durante o período em que estivesse no trabalho. E hoje, ela iria deixar seu filho no seu primeiro dia na creche e de lá seguiria rumo ao seu trabalho, porém Letícia estava em uma tremenda correria naquela manhã, o despertador não havia tocado no horário certo, o café da manhã foi preparado às pressas e ela m*l teve tempo de se arrumar adequadamente. Letícia se viu em um verdadeiro frenesi para se arrumar e preparar tudo a tempo. Ela pegou seu filho no colo e logo em seguida a sua bolsa. Ao sair apressada de casa, Letícia pegou um ônibus e seguiu rumo a creche. Ao chegar ao local, Letícia praticamente correu até o portão da creche. No meio de toda aquela agitação, Letícia acabou esbarrando em alguém e, instintivamente, soltou a bolsa que segurava. Desesperada, ela olhou para o chão, vendo seus pertences espalhados e rapidamente se abaixou para recolhê-los, com o pequeno Pedro ainda em seus braços grudado ao corpo da mãe. Ao levantar seu olhar, ela olhou para a pessoa com quem tinha esbarrado e notou imediatamente sua aparência deslumbrante. O homem tinha olhos escuros profundos que pareciam enxergar diretamente em sua alma. Ele sorriu gentilmente enquanto se abaixava e ajudava Letícia a recolher seus objetos. — Desculpe-me pelo nosso encontro, eu estava tão distraída. — disse Letícia rapidamente. — Não se preocupe. — respondeu o homem com uma voz suave. — Acontece com todos nós. Letícia agradeceu enquanto colocava sua bolsa sobre ombro e logo correu para dentro da creche, deixando o homem para trás. Ela entrou na sala onde deixou seu filho e se desculpou com a educadora pela sua pressa. Enquanto se despedia de seu filho, Letícia não conseguia deixar de pensar no homem bonito do portão. Enquanto se dirigia para o trabalho, sua mente continuava relembrando aqueles olhos penetrantes e aquele sorriso encantador. Ela se perguntava quem ele era e por que sentiu uma conexão imediata com ele. Mesmo que tivesse sido um breve encontro, algo naquele homem a intrigava. . . . Lucas entrou em sua luxuosa sala, apreciando a vista panorâmica da cidade que se estendia além das janelas envidraçadas. O ambiente era imponente, com móveis elegantes e uma decoração requintada que refletia o prestígio da empresa da qual Lucas era vice-presidente. Com um suspiro ele se afastou das enormes janelas. O clima estava tranquilo, como se a calmaria da manhã permeasse por todo o ambiente. Decidido a compartilhar sua empolgação com alguém, pegou seu celular e discou o número de seu amigo e presidente da empresa, Luiz. Enquanto a chamada tocava, Lucas pensava em como explicar sua situação complicada. Afinal, como poderia ter se encantado por uma mulher desconhecida? Após alguns toques, Luiz atendeu a ligação. — Lucas, meu amigo! Como vai? Estou um pouco ocupado no momento, mas fale, o que aconteceu? — disse Luiz, com a voz um pouco abafada pelo ruído de fundo. — Desculpe interromper, Luiz, mas precisava dividir isso com alguém. Você não vai acreditar na situação em que me encontrei hoje de manhã. — respondeu Lucas, tentando controlar a animação em sua voz. Ao ouvir o entusiasmo do amigo, mesmo no meio de seus afazeres, Luiz ficou curioso e respondeu: — Diga-me tudo, Lucas. O que aconteceu? Lucas explicou, entusiasmado, que enquanto levava sua sobrinha à creche, conheceu uma mulher incrivelmente linda. Ela parecia emanar uma aura cativante e seus olhos brilhavam com uma intensidade única. — Mas o problema é que não sei o nome dela. Acho que nem a verei novamente. — admitiu Lucas, agora com um tom de decepção em sua voz. Luiz, por sua vez, tentou acalmar o amigo. — Lucas, essas coisas acontecem. Às vezes, a vida nos proporciona encontros fugazes, mas talvez seja só uma questão de tempo até você encontrá-la novamente. Não perca as esperanças. Lucas suspirou, sentindo-se mais tranquilo com as palavras de Luiz. — Você está certo, Luiz. Tenho que manter a esperança viva e, quem sabe, o destino me trará a oportunidade de reencontrá-la. — É assim que se fala, cara. — disse Luiz. — agora, antes de encerrar a ligação, quero te falar uma coisa. — O que seria? — perguntou Lucas curioso. — Estou voltando de viagem antes do combinado. Aconteceu alguns problemas... — diz Luiz suspirando. — Ei, o que foi que aconteceu? — perguntou Lucas preocupado. — Vou me separar da Jessy. — diz Luiz. — Nossa, cara. E como você está? — pergunta Lucas tentando passar tranquilidade na voz. — Estou bem. Minha separação da Jessy é completamente de acordo em ambas as partes. — diz Luiz. — no começo estava tudo perfeito, porém, com o tempo tudo foi ficando desgastante, e a gente percebeu que não dávamos mais certo. — Nossa. Fiquei surpreso, mas fico feliz que tiveram uma separação tranquila. — diz Lucas. — mas, entre a gente, você ainda pensa na Letícia, sua ex-esposa? — Eu me arrependo de tudo que fiz com ela, e sim, eu ainda penso nela, ainda mais agora que vejo que troquei um relacionamento certo por algo passageiro... — Lucas ouve o suspiro do amigo. — eu tentei procurá-la há algum tempo atrás, após abandoná-la e perder totalmente a conexão com ela, mas não a encontrei, ela não morava mais no mesmo lugar e ninguém sabe para aonde ela foi. Fico de coração partido ao pensar em como ela e meu filho estão agora. Eu sou um canalha mentiroso, eu abandonei minha mulher com um filho pequeno… — Se eu fosse a Letícia, e te reencontrasse, eu chutaria as suas bolas. — diz Lucas sorrindo. — Agora eu preciso ir, nos vemos em duas semanas. — diz Luiz. Despedindo-se do amigo, Lucas encerrou a ligação e voltou sua atenção novamente para sua sala. Ainda embalado pela conversa, ele Sabia que deveria retomar suas responsabilidades como vice-presidente da empresa. Enquanto suas tarefas ocupavam sua mente, Lucas mantinha uma chama de esperança acesa em seu coração. Quem sabe, em algum momento, ele e aquela mulher misteriosa se encontrariam novamente e poderiam explorar o que o destino havia reservado para eles. Com um sorriso no rosto, Lucas voltou-se para o trabalho, sabendo que o futuro traria surpresas e que, talvez, aquela linda mulher fizesse parte delas.
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