No hospital

1074 Words
MARIA GABRIELA Descobrir que minha mãe está transando com um carinha que conheci, Geraldo! Ele é mó legal, tem um papo bom e não é igual os outros garotos chatos que só falam em academia, estava gostando na amizade do Geraldo até descobrir que ele estava saindo com minha mãe, o Geraldo é mais novo que minha mãe, mas isso não é algo que importe pois a verdade tem que ser dita, minha mãe é a mulher mais linda que eu já vi, loira sarada tem um corpo de fazer inveja a qualquer garotinha, vaidosa, com um rosto de boneca, ela não aparenta ter a idade que tem, eu tiraria uns cinco anos de sua idade real, resumindo: minha mãe é um mulherão da p***a. A verdade é que não me importo com a relação deles, o que me deixou revoltada foi ver com meus próprios olhos minha mãe extremamente feliz se relacionando sério com uma pessoa, amando e sendo amada, tendo uma vida normal, enquanto eu não consigo durar com ninguém por ter uma mente fodida por culpa de suas mentiras, meu relacionamento mais longo foi de uma semana, tudo isso porque tenho dezoito anos e uma mente bagunçada e eu culpo unicamente minha mãe por isso. Quando vi o carro do Geraldo parado na frente do condomínio que moro, foi cumprimenta-lo, mas para minha surpresar encontrei mamãe aos beijos e com uma tremenda cara de apaixonada, a durona delegada Ângela logo sacou que eu o conhecia, Geraldo se declarou e ela esta seguindo em frente enquanto minha vida só ia para trás. Despejei todo veneno que tinha guardado dentro de mim, contei que Geraldo foi um lance meu e deixei no ar a duvida se tínhamos dormindo juntos ou não, a cara de revolta da minha mãe foi impagável, quase me fez se arrepender, mas já estava feito, se eu não podia ser feliz ela também não tinha esse direito. Saio do condomínio agitada, parecia que dentro da minha cabeça tinha uma banda heavy metal, minha preferida: Slipknot! Caminhei sem destino, por horas acho eu, quando dei por mim estava no centro, não tinha a intenção de voltar para casa, pararia em algum bar, tomaria uma cerveja e depois só Deus saberia meu destino, talvez a minha amiga Isabeli fosse uma opção, mas dai sua mãe poderia avisar a minha que eu estava por lá e ver minha mãe hoje não era uma opção. Olhe a pista vazia, era só atravessar e entrar em um bar, o sinal ficou vermelho para mim, mas como não tinha carros corri para atravessar, mas antes que alcançasse o outro lado algo bateu em mim, não por completo, no meu braço para ser mais exata, o carro não estava em alta velocidade e freou em seguida, cai no chão sentada sentindo uma dor dos infernos. - você está bem? Escuto uma voz dura e firma perguntar, sinto uma raiva do c*****o do louco que quase me matou. - você não olha para onde anda? Seu cego dos infernos! - você se jogou na frente do meu carro! O homem diz me irritando ainda mais e quando tento levantar sinto uma dor absurda. - merda! Então o homem me pega em seus braços como se eu não pesasse absolutamente nada. - vou te levar ao hospital. - não faz mais que sua obrigação, depois de tentar me matar! Ele me acusa de se jogar na frente do carro, parecendo irritado me coloca no chão e me olha, eu olho, p***a que homem é esse? Alto, forte, com uma camisa moldada ao corpo que mostra o quanto é forte, cabelos arrepiados, ele usa um óculos de grau que o deixa sexy para um c*****o, o homem me olha parando em minha boca, ele parece gostar do que ver, eu também gosto bastante do que vejo. - vamos garota, eu não tenho tempo a perder, tenho muito que fazer em casa! Vejo que o desconhecido está bem nervosinho, ele parece se irritar fácil, entro no carro com ele e o olho mais uma vez, o homem é gostoso, rapidamente passo os olhos em suas mãos e não vejo aliança, interessante. Nos apresentamos, descubro que ele se chama Gaspar, falo me nome. Chegamos no hospital, faço minha ficha e alguém o confunde com meu pai, digo que ele é meu tio, o vejo ficar irritadinho novamente, esse homem irritado é ainda mais interessante, penso divertida. Não quebrei o braço, mas tive uma contusão e preciso engessar. No fim do atendimento ele quer me levar em casa, mas nem ferrando eu volto para casa, o peço para me deixar em qualquer lugar. - eu não tenho casa! - Gabriela, não vamos brincar, preciso te levar para casa e poder voltar para minha casa. - já falei, não tenho casa, posso ir com você? Pergunto o deixando surpreso. - sua mãe nunca te falou para entrar no carro de estranhos? Sim, falou milhões de vezes, mas na maioria da vezes não faço o que minha mãe diz, sem falar que não sei explicar, mas algo em Gaspar me fez querer ir com ele, quando vejo que ele não vai me levar, digo que ficarei por ai, então o homem me olha de um jeito tão quente me causando algo desconhecido em seguida dá partida me levando junto com ele. Nunca imaginaria que o Gaspar seria irmão do Geraldo, mas descobrir isso assim que cheguei na fazenda. - merda de mundo pequeno! Geraldo parece que está em um velório e obviamente o dedo duro avisa minha mãe que estou aqui, Gaspar me leva para um quarto, masculino em cada detalhe, na hora sei que é o quarto dele, o seu cheiro está em todo lugar, eu gosto daqui, quando minha mãe chega sou irredutível e não volto com ela, escuto a conversa de mamãe e Gaspar, ele será responsável por mim, algo em minha barriga se revira, pela primeira vez sentir atração por um homem de imediato, geralmente só me envolvo com alguém após tomar umas cervejas ou se o cara tiver um papo legal, mas o Gaspar me despertou uma atração de imediata, ele é simplesmente gato demais, Ficarei aqui na fazenda por algum tempo, talvez até as férias escolares acabarem, esse é meu último ano na escola, não sei o que me aguarda aqui, mas espero que coisas boas aconteçam na minha vida longe da casa em que tanto fui triste.
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