— Taylor, peça para subir e a encaminhe até o escritório. – Christian fala um tanto tenso para Taylor.
— Ana me espere no quarto, vou terminar esse assunto e já vou. – fala Christian como se eu fosse empregada dele e não sua namorada. Quem ele pensa que é?
— Eu já vou! Não quero atrapalhar. Até amanhã. – falo irônica dando um beijo em seus lábios, mas Christian segura meu braço me impedindo de ir. Se ele acha que vou ficar no quarto esperando, enquanto ele flerta com outra no escritório está enganado. Meu Deus! Estou com ciúmes, que engraçado sentir isso, mas não é nada bom.
— Ana não precisa ficar com ciúmes, ela é uma amiga que não vejo a muito tempo, vai ser rápido, se quiser pode ficar no escritório comigo, não tenho segredos para você. – Christian fala beijando minha mão, ele me quebra com esses carinhos. Mas vou ser esperta, Kathy me disse uma vez que da varanda ao lado do escritório dá para escutar tudo o que se fala dentro do escritório, por isso ela evitou ir lá. Mas eu não vou evitar, quero saber quem é essa mulher e o que ela quer. Elena está quieta demais para uma ladra que roubou 500 milhões do Christian. Posso ser surda, distraída e desastrada, mas não sou i****a.
— Não Christian, prefiro te esperar na varanda, vou admirar a paisagem, mas já te aviso, não vou dormir aqui, por tanto não demore. Amanhã preciso ir ao escritório de contabilidade para começar os trabalhos. – falo ríspida.
— Vai dormir aqui sim, preciso de cuidados e você prometeu. Essa semana você fica aqui. – fala e sai empurrando as rodas da cadeira. Que homem difícil.
Vou para a varanda, fico admirando a paisagem. Escuto o barulho do elevador.
— Por aqui Srta. Leila. – escuto Taylor falar com a tal mulher.
— Christian, quanto tempo? Nossa o que houve, soube alguma coisa pelos jornais, mas não sabia que era tão grave. Vim ver você.
— Olá Leila, sofri o acidente a mais de dois meses, só agora veio? Não me demonstra preocupação não conheço você, está precisando de alguma coisa. Apesar da minhas condições, estou muito bem.
— Nossa Christian, me vê como uma interesseira? Depois de tudo o que vivemos? – fala a essa tal de Leila com tom choroso. Ai meu Deus, eu sentia isso essa mulher já foi algo para Christian.
— Leila, não vamos misturar as coisas, já fazem dois anos. E para te falar a verdade, estou muito mais feliz esses dois meses do que meus 25 anos inteiros. — diz Christian. Nossa quer dizer que ele está realmente feliz comigo na vida dele.
— Fico feliz por você Christian, realmente seu semblante parece mais leve, parece estar mais feliz. Bem estou aqui para te ver e sinceramente preciso de ajuda, tenho uma empresa de Marketing e estamos passando por uma situação difícil. Não vim te pedir dinheiro, mas sim uma conta de Marketing em alguma de suas empresas, andei analisando, podem melhorar muito o material que vocês apresentam hoje. Precisa de inovação. – fala a descarada dessa Leila.
— Procure a Ross amanhã na GEH, se sua proposta for boa, sim ajudo você. — Christian fala cortando o assunto.
— Não vou mais tomar o seu tempo. Até amanhã Christian.
— Leila por favor, não temos mais nada, porque me beijou? Nunca mais faça isso. – essa mulher beijou o meu namorado? Preciso marcar território.
— Christian você nunca me negou um beijo. O que houve com você? — fala com indignação.
— Leila vá embora, qualquer coisa que tenha que resolver resolva com Ross. Estou namorando, e estou feliz e respeito minha namorada.— Christian falou em tom aborrecido.
Vou para a sala e sento no sofá, quero que essa mulherzinha me veja.
— Anastácia! Bem Leila, essa é minha namorada Anastácia. Anastácia essa é Leila Williams, uma velha amiga. – Fala Christian em tom de desanimo. Ela parece ter uns quarenta anos.
— Prazer. – digo séria com um aceno de cabeça. Não vou sujar minhas mãos com essa vagabunda.
— Prazer. Meus parabéns Christian ela é linda. Bem já vou indo. – fala Leila. Já vai tarde.
Antes do elevador fechar, viro a cadeira e levo Christian para o quarto.
— Porque essa mulher te beijou? – vou direto ao assunto.
— Como sabe disso? – pergunta surpreso.
— Tenho meus meios. Responda. – falo seca.
— Ela me pegou de surpresa, já tivemos algo em um passado distante. Não precisa ficar com essa cara. – Christian fala se divertindo com a situação, fazendo referência a vir me beijar, mas me esquivo, estou sentada de frente para ele.
— Vá tomar banho e lavar essa boca, bem lavada. – falo já empurrado ele para o banheiro.
Ajudo Christian a tomar banho e se trocar, dou os remédios, faço os exercícios que Kathy me ensinou a fazer, já que o senhor sensível não gosta que o toquem. Kathy vai fazer o que pode, vou ajudar. Amo esse controlador.
— Aí! Vai com calma. Isso dói, ai meu pescoço – fala o homem sensível a dor.
— Meu amor, é para você melhorar. - falo sem perceber, espero que ele não tenha notado. Christian me puxa, caio sentada no colo dele.
— Chega de massagem no pescoço, agora é sua vez, mas vai ser no corpo todo. Meu amor é? Gostei! – Christian fala enquanto tento levantar do seu colo, tenho medo de machuca-lo. Ele está beijando meu pescoço e passeando as mãos no meu corpo, suas mãos são tão grandes e fortes, seus músculos, sou viciada nesse homem.
— Christian, você tem que repousar, eu preciso ir para a minha casa. Ahhhh! – falo com as mãos nos seus ombros, mas as mãos dele já estão dentro da minha blusa, massageando os meus s***s em movimentos circulares, ele morde meu pescoço.
— Saudade dessa cadeira! Hum essa sua roupa está me atrapalhando. – Christian rasga minha blusa, minha saia, minha calcinha e tira meu sutiã, em segundos estou nua. Como vou embora? Christian está com a boca nos meus s***s, meu corpo inteiro treme e esquenta ao mesmo tempo.
— Como vou embora agora? Vou ter que ir de toalha para minha casa? Christian Ahhhh! – tento falar, mas nem sei direito o que falei. Christian morde um dos meus s***s.
— Cala a boca! Tem um monte de roupas e sapatos para você no meu closet, coloque as pernas ao meu redor. AGORA! – tento resistir, mas ele grita comigo, faço na hora. Subo em cima dele começo a massagear o corpo dele, olho na cômoda ao nosso lado, tem uma tesoura, não vai ser só ele a perder a roupa. Corto sua calça do lado que consigo e sua cueca.
— Sua safadinha, olha o que fez com minha roupa. – Christian tira as mãos de mim e olha com um sorriso safado, termino de cortar a calça estamos os dois na nus na cadeira de rodas. Ele pega na minha cintura me encaixa no seu m****o já preparado. Nossa estou encharcada, mas ainda assim penetra com dificuldade. Meu corpo toma vida própria quando ele coloca o dedo no meu c******s, meu corpo está tendo espasmos sem meu controle. Christian coloca as mãos na minha cintura e coordena os meus movimentos. Ficamos nesse vai e vem durante alguns minutos, Christian parece aproveitar cada movimento, ele brinca com a língua no bico dos meus s***s me levando a loucura, chegamos ao ápice de nossos orgasmos, coloco minha cabeça no seu ombro e encosto meus s***s no seu peitoral, sinto o ritmo dos nossos corações acelerados. Christian fica fazendo carinho nas minhas costas e massageando minha b***a e meus ombros depois.
— Christian, você tem reuniões amanhã? Queria que você repousasse pelo menos de manhã. A tarde venho ficar com você. Sabia que não jantamos, vou preparar algo para você comer. Vamos ao banheiro tomar outro banho primeiro. Ok? – enquanto falo Christian não tira os olhos dos meus s***s, esse homem é insaciável.
Tomamos banho, pego na geladeira dois sanduíches que Mia deixou para nós. Ajudo Christian a deitar na cama, parece tão cansado, dou os seus remédios e um calmante que pedi ao Dr. Robert passar para ele, sem ele saber é claro, vou fazer isso alguns dias na semana para ele descansar. Estou vestida com um roupão, depois que Christian dorme vou até o closet para ver o que tenho para vestir para amanhã, dou de cara com várias roupas sociais, sapatos, bolsas, acessórios e até roupas intimas, do outro lado roupas masculinas. Separo uma roupa e e sapato para mim e outra roupa para ele, pelos meus cálculos ele deve dormir até ao meio dia. Vou sair bem cedo, passar na casa da minha mãe para tirar essa história a limpo, vou ao escritório, depois vou ver o Dr. Adam na GEH, preciso alguém de confiança para ficar de olho nessa Leila, por enquanto a única pessoa que conheço é o Dr. Adam. Deito do lado de Christian e coloco minha cabeça no seu peitoral, o remédio ainda não fez efeito totalmente e ele me abraça, está quase dormindo, é tão bom dormir assim. Não quero ficar sem o Christian na minha vida, vou ficar atenta, tudo na vida são cálculos, tudo é matemática, posso usar a Teoria do Caos em outras situações. Adormeço sentindo o cheiro do meu namorado lindo e em meio a esses pensamentos.
No outro dia chego cedinho na casa da minha mãe, falei para ela que ia tomar café com ela e que precisávamos conversar.
— Mãe eu descobri quem era o homem que tentou abusar de mim em Montesano a 12 anos atrás. Porque não me contou. – falo enquanto tomamos café e como sempre vou direto ao ponto, não gosto de rodeios.
— Como descobriu isso? – fala surpresa.
— Tenho meus meios, isso não vem ao caso. Me conta, porque não me disse que era meu pai? Porque não prestei depoimento? Porque não consta tentativa de estupro? Mãe eu quero respostas é nossa vida, não é só a sua. – falo em lágrimas, minha mãe fica surpresa, nunca falei assim com ela. Estou cansada de omissões na minha vida.
— Ana, é complicado, mas vou tentar te explicar. Como você sabe fiquei órfã muito cedo, meus pais morreram em um acidente de carro, meu pai era filho único e minha mãe também ambos perderam os pais cedo e se conheceram no orfanato de Montesano. Engraçado como a história se repetiu, eles quando fizeram 18 anos saíram do orfanato e se casaram, começaram a fazer faculdade até que minha mãe engravidou, mas isso não atrapalhou. Quando eu tinha 6 meses eles sofreram um acidente e morreram, fui a única a sobreviver e fui levada para o mesmo orfanato que meus pais saíram, todos já me conheciam porque meus pais nunca perderam o contato com eles. Cresci no mesmo orfanato que meus pais, assim como eles, sem família sem ninguém. Quando fiz 18 anos recebi um seguro que meu pai havia feito para mim uma das responsáveis do orfanato me entregou o documento e saquei e comecei uma vida sem luxos, mas dava para mim. Fui trabalhar em um mercado, para adquirir experiência e ajudar a sustentar as contas, comecei uma faculdade comunitária. Estava tudo indo bem, mas um dia no mercado conheci seu pai, ele era um homem bonito, inteligente e com atitude, fazia faculdade de contabilidade na época. Nos apaixonamos, engravidei, mas ele disse que a família dele não me aceitava porque eu era órfã, não tinha família, mas ele disse que não se importava e ia deixar a família dele de lado e íamos construir a nossa família, nunca concordei dele deixar a família dele, mas não quis me envolver. Tudo ia bem até que um dia cheguei mais cedo da faculdade e ouvi barulhos estranhos vindo do quarto, quando abri a porta ele estava com uma menina de uns 10 anos no quarto, abusando dela, era a filha da nossa vizinha. Sempre vi ele brincando com crianças, dando presentes, para meninos e meninas, eu achava lindo as atitudes dele, achei que seria um bom pai, mas ele era um pedófilo do pior tipo. Corri de lá e fui para a casa da vizinha, mãe da menina, pensei na hora só em você, estava de seis meses e fiquei com medo dele me machucar. Chamamos a polícia, na hora, algumas crianças que ele tinha contato confessaram que ele dava dinheiro e presentes para que deixassem ele fazer o que queria com elas e fazia elas prometerem que não contariam a ninguém. Jamais desconfiaríamos de um homem tão bom e generoso, ele foi preso e condenado a 30 anos de reclusão. Meus vizinhos me ajudaram muito, vendi a casa onde morávamos e comprei outra próxima, não queria sair de Montesano e a família dele nunca apareceu, não sabia quem eram. Daí quando você tinha oito anos ele conseguiu fugir da prisão, não fiquei sabendo, em 2 dias ele nos achou, eu trabalhava no mesmo lugar, ele me seguiu, ficou vigiando a casa e conseguiu sequestrar você, aconteceu aquilo tudo que você me contou, fiquei com medo vendi nossa casa, saí do meu emprego. Resolvi recomeçar nossa vida aqui em Seattle e nunca mais tive contato com ninguém de Montesano, deixamos tudo para trás. – minha mãe e eu já estávamos em lágrimas, deixei ela falar, não perguntei mais nada, entendi ela quis me proteger. Mas vou tentar descobrir quem são os familiares dele.
— Obrigada mãe, por tudo. Te amo muito. – falo enquanto abraço minha mãe.
— Também te amo filha, desculpe te esconder essa parte da história. Achei que seria para o seu bem. – fala me abraçando forte.
— Não precisa se desculpar. Na verdade mãe, acho que você deveria dar outra chance para ter um relacionamento. Tenho que te contar, estou namorando um homem o nome dele é Christian Grey, perdi a virgindade, estou apaixonada, ele é maravilhoso, tem um monte de defeitos, mas amo cada qualidade e defeito daquele homem. Fui promovida no meu trabalho, começo hoje. – falo resumido sem detalhes, detesto rodeios. Minha mãe me encara com a boca aberta.
— Filha ainda não me acostumei com essa sua maneira de contar as coisas, parece uma metralhadora de informações, tudo ao mesmo tempo. Da primeira vez que me disse que estava namorando era com a Kathy e foi um choque, já havia me acostumado com ideia de que você gostava de mulheres. Agora você me fala que está namorando com um homem, perdeu a virgindade e que está apaixonada? Deixa eu respirar. – minha mãe fala com os olhos arregalados. É melhor assim, detesto rodeios.
— Ok Dona Carla desculpa. Gosto de ser clara, objetiva e direta, a Sra. sabe. Mãe falando nisso, já faz um tempo que percebo a senhora mais leve, sorridente, mãe está tendo um relacionamento com alguém? É a mãe da Kathy? Resolveram tentar como nós? Mãe porque está pálida? Acertei é isso? – pergunto rápido, minha cabeça tem um monte de fio desencapado.
— ANASTÁCIA! Você quer ficar órfã? Tirou a manhã para me matar de perguntas e ter emoções ao extremo hoje? Me pergunta do seu pai, fala que está namorando um homem, agora quer saber da minha vida. Calma filha! Vamos com calma e já está na hora de você ir. – minha mãe fala com nervosismo. Na próxima não vai me escapar dona Carla.
— Ok! Processe minhas perguntas, e depois me responda quando estiver preparada. Semana que vamos jantar juntos, quero que você conheça o Christian, digamos que quero que se conheçam melhor. – falo e dou uma beijo na testa da minha mãe.
Vou para o escritório do Dr. Adam, faz tempo que não venho aqui, arrumo minhas coisas na minha antiga sala e levo para a nova. Como o Dr. Adam é organizado, está tudo em perfeita ordem só preciso dar prosseguimento aos assuntos pendentes.
Saio do escritório e sigo para a GEH, mais cedo peguei meu fusca a Wanda como eu e Kathy batizamos e fui. Depois da burocracia para entrar, sigo para a sala do Dr. Adam que já está a minha espera.
— Bom dia Anastácia! Como vai? Quem bom que veio, vamos tratar de alguns assuntos, mas antes vamos tomar um café. – fala me recebendo todo caloroso, como sempre foi, tenho muito carinho pelo Dr. Adam.
— Dr. Adam preciso da sua ajuda, sabe que a antiga namorada de Christian deu um golpe grande nele, ontem uma outra antiga namorada apareceu no apartamento dele Leila é o nome dela, achei muito estranho, ela pediu ajuda para que ele desse uma conta de Marketing aqui na GEH. Gostaria de pedir para que o ficasse de olho em qualquer atividade suspeita dela, porque não queremos que ele leve outro golpe. – falo em tom de preocupação.
— Essa Srta. veio aqui hoje falar com Ross, percebi porque Ross me pediu os balanços financeiros com gastos em Marketing hoje e me apresentou a ela. Mas ela é um tanto madura para Christian não? – pergunta indagando.
— Christian antes de namorarmos, só se relacionava com mulheres mais velhas, assim como Elena e Leila. – falo respondendo, mas não quero entrar muito na vida pessoal de Christian.
— Nossa! Cada um é cada um não é mesmo? E vocês como estão? Não tivemos tempo para conversar aquele dia. – pergunta em tom divertido.
— Bem muito bem! Christian é um bom homem. – digo resumido, muito menos com o Dr. Adam vou entrar em detalhes.
Falamos mais sobre nossos trabalhos no escritório e as onze resolvi voltar para o Escala. Taylor me recebeu na garagem, quando viu meu carro, percebi seu incômodo. Não entendo porque as pessoas estranham meu fusca Wanda, ela anda tão bem! Chegando ao quarto de Christian o encontro dormindo como um bebê, decido que ainda não é hora de acordá-lo. Recomendei a todos para que o deixem dormir assim essa semana toda, ele precisa repousar, e vai nem que seja na marra. Vou procurar Kathy e Mia, as encontro com Gail na cozinha as gargalhadas, vou me juntar a elas.
— Olá como vão? Qual é o motivo da graça? – falo chamando a atenção de todas que param de rir e me olham, depois voltam a gargalhar. Será eu o motivo dessa gargalhada toda? Todas me cumprimentam.
— Ana a Kathy estava contando algumas coisas sobre você, de como é boa amiga e que nunca perto de você tem como ficar triste. Nos contou o dia que você sem querer foi esquentar um sanduíche no micro-ondas da faculdade e em vez de colocar um minuto colocou dez e quando foi abrir a porta do micro-ondas a fumaça acionou o alarme de incêndio do prédio e as pessoas começaram a sair desesperadas, começaram a inventar focos de fogo por algumas partes do prédio e que quando os bombeiros e a polícia te acharam na cantina, colocaram um apelido em você de torradinha. (Risos). – Mia quase não consegue falar. Criatura insuportável as vezes.
— Obrigada amiga Kathy, depois é você que fala que não sou desastrada. Gente não vejo graça, todos os alunos foram embora dispensados, a fofoca se espalhou e onde eu ia me chamavam de torradinha. Não vejo graça. – quanto mais eu falava mais elas riam.
— Bem o que temos para o almoço? Vou acordar Christian daqui a pouco, e levar o almoço para ele na cama mesmo, quero que ele fique de repouso ao máximo. – falei com todas na cozinha.
— Vejo Srta. Steele que realmente gosta do Sr. Grey, ele merece é um homem muito bom! – diz Gail, me comovendo.
— Ana o Christian realmente precisa repousar, quando tirou o gesso do pé, pude perceber que está muito inflamado, solicitei ao Dr. Robert que semana que vem o gesso fixo seja retirado e que ele use uma tala móvel, para que possamos começar a usar os aparelhos com anti-inflamatórios e massagens no local. Você terá que nos acompanhar em todas, porque ele é muito difícil, só obedece você. – fala Kathy preocupada com a recuperação de Christian.
— Claro Kathy, quero que ele melhore logo. Fiquei sabendo dos progressos do Eliott, fiquei feliz, já que isso tudo foi culpa minha. Por isso digo que ser desastrada não tem graça. – digo triste.
— Ana não diga isso, você tem ajudado muito. – fala Mia tentando me consolar.
Gail me entrega uma bandeja com tudo o que Christian gosta. Vou para o quarto e encontro meu namorado lindo dormindo feito um anjo, esse remédio é bom mesmo, sossega até leão (risos). Já está tarde e não é tão saudável ficar tanto tempo sem comer. Daqui a pouco ele tem sessão de fisioterapia e mais tarde os pais dele vem visita-los. Deixo a bandeja de lado e me aproximo da beirada da cama e deposito beijos na sua testa, olhos, bochecha, sua boca e claro no seu belo peitoral, passo de leve minhas mãos nos seus braços, falo pertinho do seu ouvido.
— Acordar belo adormecido! Meu amor já são quase meio dia. – falo sussurrando. Christian resmunga, está dopado, acho que hoje a noite só darei a metade do calmante.
— Ana meu amor que sono! Que delícia acordar aos beijos assim. – Christian me puxa e me abraça se espreguiçando ao mesmo tempo. Meu coração derreteu agora quando ele me chamou de meu amor.
— Que lindo você me chamar de meu amor! Já são meio dia, daqui a uma hora você tem sessão de fisioterapia comigo e com a Kathy. – falo tentando mudar de assunto, já que deixei escapar que gostei dele ter me chamado de meu amor.
— Eu te amo Srta. Steele! Amo tudo o que você faz por mim, amo tudo o que você é. Você me laçou, agora aguente. – Christian me puxa para cima dele. Fiquei com lágrimas nos olhos, Christian me olha profundamente, só com o meu olhar ele sabe que sinto o mesmo, mas ainda não consigo falar. O beijo profundamente, mas resisto as suas investidas, preciso cuidar da saúde dele agora.
— Lindas as suas palavras Sr. Grey, mas agora o senhor precisa comer comida, depois vou te dar um banho e vamos para a sua sessão de fisioterapia. Mais tarde brincaremos, prometo. – dou um selinho nele, me solto com dificuldade.
Enquanto Christian eu almoçamos, conversamos um pouco. Contei que fui para ao meu trabalho, depois fui para a GEH conversar com o Dr. Adam, mas não falei sobre o que. Contei sobre minha conversa com minha mãe e resolvi pedir ajuda ao Christian.
— Christian, você investigou a vida dos meus pais ou só a minha? Minha mãe me disse que ele estava preso antes de me sequestrar. – pergunto como quem não quer nada.
— Antes não, mas depois do que você me contou aquele dia, imaginei que você gostaria de saber, pedi ao Welch para investigar, mas ainda não está pronto, está procurando sobre a família dele também. – ele fala intrigado, esperando minha reação. Eu ia exatamente pedir isso a ele. Dou um beijo nele, que sorri de alívio.
— Obrigada ia te pedir exatamente isso, quero saber quem são os familiares dele e porque não aceitaram minha mãe. Desconfio de que na verdade eles sabiam que ele era um pedófilo desgraçado e que estava afastado da família dele, nem devem saber da minha existência. – falo pensativa.
— Sinto muito por tudo isso meu amor! Prometo que agora sua vida será só felicidade, vou fazer de tudo para te ver feliz. – Christian é o homem perfeito para mim.
— Eu te amo Christian Grey, como nunca amei ninguém na vida. Obrigada por fazer parte da minha vida. – me declaro, não podia mais aguentar e não dizer o que sinto a ele. Christian sorri e me beija.
— Que felicidade meu amor. Te amo! Te amo! Te amo. – fala para mim aos beijos.
— Também te amo, agora vamos cuidar da sua saúde. Semana que vem quero você bem para podermos viajar. – Levanto e vamos ao encontro de Kathy na sala adaptada para as sessões de fisioterapia de Christian e Eliott.
A tarde passou tranquila, depois da fisioterapia hoje bem feita, porque não deixei o meu resmungão atrapalhar o trabalho de Kathy, fomos para o escritório para Christian trabalhar um pouco com as coisas da GEH, o ajudei no que pude. Essa semana resolvi ficar dormindo na casa do Christian para supervisionar a recuperação dele. Mas a noite o Sr. Grey tinha que aprontar, disse para eu me arrumar toda. Usei um vestido amarelo rendado longo que achei no closet, fiz uma trança de lado e maquiagem leve, usei uma sandália dourada linda que também achei no closet. Fui até para a sala, onde Christian me esperava.
— Está linda! As deusas gregas perdem para você. – Christian fala com adoração. Será que estou tão bonita assim? Abaixo e dou um selinho nele.
— Obrigada! Aonde vamos? Não gosto de surpresas, já falei isso. – estou curiosa, detesto surpresas.
— Não seja curiosa, confia em mim, você vai gostar. – Christian fala enquanto vamos para o elevador.
Saímos do Escala e Christian está com boca de siri, não quer falar nada. Teremos que conversar sobre isso, ele ou eu teremos que lidar com essa coisa de surpresa, é algo que realmente não gosto, mas o amo e não quero magoá-lo. Chegamos a um hotel luxuoso chamado Radisson, por fora parece um hotel moderno. No hall de entrada o um lustre gigante, o hotel inteiro é uma mistura do clássico ao moderno, gostei dessa combinação. Christian me leva para o último andar, chegamos a uma suíte super luxuosa, uma sala imensa, do lado direito uma porta grande imagino ser o quarto, do lado esquerdo parece ser um escritório a porta é de vidro, sinto cheiro de rosas, mas não vejo. Christian me leva a uma varanda externa gigante que tem uma mesa posta para dois, percebi um lado da varanda escuro, mas cansei de perguntar. Jantamos salada ceasar (amo!) o prato principal era macarrão pene ao molho de ervas (amo também!), desconfio que isso tem dedo da Srta. Kavanagh. Conversamos durante o jantar sobre nossas coisas, histórias, escolhas, entre outras coisas, rimos bastante, Christian me faz bem em tudo. Enquanto tomávamos um vinho branco delicioso, Christian veio com a cadeira de rodas elétrica para o meu lado. De repente luzes do lado onde estava escuro na varanda acendem e quando olho não acredito no que vejo, a banda Nickelback ao vivo começa a contar Far Away, minha banda e música favoritas, Christian deve ter interrogado a Kathy. Nós dois olhamos atentamente enquanto eles cantam, meus olhos enchem de lágrimas, ninguém nunca foi tão atencioso comigo como Christian Grey, ele segura minha mão o tempo todo. Quando chega na parte da música:
Eu te amo
Eu sempre te amei
E eu sinto sua falta
Estive tão longe por muito tempo
Eu continuo sonhando que você estará comigo
E você nunca irá embora
Paro de respirar se ...