10 parte 1

2481 Words
— Ana seu avô paterno é o Dr. Adam, não sei se ele sabe, mas ele é pai do seu pai que morreu. Eles se afastaram há anos, porque seu pai tentou abusar da própria sobrinha na época. Você tem avós, uma tia e uma prima. - Christian fala e meus olhos se enchem de lágrimas, como assim Dr. Adam meu avô, não sou muito de acreditar em coincidências, sei que meu pai não prestava, mas porque o Dr. Adam nunca me contou, será que ele realmente não sabe que sou neta dele. Não sou de esperar, vou tirar essa história a limpo agora mesmo. — Christian, isso é muito sério, trabalho com o Dr. Adam já tem três anos, ele deve saber sim, não acredito em coincidências. Vou tirar essa história a limpo agora mesmo e você vá descansar. - falei deixando Christian para trás gritando meu nome, quero resolver isso sozinha e será agora. Desço o elevador do escala, vou para o meu carro, Taylor pergunta se quero que ele me leve para algum lugar, mas n**o com a cabeça, o celular dele toca, já sei quem é. Entro no meu carro às pressas, Taylor tenta me impedir, mas quase o atropelo, ele sai da frente do carro, estou atordoada demais para me preocupar com isso agora. Chego na GEH, me identifico na recepção e subo para o andar da diretoria financeira onde fica meu suposto avô. Passo direto pela secretária que levanta feito uma doida para me impedir, abro a porta com toda minha força, sinto que bati em algo, quando entro na sala e olho para o chão, encontro Dr. Adam caído de costas para o chão com a mão na cabeça e o rosto totalmente vermelho, o acertei com a porta sem querer. Ana você nocauteou o seu avô antes de conversar com ele. — Vovô. - falo sem pensar, me abaixando para ajudá-lo a levantar. A secretária chega e ajuda também. — Ai minha cabeça, dói muito. - quando olho para a mãos que estava na cabeça, tem um pouquinho de sangue, a testa dele está sangrando um pouco. Deve ter batido na quina da porta quando abri feito uma doida. É assim que estou me sentindo uma doida completa, mas agora tenho que cuidar desse homem ferido, que machuquei. — Desculpe foi sem querer. - disse e ele e a secretária me olharam incrédulos. — Vou chamar um médico. - diz a secretária Andreia indo ao telefone e ligando para o médico. Me abaixo perto do Dr. Adam que ainda está no chão porque não conseguiu levantar, não quero m*l a ele, mas preciso tirar essa história a limpo. Duas pessoas chegam, quando olho é Christian e Taylor parados na porta. — O que aconteceu aqui? - Christian pergunta assustado com a situação. Taylor vem e ajuda o Dr. Adam a se sentar no sofá. — Fui abrir a porta e o Dr. Adam estava atrás da porta e acertei ele com a mesma. E esse foi o resultado. - falo sem graça, resumindo porque não preciso dar detalhes. — Você é teimosa, porque não me esperou e saiu dirigindo igual a uma doida, fiquei preocupado, nunca mais faça isso. - Christian fala sussurrando praticamente. — Anastácia o que veio fazer aqui? Parecia ter pressa em me ver. - Dr. Adam perguntou um tanto curioso ainda com a mão na cabeça, Taylor parece dar os primeiros socorros. — Depois conversamos, o Dr. precisa de cuidados agora. - nesse instante chega o médico e começa a atende-lo. Depois de atendido pelo médico, Dr. Adam foi levado ao hospital para fazer um raio x da cabeça. Meu Deus porque nasci tão desastrada? Christian ficou comigo o tempo todo, segurando e beijando minha mão. Agora estou sentada no seu colo com a cabeça no seu ombro, tenho vontade de chorar de raiva e vergonha pelo que eu fiz, mas o principal é que soube que tenho família tão próximos de mim, mas nunca tive contato. Christian acaricia meus cabelos e beija minha testa, é tão bom tê-lo por perto. — No que está pensando meu amor? Está calada. - Christian levanta minha cabeça com as mãos me olha nos olhos e dá um leve beijo na boca. — Não sei, estou confusa com isso que descobri, quero conversar logo com ele, de hoje não passa. - falo com vontade de chorar. Christian me abraça forte. Minutos depois Taylor e Andreia chegam com o Dr. Adam em uma cadeira de rodas, reclamando que não está doente. Devo parecer com ele. — Está tudo bem? - Christian pergunta, assim que se aproximam de nós. — Sim ele só precisa ficar de repouso por hoje, está medicado e já foi liberado. - fala Andreia em sua extrema competência recebendo olhares de todos nós. — Sim, mas antes quero conversar com Anastácia, me acompanha até minha casa Ana? - fala Dr. Adam meio irritado e apreensivo. — Sim posso ir é claro. - digo me levantando do colo de Christian. — Eu vou também. - falou Christian segurando o meu braço. — O senhor deveria estar em casa descansando e de repouso, você vai com Taylor para a sua casa e eu vou com o Dr. Adam a casa dele, depois vou de taxi para a sua casa, entendeu meu amor. - falo enquanto todos me olham boquiabertos, aposto que ninguém nunca se atreveu a falar com ele assim. Dou um selinho nele e vou para a cadeira do meu avô empurrando. — Eu vou também, está decidido Srta. Steele. Taylor nos levará no meu carro. Depois um dos motoristas da GEH levará o carro do Dr. Adam para a casa dele e aquela lata velha que você chama de carro para a minha casa. Andreia voltará de taxi para a GEH e dará a ordem ao motorista. E sem reclamações. - fala Christian e todos nós estamos boquiabertos, inclusive eu, não quero brigar na frente dessa gente toda, então resolvo ficar calada. Christian me puxa para fica perto da cadeira dele, enquanto Taylor empurra a cadeira do Dr. Adam. Chegamos a casa do Dr. Adam, na verdade é uma mansão, tudo simples mas de muito bom gosto, mas não tenho tempo para admirar, ele nos pede para irmos ao escritório dele. Sou direta e jogo a pasta sobre a mesa. — Christian quero conversar com ele sozinha, preciso que espere aqui. - falo para ele, mas o Sr. Dominador não me obedece. — Ana você quase colocou esse homem de cama, não vou ficar aqui fora esperando nada, vou entrar com você, estamos nessa juntos, você é minha noiva, quero ficar do seu lado. - Christian fala e por um momento me vejo dependente dele, não gosto de me sentir assim, mas a presença dele sempre me faz bem, decido que ele deve entrar comigo. Afinal se não fosse por ele até hoje eu não saberia de nada. Mas que história é essa de noiva ainda não dei resposta, mas não tenho cabeça para me preocupar com isso agora. Vamos para o escritório para conversar com o Dr. Adam. — Quero respostas sobre isso, já sei que somos parentes e pela sua cara, já sei que não é surpresa nenhuma para você. Quero saber o que você sabe, desde quando e porque não me contou. - Christian e meu avô me olham surpresos da maneira que fui direta e objetiva, o que aprendi na vida é que nem sempre devemos ser sentimentalistas, mas tem horas que temos que ser objetivos, como não quero cair em lágrimas na frente deles, vou direto ao assunto. — Anastácia, não sei por onde começar. - meu avô fala gaguejando um pouco. — Do começo, seja lógico Dr. Adam, o Dr. mesmo diz isso sempre. - praticamente grito sendo direta, realmente não quero chorar. — Seu pai se chamava Franklin Adam Lambert, meu filho mais velho, era um bom menino, aplicado em tudo correto, amado por todos. Sou casado com Olívia Lambert-Adams, tivemos dois filhos Franklin e Francis. Francis tem uma filha sem pai a nossa neta Jessica, Francis apareceu grávida, nunca tinha nos dito quem era o pai, só que não se lembrava porque estava bêbada. Jessica nasceu e vivíamos felizes com nossos filhos e nossa neta, até que um dia quando Jessica tinha 5 anos de idade Olívia entrou no quarto dela e encontrou Franklin abusando dela enquanto dava o banho na própria sobrinha. Olívia tomou Jessica de Franklin, gritou por mim aos prantos, quando cheguei, Franklin estava no chão chorando, pedindo perdão, mas aquilo era imperdoável. Logo Francis chegou e ouviu toda a briga, eu batia nele de raiva, como ele podia ter feito aquilo com a própria sobrinha? Conversamos e decidimos que não iríamos contar a ninguém o que havia acontecido e não denunciaríamos Franklin que parecia arrependido, mas que ele teria que sair de nossas vidas e nunca mais voltaria para as nossas vidas. Era monstruoso demais, mas quando achamos que havíamos descoberto tudo, Francis começou a se lembrar de coisas. Francis e Franklin sempre foram muito próximos, sempre saíam juntos, Francis se lembrou que na noite que engravidou de Jessica, Franklin na manhã seguinte estava na cama dela. Não podíamos acreditar, que ele havia engravidado a própria irmã enquanto estava bêbada, ele negou, mas o teste de DNA não realmente ele era pai da nossa pequena Jessica, quando o resultado saiu ele já havia sumido. Sem minha esposa ou filha saberem, sempre tive mapeado os passos dele. Quando Franklin foi preso, procurei sua mãe Carla Steele para oferecer ajuda, você é minha neta e não tinha culpa do que aconteceu, mas sua mãe negou e pediu para ficarmos longe dela e de você, mas sempre observei de longe tudo o que acontecia com vocês. Até que aquela tragédia toda aconteceu e não podia mais tê-las longe de mim, foi aí que na agência de empregos que sua mãe havia se cadastrado pedi a um amigo para conseguir um bom emprego a ela aqui em Seattle, algo irrecusável. Todos esses anos acompanhei seu crescimento, tenho tudo sobre você aqui nessa pasta. Mas antes que me pergunte porque não me apresentei antes, tinha medo da sua reação ao descobrir tudo isso, não queria que se afastasse de mim. Ana esses três anos que trabalhamos juntos foram os melhores da minha vida, não me afaste de você por favor. Jessica minha neta, por causa da proximidade genética de Franklin e Francis nasceu com autismo em grau médio, é uma menina muito especial. Não quero comparar logicamente, mas você tem muito de mim, não suportaria ficar longe de você. - fala Dr. Adam emocionado Meu avó em lágrimas, me entrega a pasta que mantinha todas as informações sobre minha vida. Tinham fotos desde o meu nascimento até o mês passado, documentos do hospital, boletins da escola, faculdade, ficha médica, quantas vezes estive no hospital pela maneira desastrada que sempre me machuco, tinha tudo, sobre mim e minha mãe também. Impossível não chorar, ele sempre cuidou de nós mesmo de longe. Como aquele monstro pôde fazer tudo isso? Por culpa dele fui separada da minha família. E minha mãe, não a culpo, mas vamos ter outra longa conversa. — Dr. Adam, não sei o que dizer, preciso pensar, é muita informação. Preciso decidir o que fazer. Agradeço a sinceridade por ter me contado tudo isso, mas realmente preciso de um tempo. - falo chorando, mas sem forças, não tenho forças para nada, só quero ir embora e ficar nos braços de Christian. — Anastácia, vou respeitar o seu tempo, mas não vou desistir de você. - meu avô fala pegando na minha mão e me olhando fundo nos olhos. Christian ficou calado até agora, mas agradeci por ele ter ficado comigo o tempo todo. — Ana, vamos? Você precisa descansar. - Christian falou segurando meus ombros. Meu avô e ele apenas trocaram olhares e assentiram com a cabeça. — Ana posso te pedir um abraço pelo menos? Sempre quis te dar um abraço, mas nunca pude. - meu avô fala chorando, não pude resistir, esse homem assim como eu sofreu muito. Levantei e o abracei brevemente, mas pude sentir naquele abraço um amor paterno que nunca tive na vida. Saímos da casa do meu avô e fomos para o Escala. No caminho fiquei abraçada com Christian o tempo todo no seu colo, como se fosse uma criança, o lugar mais seguro do mundo para mim naquela hora era o colo dele que me abraçava apertado e beijava minha cabeça. Chegando no quarto Christian deitou comigo na sua cama, foi uma briga para colocar a perna dele pendurada, ele deveria ter ficado de repouso e ficou comigo o tempo todo. Pude notar que o seu pé engessado está um pouco inchado. — Christian está um pouco inchado, você deveria ter me obedecido e ter ficado aqui repousando, mas é teimoso como uma criança mimada. - falo um pouco irritada, estou me esforçando para que ele melhore, não quero que ele fique muito tempo com o pé desse jeito e preso aquela cadeira de rodas. — Ana eu não podia deixar você sozinha com essa situação toda. E você mesmo com todos esses problemas se preocupa comigo. Anda deita aqui comigo e vamos descansar juntos, foi um dia cheio. - Christian fala e me lembro de que tenho compromisso com as meninas e penso que será bom me distrair com minhas amigas. Preciso cancelar meu encontro com Kathy e nossas mães, hoje não consigo encarar a dona Carla. Vou dar um remédio inteiro para Christian dormir à noite toda e a parte da manhã. — Ok, mas vou providenciar um lanche primeiro, porque os remédios que você toma são fortes, não quero que faça m*l ao seu estômago. - falo dou um selinho nele e vou até a cozinha. Gail prepara um lanche para nós dois, já são dezoito horas e marquei com as meninas as vinte na minha casa. Comemos nossos sanduíches e dou os remédios de Christian, conversamos bastante e trocamos carícias. Percebi que Christian iria tentar entrar no assunto do pedido de casamento, mas graças a Deus o remedinho fez efeito e ele dormiu. Como já havíamos tomado banho juntos, estava de pijama mesmo, a festa era de pijama, simplesmente coloquei um roupão, antes de sair do quarto dei um selinho no meu belo adormecido. Peguei minha bolsa e fui para a garagem pegar o meu carrinho querido. Taylor tentou argumentar com sobre Christian não gostar de eu sair, mas falei para ele não contar que eu não contaria, sorrimos um para o outro e fui embora para minha casa encontrar com Kathy e Mia. — Ana não entendi porque você desmarcou com nossas mães. Notei também que você está triste o que houve? - Kathy pergunta quando já estamos no nosso apartamento.  
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