Nathan Keen Nosso momento na água havia sido inesquecível, uma fusão perfeita entre nossos corpos e sentimentos, como se o mar testemunhasse o desejo que ardia em cada toque. Mas ao sairmos e nos vestirmos, a insegurança aflorou em mim. Ao olhar para ela, senti uma necessidade quase possessiva – queria que fosse apenas minha, que mais ninguém a visse tão entregue, tão vulnerável. Quando expressei meu desejo de exclusividade, ela riu, desarmada, mas um comentário atravessou meus limites. A simples menção de que outro homem poderia vê-la assim acendeu um fogo de ciúme e, antes que percebesse, as palavras escaparam. Chamei-a de algo que me arrependeria no instante seguinte. E foi então que tudo mudou. Seus olhos, até então suaves, endureceram como lâminas. Em um movimento rápido e preciso