CAP 01 HENRIQUE CARTER
Nunca perdoei meu pai por todo m*l que ele fazia a minha mãe, ele nunca me tocou mais sempre gritou e me aterrorizava, ao contrário da minha mãe que ele a espancava a ponto de um dia ela precisar ficar quase um mês internada, eu era muito pequeno e fiquei ao cuidado de vizinhos, e ele fugiu.
Hoje minha mãe está bem, encontrou o Augusto que a respeita muito e cuida dela como se fosse sua rainha, ele ama o seu trabalho e sempre me ajuda com o meu dever ou falar sobre os casos que ele está trabalhando no momento.
- Filho pode me ajudar aqui um instante.- Augusto me chama da garagem, desde que o ajudei a entrar bêbado em casa com a minha mãe eles não conseguiram mais se desgrudar e gosto disso.
- Estou indo. - Gritei do escritório que agora é mais dele do que da dona Cleide.
Quando chego na garagem vejo ele tirando várias caixas enormes cheias de papéis e dou dois tapinhas na costa dele.
- Me ajuda a levar lá para o escritório, não devia ter trago tudo isso. - Ele olha para o excesso de trabalho e coça a cabeça.
- O que foi está tão velho que não dá conta de umas caixinhas ? - Gosto de implicar com ele e fico rindo.
- Há moleque só não te ensino o velho, por que tenho medo de travar a costa!. - Começamos a rir e ajudo a por tudo no escritório e recolho minha bagunça estava estudando para a prova.- Filho cadê a sua mãe?
- Ainda não chegou, quero pedir para ela deixar que eu traga o Peter para passar o fim de semana aqui em casa, queremos ir no cinema assistir o novo filme da Marvel e estudar para a prova de conhecimento americana. - Desde que o Peter chegou no ano passado logo nós tornamos amigos, ele é aluno de Intercâmbio e vem da filial que é em Nova York.
- Bom, por mim não tem problema ligue para sua mãe e fale com ela caso queira que ele venha logo. - Já vou usar a fala dele com minha mãe se ela não deixar.
- Obrigado Augusto. - Por mais que goste muito dele, e o admire nunca consegui chamar ele de pai, por que tenho medo de me magoar, caso ele um dia vá embora.
- Vou começar a olhar esses documentos. - Arrumo meu material que estava na mesa e guardo tudo na mochila.
- Vou tentar falar com a mamãe, vou estar na sala assistindo minha série. - Aviso para caso ele precise, mais está tão concentrado que nem dá muita atenção.
O que eu sei é que o Augusto é um excelente advogado, nunca perdeu uma causa ele da o crédito para a Helena a baixinha é seu amuletinho da sorte, ele sempre se esforçar muito para vencer ou conseguir um acordo bem vantajoso para o seu cliente, com certeza esse caso deve ser grande para que ele trouxesse tantos documentos.
Vou para a sala e tento falar com minha mãe, mais o celular está desligado, então ligo para o consultório e falo com a Ângela, é a atendente e secretária do consultório da minha mãe e das minhas tias Bianca e Neide, ela é muito gostosa já pensei nela várias vezes enquanto tomava banho.
- Oi Henrique o que precisa? - Há se te falar o que preciso.
- Oi Ângela minha mãe está com paciente? - Afasto os pensamentos de ter aquela mulher na cama da minha imaginação.
- Está sim, mais está acabando, o paciente está saindo quer que a chame? - Ótimo
- Sim , por favor! - A ouço chamando minha mãe que logo fala comigo.
- Oi meu amor, aconteceu alguma coisa? - Ela sempre muito preocupada.
- Na verdade sim, não grave não se preocupe mãe, mais queria pedir para o Peter passar o fim de semana aqui em casa teremos prova na segunda e e estamos querendo assistir aquele filme que lançou. - Deixo ela absorver meu pedido. - O Augusto não se importou já pedi dele também.
- Você é esperto heim menino.- Minha mãe da uma risadinha gostosa que sempre amei em ouvir é sinal que ela está feliz.
- Tudo bem, avise ao Peter, daqui umas duas horas estarei em casa, Augusto já chegou?
- Obrigado mãe vou ligar para ele agora, chegou trazendo um monte de trabalho para casa.
- Faz um favor, tira aquele peixe que está no freezer vou preparar ele para o nosso jantar. - Amo quando minha mãe resolve fazer peixe.
- Tá vou separar o peixe e deixar as verduras cortadas, só lhe esperando para fazer o peixinho que amo. - Ela ri do meu interesse.
- Vai estudar garoto, deixa que arrumo tudo precisa se preocupar não. - A amo por isso, sempre pensa no meu futuro.
- O Augusto está no escritório trabalhando e já terminei meus deveres estava apenas relendo a matéria e faço isso amanhã com o Peter. - Ouço ela falando com alguém.
- Meu amor, meu próximo cliente chegou, não esqueça de tirar o peixe do freezer, te amo e até mais tarde. - Me despeço e ligo a tv e coloco minha série para passar enquanto estou na cozinha.
Separo todos os legumes e verduras que minha mãe usa e vou cortando eles do jeito que ela gosta, depois que tudo está preparado limpo o que sujei retiro o lixo da cozinha e dos banheiros e os jogo fora. Volto para a cozinha preparo uma pipoca faço um suco, e já encho as garrafas de água, que ver a fúria da minha mãe é chegar em casa e não ter água gelada e as garrafas secas.
Vou com meu balde de pipoca para o sofá e meu copo de suco e continuo assistindo a série, já pego meu celular e vou procurando o contato daquele branquelo azedo.
- O que você quer Henrique, não basta me ver 5 dias na semana. - Peter me atende em inglês.
- Na minha terra você fala meu idioma branquelo azedo. - Começamos a rir, ele estava com voz de sono.
- Vai a merda. - Ele agora fala no meu idioma bem carregado com sotaque.
- Falei com a minha mãe ela deixou você dormir aqui, já pediu da sua mãe? - Os pais do Peter são separados, o pai dele mora em Nova York e trabalha de guarda costa e ele fala que ele terá a mesma profissão do pai dele quando o filho do patrão precisar de segurança, ele diz que essa função passa de pai para filho, já a mãe dele veio com ele para que ele pudesse fazer as aulas e não ficar sozinho em um país diferente, cultura diferente.
- Já sim, estava só esperando você me dizer que posso ir, minha mãe vai me deixar aí, a sua já chegou? - A mãe dele é bem cuidadosa.
- Ainda não, assim que ela chegar eu te aviso, hoje ela vai cozinhar aquele peixe. - Falo por que sei que ele também gosta.
- Sério que ela vai fazer? Não brinca com o monstro que tenho na minha barriga Henrique, aquele peixe da sua mãe é maravilhoso. - Até o gringo já se rendeu o famoso peixe de dona Cleide.
Assim que desligamos volto assistir minha série de advogados, estou estudando muito para passar na federal em Direito e ser o orgulho de mamãe, não quero que ela trabalhe até ficar velha, quero poder dar a ela uma velhice tranquila.
Enquanto assistia o terceiro episódio da série minha mãe chegou, me deu um beijo foi até o escritório e depois subiu e trocou de roupa.
Pausei minha série e fui ver como o Augusto estava naquela montanha de papéis, ele já tinha tirado os sapatos jogado o terno de qualquer jeito e e aberto a camisa, me sentei no sofá e olhei alguns documentos e ele me olhava enquanto pegava em alguns documentos.
- Meu amigo daqui a pouco está chegando, está precisando de ajuda com alguma coisa. - Continuava lendo a pasta de documento e um nome em específico me chamou atenção.
- Por enquanto estou bem aqui, sua mãe disse que vai fazer aquela moqueca de peixe.- Ele fala e presta atenção em mim.
- Sobre o que é esse caso? - Pergunto tentando entender o que estou lendo.
- Um garoto está sendo acusado por homicídio doloso, mais a família diz que ele estava em casa, ainda não fiz a entrevista com a família e nem peguei o depoimento do rapaz.- Ele ri para mim, achando que me interessei pelo caso.
- Parece ser interessante, posso ajudar em algo. - Olho para ele com a melhor cara de cachorro pidão.
- Não vejo por que não, enquanto estiver aqui em casa pode me ajudar, depois que terminar seu afazeres com o estudo. - Pode ter certeza que vou ajudar sim.
Largo as folhas e vou até meu quarto para procurar algum documento meu, esse nome que só me dá raiva é um nome que sempre me esforço a esquecer, e pego minha certidão e leio.
- Henrique Muniz Carter filho de Cleide Gomes Muniz e James Silas Carter.
Pode ser apenas uma coincidência, não deve ser a mesma pessoa e não vou preocupar minha mãe com isso, ela demorou anos para superar aquele monstro que tanto m*l fez a ela, e se para proteger minha mãe seja necessário que eu mate aquele desgraçado eu farei isso.
Meu telefone toca e minha mãe me chama lá de baixo, tenho que mudar meu humor para que ninguém perceba.
- Querido acredito que seu amigo chegou. - Vou até o portão e abro recebendo meu amigo e a mãe dele, e os convido para entrar.
- Mãe essa é a Sra. Mary Harris a mãe do Peter. - Minha mãe sai da cozinha e vai até a mulher que estava na sala.
- Seja bem vinda Mary, finalmente conseguimos nos conhecer. - Minha mãe sorri para ela .
- Você é uma mulher muito bonita, e feliz. - Ela fala meio insegura, e acho que ainda é insegurança com o idioma.
- Pode ficar tranquila que ele ficará seguro aqui, deseja ficar para o jantar? - Dona Cleide como sempre muito receptiva.
- Não é necessário, eu marquei uma reunião com algumas amigas, vou aproveitar minha solidão. - Elas duas começam a rir.
- Credo mãe, não preciso saber o que vai fazer mais tarde. - Eu começo a rir do Peter.
Me despeço da Sra. Harris e levo o Peter até o meu quarto para que possamos arrumar as coisas dele e não demora muito, minha mãe nos chama para jantar e descemos para sentarmos a mesa com a família e meu amigo, e comemos rindo e contamos os planos para amanhã irmos para o cinema.