Capítulo 2 - O Agente & O Desejo

1328 Words
Narrado por Anne Peterson. Depois de anos, reencontrei o amor da minha vida. E agora estamos tendo a chance de recomeçar nossa história sem segredos ou mentiras, construindo uma nova relação como dois adultos que somos agora. Depois de reencontrar Matt todo aquele desejo e t***o que sinto por ele reacendeu de uma forma inimaginável e quase transamos na sala dele, mas doze anos se passaram e as coisas mudaram. Não sou mais uma adolescente inconsequente e ele hoje em dia é ainda mais cuidadoso e dedicado ao trabalho. Dedicado até demais... Enquanto ele foi falar com sua superior, conheci meus colegas de trabalho, uns bem diferentes dos outros. Com os meninos me dei bem rapidamente. Alex e Mark são leves e muito divertidos, me contaram de casos hilários em que trabalharam no início da carreira, o que nos rendera altas risadas durante a tarde. Natasha e Diana foram muito educadas comigo, me explicando como funciona a rotina da nossa unidade, me dando dicas de como me portar e muito mais, o que me deu certeza de que me darei muito bem com elas. Já Gia não me tratou tão bem. A loira "pintada" me chamava de novata o tempo todo, dizendo que devia desistir o quanto é tempo deste trabalho, que pra trabalhar na nossa divisão tem que ter estômago, muita força e bla, bla, bla, o que me incomodou um pouco, mas mesmo assim conversei com ela na maior educação possível. Depois Mathew resolveu me levar para casa e mesmo com minhas provocações, não quis t*****r comigo, me deixando P da vida, já que estou sentindo muito a falta do toque, do corpo dele, sempre senti. Sinceramente? Estou subindo pelas paredes. [...] No dia seguinte, acordei bastante animada. É meu primeiro dia oficial de trabalho e estou muito ansiosa para por as mãos na massa. Me arrumei colocando uma roupa discreta composta por camisa branca, calça social preta e casaco do mesmo tom, além de sapatos fechados. Peguei minha arma, distintivo, crachá do FBI, celular e em seguida, as chaves do carro. Passei na cozinha onde tomei café puro, que se tornou minha bebida preferida nos últimos anos, e um pouco de bolachas e em seguida, saí de casa, peguei meu carro e depois de meia hora, já estava no trabalho. Ia passar na sala do Mathew para lhe dar um beijo, mas encontrei Alex no caminho e o moreno avisou que todos já estavam reunidos na sala principal onde nossos casos são apresentados. — Bom dia! - Falei entrando na sala e olhando rapidamente para Mathew que deu um sorriso discreto e piscou para mim. A sala é de tom bege e a maioria dos móveis são marrons ou pretos. Tem uma enorme mesa marrom no centro dela, além de um telão onde provavelmente as fotos dos crimes serão mostradas. Sentei-me ao lado de Diana e Mark e respirei fundo. — Pessoal, temos um caso novo. - Mathew avisou pegando o controle remoto. - Antes de mais nada, aviso que esse caso é muito sigiloso, portanto, até segunda ordem a imprensa não pode ser avisada, okay? — Okay chefe, mas não seria melhor avisarmos a mídia? Pra alertar possíveis vítimas? - Questionei preocupada. — Você nem sabe qual o caso e já está traçando planos de ação? Vê-se de longe que é novata mesmo. - Gia ironizou fazendo uma careta. - Quando Mathew diz que o caso é sigiloso é porque são ordens da nossa superiora, sabia? Ah, esqueci que você não sabe porque chegou ontem aqui. - Provocou-me dando risada. — Gia! - Mathew olhou feio pra ela que entendeu o recado e se calou — Continuando, o caso é o seguinte. Há algumas semanas a polícia encontrou dois corpos de mulheres em duas avenidas afastadas de Washington, perto da mata. Como podem ver, elas foram estripadas. - No telão, aparecerão a foto de dois corpos completamente destruídos, o que embrulhou meu estômago e me fez virar o rosto. — Matar a facadas é claramente um substituto para o sexo, o que nos prova que nosso suspeito é um sádico. - Alex avisou. — Sim, mas e a falta de partes do corpo? Sabemos se elas foram cortadas ainda vivas? - Diana questionou coçando a cabeça e não tirando os olhos da tela. — Ainda não sabemos, temos que ver com o legista depois. - Mathew respondeu. — A remoção de partes do corpo pode ter a ver com algum ritual, não? - Gia fez sua teoria. — Sim, pode ser. - Mathew concordou também olhando para a tela quando seu celular vibrou no bolso e ele o pegou e leu algo na tela que não lhe agradou — Aconteceu de novo, pessoal. - Suspirou um tanto quanto frustrado. — Merda... - Mark resmungou batendo com a mão na mesa. — Mark, Gia e Anne, os quero na cena do crime imediatamente. - Nosso chefe mandou desligando o telão e me levantei ao mesmo tempo em que meus colegas e saímos de lá. [...] Fomos no carro do FBI, Gia no volante, Mark ao seu lado e eu no banco de trás. — É sua primeira cena de crime Anne? - O loiro indagou curioso. — Claro que não! Quer dizer, já fui em muitas cenas, mas não em uma tão... — Sangrenta? - Gia completou virando-se e me olhando rapidamente — Espero que tenha estômago forte, Anne. - Falou novamente e resolvi ignora-la e apenas revirei meus olhos. Oh mulher chatinha, viu?! [...] — Chegamos. - Gia avisou estacionando o carro na avenida que estava vazia. Tirei o cinto de segurança e saí do carro, assim como meus parceiros. — FBI. - Gia mostrou seu crachá para que pudéssemos passar pela faixa da cena do crime, onde os peritos estavam trabalhando. Andamos poucos metros até o local que era antes de entrar na mata fechada. Quando chegamos lá tomei um susto com tudo o que vi. Tinha um corpo de uma mulher jogado no mato, sem vida, com alguns arranhões, claramente marcas de defesa, sem cinco dedos da mão direita e com o resultado de várias facadas no abdômen que fizeram seus órgãos e tripas saírem para fora do corpo. Não resisti e dei alguns passos para em seguida, vomitar ali no mato mesmo. — Mas que merda, você quase contaminou a cena do crime, Anne! - Gia reclamou enquanto Mark tirava um lenço do bolso e me dava para que eu limpasse meu rosto. — Desculpe. - Pedi cabisbaixa. — Dá nisso trazer novatas para cá. - Gia resmungou cruzando os braços. [...] — Fiquei tão decepcionada comigo mesma... - Lamentei já no escritório de Mathew. — Qual é Anne, você não é a primeira agente que passa m*l em uma cena de crime! Isso é perfeitamente normal, acontece. - Ele disse se aproximando de mim e acariciando meu rosto. — Mas a Gia se irritou e ficou me mandando indiretas. - Contei incomodada — Por que ela pega mais pesado comigo do que com os outros? — Porque você é novata e ela sempre implica com novatos, é bobagem dela, não dê atenção que logo ela para. - Aconselhou-me dando um selinho carinhoso em mim. — Senti tanta falta desse seu jeito todo carinhoso. - Falei pondo minhas mãos sobre o ombro dele que sorriu pra mim — Mas sinto falta de muitas outras coisas... — Tipo o que? - Ele manteve o sorriso nos lábios. — Dos seus beijos... - Dei outro selinho nele. - E de fazer amor com você. Eu te desejo tanto, Mathew. — Anne! - Ele corou quando eu coloquei a mão sob seu m****o. — Cadê aquele professor delícia que quando me tomava nos braços, fazia eu esquecer de tudo? - Envolvi as mãos no pescoço dele — Que se arriscava, era ousado e fazia o que podia pra ficar comigo? Quero fazer amor com você agora Mathew, na sua sala mesmo. E aí, topa?
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