Esfreguei uma mão na outra, sucumbindo ao nervosismo que estava sentindo. Conseguia ouvir o burburinho de pessoas que me aguardavam no grande salão da igreja, enquanto eu permanecia isolada e solitária para rezar. Claro que eu não estava fazendo isso, tampouco conseguia pensar nas palavras com coerência, sem me embaralhar em uma frase inteira.
Encarei a estátua da santa que parecia me julgar, sabendo que eu estava burlando uma das regras.
— Eu não consigo, estou tendo um infarto.
— murmurei, explicando-me como se ela fosse entender. Abanei as mãos em frente ao meu rosto.
— Parece que o ar se tornou raro, não sente também?
Sim, eu estava conversando com uma santa de gesso, mas quem poderia me julgar? Absolutamente ninguém!
Não tinha um relógio que fosse para que eu pudesse conferir as
