CAPÍTULO 10 (VINCENZO FIZTERRA)

607 Words
Acontece que seria impossível terem retornado para Boston, cada maldita estrada havia sido interceptada pela nossa polícia, a fim de encontrar os invasores. Eles não teriam como ir embora. Estavam em Nova York e só não sabíamos onde ou quais eram os seus planos. Mas Eldo havia nos dado uma vantagem ao confessar os nomes. Não seria mais uma procura no escuro. Agora, tínhamos rastos para perseguir. Perambulei ao redor da mesa, suspirando audivelmente. Era uma pena que tivesse mentido para mim. Eu iria lhe dar certa vantagem em ter uma morte rápida, mas minha disposição a isso havia desaparecido em um piscar de olhos. — Foi uma honra dispor da sua companhia, Eldo — avisei, antes de mandar os meus homens moverem ele para o aquário de piranhas, afundando ele. — Morra de uma vez, tenho que ir ver a minha noiva. — crispei, analisando a hora em meu Rolex. Eldo se debatia, tentando se levantar do aquário, mas não tinha forças suficientes para conseguir. Infelizmente, ele não morreria repido, pois tampouco teria sucesso conseguisse levantar. Satisfeito com a morte lenta, nem um pouco honrosa, saquei a arma do coldre da cintura e atirei no topo da cabeça. Sangue e cérebro se juntaram na água, misturando-se à bagunça. Afastei-me e limpei as mãos nas calças, analisando a minha obra de arte. — Meu trabalho está feito — anunciei, devolvendo a arma para o coldre. — Limpem a bagunça. Em breve teremos mais homens para a minha diversão. Puxei os óculos de sol, cobri os meus olhos, girando nos calcanhares, e deixei a pequena sala de interrogatório para trás. Estava na hora de colocar a maldita coleira em meu pescoço, ou Logan faria com que os meus miolos estourassem, assim como os de Eldo. Era hora de conhecer a minha noiva e futura esposa. Não que houvesse algum tipo de animação da minha parte, conhecia suficientemente bem as garotas da máfia para deduzir como Ana Lúcia seria. Uma boa garota, claro, mas não seria boa companhia. Eu nunca poderia chegar em casa e falar como havia sido o meu dia, qual tortura teria selecionado para a vez, pois isso a deixaria assustada, e talvez até mesmo a fizesse vomitar. Não existia divórcio em nosso mundo, Ana Lúcia estava destinada a ficar comigo para sempre, assim como eu estava destinado a não sair do lado dela. Não importava o quanto fôssemos incompatíveis, o quanto ela deveria ser uma garota inocente e angelical, enquanto eu era o d***o encarnado. Apenas não importava. Precisaria manter minhas merdas fora de casa para não a assustar. Como todas as garotas da máfia, Ana lúcia foi criada para ser uma boa esposa e uma mãe maravilhosa, educada e moldada à perfeição. Armas, sangue e meus demônios não entrariam pela porta da frente. Isso a apavoraria o suficiente e tornaria o casamento o nosso próprio o inferno pessoal. Da porta para dentro, tentaria ser alguém... compassivo. Usaria uma máscara para esconder a verdade sobre quem eu era e fazia. Não sabia como Luís havia criado a filha, o quanto ele escondeu dela para preservá-la, mas precisava descobrir. Apenas imaginava que ele a havia criado em uma bola de cristal, como uma verdadeira princesa, alheia ao mundo cru e perverso no qual vivíamos. Isso era nítido pela forma como protegia a filha, evitando levá-la aos eventos da máfia. Empurrei as portas do galpão e olhei para o jardim da residência, da grande mansão Venturelli . Coloquei as mãos na cintura e afastei um pouco as pernas. Caralho, eu nem conhecia a minha noiva e ela já estava me dando uma dor de cabeça do c****e!
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