Logo que chego em casa, ligo para Raissa. O telefone toca, toca e ninguém atende. Até que, por fim, a empregada fala comigo e diz que ela saiu de casa com Helena, que foram para o hospital São Gabriel. Eu agradeço. Vitor, que está no sofá, me observando, se levanta quando eu desligo o telefone pensativa. Fito o relógio da sala. Quatro horas da manhã. Agora é dormir um pouco e acordar cedo, ligarei então para Raissa e verificarei se ele ainda está no hospital. Hospital ou em casa, não importa, amanhã irei visitá-lo! — E agora? Vai se sentar e conversar comigo e me contar como tudo aconteceu? Eu pisco e olho para ele. — Não, eu estou cansada, Vitor. — Tudo bem, amanhã você me conta tudo. Saiba que eu fiquei muito preocupado. Ficamos horas ali em pé esperando que tudo se resolvesse. En