Sensações

5000 Words
Samanta acorda desnorteada, perdeu horário, odiava perder as aulas, levantou da cama preguiçosamente e foi tomar um banho, se preparar para a próxima aula. Ruan aguardava na sala de aula ansioso, olhava para os lados a procura de Samanta mas ela não estava, nem chegava, estranho, achou, ela nunca se atrassava e nem faltava, mas ele não foi o único que sentiu falta dela, o professor de literatura barroca, senhor Collins, um velho inglês que migrara para o Brasil a décadas, também deu por falta de sua melhor aluna. __Alguém sabe onde está a senhorita Morais? Cabeças vasculharam o local, mas nenhum deles sabia nada, impaciente Ruan se ofereceu para ir ver se ela estava bem. O senhor Collins acentiu e la se foi ele a procura dela, muitas coisas passavam por sua cabeça, "ela se assustou" "e se ela não tiver gostado " "se ela tiver ido embora e eu nunca mais a ver", Mas lembrou da mensagem de boa noite que ela lhe enviara "Boa noite, adorei nossos momentos juntos" Ela tinha o dom de faze-lo rir a toa, não imaginaria nunca que estar apaixonado era tão bom e tão ridículo ao mesmo tempo. Ele faria tudo certo com ela, a pediria em namoro, a levaria para conhecer seus pais, faria jantares românticos, passeios a dois, viagens, então noivariam e casarariam, seria tudo perfeito. O difícil seria manter as mãos longe dela, ela era gostosa demais e a fome dela, a necessidade de toque e carinho eram excitantes demais, sem contar o fato de que ela com certeza é inexperiente, ela disse que ficou com alguns caras, mas nunca sentiu necessidade de mais, de levar a sério, será que comigo ela vai querer? Ruan perdido em seus pensamentos nem percebe que já chegou até o quarto dela, no momento que ele ergue a mão para bater, a porta se abre, e lá está ela, cheirosa como nunca, "acabou de sair do banho com certeza," pensou ele. __ Ruan? o que ? você não tinha que estar na aula? __Podemos entrar? __Melhor não, eu estou atrasada. __Eu sei, o senhor Collins pediu para conferir se você estava bem, devido a sua taxa de pontualidade ele ficou preocupado. __ Humm, Ahh, é isso, eu só esqueci de por o celular para carregar, estava tão cansada que acabei perdendo a hora. __Cansada? Entendo, me sinto assim também. __ podemos voltar para a aula? __ Claro, podemos conversar na hora do almoço ? __ Hunrum, claro. As respostas tímidas dela confundiram Ruan, "ela está sendo educada, mas está me evitando" ponderou ele. Na sala, Samanta pediu perdão pelo atraso, e foi perdoada de pronto pelo senhor Collins que admirava sua inteligência e bom senso acima de tudo, a manhã seguiu normalmente, Samanta estava um pouco distraída, mas acompanhou bem todas as aulas, as onze esperou Ruan na porta do refeitório, Ruan veio caminhando lentamente na direção dela, Samanta viu os olhos dele descerem diretamente para as pernas dela, apesar de estarem agora bem escondidas atrás de uma calça de moletom, ele sabia o que ela escondia por traz daquelas roupas. Ele a pegou pela mão e a puxou para uma mesa mais distante dos outros internos, já estava virando hábito dele a pegar pela mão como se ela fosse uma criança birrenta, mesmo assim ela o seguiu calada, sob os olhares dos outros alunos ali presentes, a maioria a tinha visto ontem a noite, e também sabiam o que ela escondia por baixo daquelas roupas, o modo de trata-la havia mudado bastante, alguns puxaram a cadeira durante a aula, outros ofereceram canetas, e alguns mais ousados lhe passaram seus telefones através de bilhetinhos. Sentados na mesa Ruan pede seu almoço a atendente, Samanta faz o mesmo apesar de estar sem fome, pediu apenas uma salada de couve e frango frito. __ Você está com algum problema Ruan? A voz dela sai um pouco mais alta do que ela queria e ele a olha sobressaltado. __Não corazon, porque? __Desculpa, não quis falar tão alto. Só saiu. __Ok. __Eu não estou com fome, você se importa se eu me retirar agora? Samanta era muito sensível, e estava incomodada com a frieza com que Ruan a estava tratando, o que deu nele? depois de ontem ele não deveria agir assim, ela estava a beira das lágrimas e não queria que ninguém visse, principalmente ele. __O que? não, você precisa comer, agora eu que pergunto o que você tem? você tá esquisita. __Eu sou esquisita Ruan, você já deveria saber. Mas e você? porque tá me tratando assim? como se eu fosse uma fugitiva ou tivesse feito algo errado? __Que? não, você nao entendeu nada, eu só tô tentando achar as palavras certas para falar com você. __ Falar o quê? que foi um erro nosso encontro?que é melhor não nos vermos mais? que você só veio atrás de mim por curiosidade? eu fui uma aposta? Agora ela estava muito alterada, suas emoções recém descobertas a levaram ao máximo, e o modo como Ruan a tratou ontem após ela não responder o celular, e hoje pela manhã por se atrasar na aula, e até agora no refeitório ligaram uma espécie de alerta nela, talvez fosse só paranóia, mas Ruan estava agindo estranhamente, ela o conhecia a alguns meses, e como amigo ele era bem diferente, mas apenas em uma noite ele mudou completamente. Samanta tinha a auto estima baixíssima, e esperava sempre o pior dos homens. Ruan estava boquiaberto, assim como todas as outras pessoas ali no refeitório, ao perceber que todos a observavam, ela levanta e sai correndo, sem poder conter as lágrimas, corre cega para o seu quarto e tranca a porta. Escorrega pela porta e libera o choro que está preso em sua garganta, ela sabia que não havia motivo para aquele escarcéu todo, mas estava exausta psicologicamente. No refeitório Ruan pede para embalar o almoço dos dois e sai os levando consigo, ele não entendeu o que fez, mas conhecia Samanta, havia alguma coisa errada e ele não a deixaria sozinha agora, se ela quisesse xingar, bater nele que fosse. Ia bater na porta do quarto quando ouviu os soluços dela , "então ela está pior do que imaginei, o que eu fiz? " pensou ele. Pensou em voltar mais desistiu, bateu na porta e ouviu um vai embora, ele insistiu e bateu de novo, dessa vez ela não respondeu, os soluços pararam, será que ela iria abrir? Samanta ouviu passos no corredor, então ouviu uma batida na porta, mandou ir embora quem quer que fosse, mas a pessoa bateu de novo, ela olhou por baixo da porta, era Ruan, conheceu o tênis dele, levantou da porta e foi para o banheiro, ele não podia ve-la assim, ela se arrependeu no momento em que cuspiu aquelas coisas para ele e saiu correndo sem dar a ele chance de defesa, passou água no rosto e voltou ao quarto, Ruan ainda batia na porta. __Podemos conversar direito? por favor? eu trousse sua comida. A porta abriu e ele entrou, fechando de volta atrás de si. __O que aconteceu? por favor me diz, eu fiz alguma coisa errada? Ela não queria olhar para ele, estava muito envergonhada, então respondeu de costas para ele. __ Desculpa, eu, eu, só, não sei o que dizer. Me deu uma angústia, uma vontade de chorar e sumir, eu não quis te envergonhar. __Você não me envergonhou, todo casal briga. __casal? não somos isso. __Não? O que você falou lá, é verdade? você acha que eu ia falar qualquer uma daquelas coisas, depois de dizer que estou apaixonado? depois da noite maravilhosa de ontem? __ Eu não sei, eu me assustei e não soube o que falar, o que aconteceu entre a gente é muito novo para mim. __Eu não entendo você, eu achei que você queria algo a mais comigo também, disse que não se assustou ontem pelo que houve, mas hoje você provou o contrário. __Eu não me arrependi, eu gostei muito, eu quero muito você, eu só tenho medo de .. __ De eu ser um cafajeste como todas as suas amigas falaram e te machucar? __Também, mas tem mais coisas que você não sabe. __Então me conta, eu quero saber tudo de você, eu quero estar com você, eu sei que não sou perfeito e que fiz muita merda, mais desde que te conheci, eu só penso em você, só quero você, mais ninguém, eu nunca tinha me apaixonado antes, você mudou isso. Samanta esqueceu suas lágrimas e virou para encarar Ruan, ele estava tão nervoso quanto ela, mas quando viu suas lágrimas ele soltou a comida no chão e a abraçou. __ Ah, minha doce menina, me diga o que há de errado, eu prefiro mil vezes ser mutilado a ver você com esse olhar triste. __ Ruan, eu não sei explicar, eu quero muito você, mas as vezes você é tão mandão, possessivo, diferente de quando éramos apenas amigos, e isso me assusta muito, eu não quero ser igual ao meu pai, comandado pela minha mãe. __Eu, não quis te passar essa impressão, me perdoe, por favor, eu juro que não pensei que pudesse te magoar assim, eu só queria proteger você. __proteger de que Ruan? estamos em um campus e não em uma guerra. __Eu sei, eu sou ciumento, mas eu também nunca me senti assim antes, não sei como agir. __Eu sei, e não é sua culpa eu estar assim, são muitas outras coisas, eu só rompi no momento errado e acabou sobrando pra você. __Você quer me contar o que está acontecendo? eu juro que vou ouvir, nós temos que entrar em consenso não é? Samanta já estava calma, o pulsar do coração dele a havia acalmado, mas senti-lo tão perto despertava outros sentimentos igualmente perturbadores. O calor subia lentamente por um ponto localizado no meio de suas coxas, um ponto que teimava em ficar extremamente molhado e sensível, sempre que ele estava por perto. Ela olhou para ele e já não havia mágoa em seus olhos, muito pelo contrário, havia desejo, um desejo sombrio que a invadia agora com frequência, Ruan pareceu notar a mudança brusca na temperatura, já que uma certa parte dele respondeu enrijecendo. Até quando Samanta suportaria aquilo? Se entregar de uma vez seria o mais certo, afinal quando ela voltaria a sentir algo como aquilo. __ Ruan, eu vou te contar, mas eu tenho vergonha e não sei se você ainda vai querer ficar comigo depois então, podemos conversar por mensagem? __Mensagem? por que? __Eu me expresso melhor escrevendo, e você vai entender melhor depois, podemos, por favor? __Podemos, mas agora? você não está com fome? __Eu, é, estou, faminta. Ruan não pode mais conter seus extintos e mais uma vez suas mãos estavam na nuca dela puxando sua cabeça rumo a sua, em centésimos de segundos, Samanta estava encostada a parede do quarto, e Ruan a beijava fervorosamente, como se não houvesse tempo, e aquele fosse o ultimo beijo de suas vidas, aproveitaram o gosto e o sabor um do outro, soltando gemidos excitantes e grunhidos selvagens, Samanta mordeu o lábio inferior de Ruan levemente e puxou-o com os dentes, Ruan se afastou dela ofegante __Eu não vou mais te assustar, tô indo, espero suas mensagens. Ele fugiu do quarto deixando ela também arfando, após se acalmar do tsunami que era Ruan em sua vida ela tomou coragem e mandou a Ruan uma só mensagem, dizendo tudo o que a assustava e esperou sua resposta. A MENSAGEM : BOM, EU NÃO SEI COMO COMEÇAR, ENTÃO NÃO ME JULGUE, EU FIQUEI COM ALGUNS RAPAZES COMO JÁ TE DISSE, MAS NADA TÃO INTENSO QUANTO O QUE OUVE ENTRE NÓS. APENAS BEIJOS INOCENTES E SEM SABOR PELO MENOS PARA MIM, CHEGUEI A ACHAR QUE O PROBLEMA ERA EU, QUE TALVEZ EU FOSSE LÉSBICA, MAS TAMBÉM NUNCA ME ATRAÍ POR GAROTAS. PAREI DE TENTAR SENTIR E DE SAIR, ME FECHEI EM MEU MUNDO DE ROMANCES PERFEITOS, E ENTÃO CONHECI VOCÊ, COM VOCÊ VIERAM SENSAÇÕES COMPLETAMENTES DESCONHECIDAS PARA MIM, MEU CORPO INTEIRO PARECIA QUERER VOCÊ E APENAS VOCÊ, SENTIR SEU CHEIRO QUANDO CONVERSAVAMOS ME FAZIA SENTIR DROGADA, OUVIR VOCÊ CHAMAR MEU NOME ME DEIXAVA TRÊMULA, QUANDO VOCÊ ME CONVIDOU PARA SAIR, QUASE RECUSEI, POR MEDO DE DECEPCIONA-LO, MAS MEU DESEJO EGOISTA FOI MAIOR, E OUVE O QUE VOCÊ JA SABE, EU ME DEIXEI LEVAR PELO DESEJO AVASSALADOR QUE VOCÊ ME CAUSA , ME ASSUSTEI COM O QUE SENTI, PRINCIPALMENTE NO MEIO DAS MINHAS PERNAS, ONDE PUS SUAS MÃOS. ME ASSUSTEI UM POUCO, MAS NÃO COM VOCÊ, COMIGO MESMA E COM MEU PROPRIO DESCONTROLE, MINHA VONTADE ERA DE RASGAR MINHAS ROUPAS E TE DAR ALI MESMO, ENTÃO ACONTECEU AQUILO NO QUARTO QUANDO VOCÊ VOLTOU E A JULIA NOS FLAGROU, E HOUVE AGORA DE MANHÃ SUA PROCURA POR MIM AO NÃO ME VER NA AULA. ENTÃO EU O COMPAREI COM MINHA MÃE E ME SENTI COMO MEU PAI, VOCÊ É UMA ONDA QUE ME ARRASTOU DO MEU PORTO SEGURO, E EU ESTOU PERDIDA, PORQUE QUERO VOCÊ MAIS QUE TUDO, MAS TENHO MEDO DE ME ENTREGAR RAPIDO DEMAIS, E SER JULGADA, NÃO SOU MAIS CRIANÇA EU SEI, MAS NÃO TENHO REFERÊNCIAS BOAS DE RELACIONAMENTOS. NÃO DESISTA DE MIM, E PERDOE MINHAS INFANTILIDADES, EU TE DESEJO, MAS AINDA SOU VIRGEM, EU QUERO PEGAR E FAZER COISAS QUE EU NUNCA ACHEI QUE QUIZESSE. E ISSO ME ASSUSTA DEMAIS, NÃO VOCÊ. Ela esperou pelo que pareceu uma eternidade, aguardando ansiosa pela resposta de Ruan, será que ele entenderia o que ela quis dizer? ou talvez ficasse achando que ela era só mais uma menina boboca que não merecia o favor de sua atenção, a auto estima dela era mesmo baixa. No quarto já recuperado do furacão Samanta, com ajuda de sua mão é claro, Ruan parou para ler a mensagem dela, leu e releu pelo menos cinco vezes, ele entendeu o medo que ela sentia, mais a descrença insistia em pousar na sua mente, ela era linda, gostosa, inteligente, e tinha mais de 20 anos certo? então como é que era virgem? principalmente com aquele fogo todo que ela tinha, ela parecia experiente, ciente do que fazia, mais até do que muitas mulheres com quem ele já saiu. Mas porque ela mentiria sobre aquilo, ela foi franca e incisiva na mensagem, o coração dele palpitava loucamente, ela então o queria mesmo, ele não estragou tudo, ainda, mas se for verdade o que ela diz, ele nunca ficou com nenhuma virgem, como ele vai se conter, se nem ela parece ser capaz de fechar as pernas para ele? Vai ser difícil, mas ele fará dar certo. Ela é o amor da vida dele não tinha dúvida alguma, só precisava controlar seu ciúmes possessivo e mania de controle já sabia que ela não lidava bem com isso. Ruan parou por uns instantes para pensar, sabendo que ela deveria estar ansiosa pela sua resposta. Mas resolveu deixar ela esperar mais um pouquinho, pegou sua marmita já fria e começou a comer, imaginando se ela era tão impaciente quanto ele, esperava que sim e que ela batesse na porta a qualquer momento, terminou sua refeição fria e olhou o celular a procura de mais mensagens dela, mas não haviam outras mensagens e nem ela bateu a porta de seu quarto, decepcionado não teve escolha a não ser responder, já que se comprometera a conversar por mensagens. A RESPOSTA. DESCULPE A DEMORA TIVE UM IMPREVISTO, MAS VOCÊ PARECE NÃO TER NOTADO, ENTENDI PERFEITAMENTE SEUS RECEIOS E MEDOS, ME SINTO UM i****a ROUBADOR DE HONRAS , DEVIA TER PERCEBIDO QUE VOCÊ ERA MUITO MAIS INOCENTE DO QUE EU ACHEI. MAS NÃO ACHO QUE ESSE SEJA MOTIVO PARA QUE EU NÃO QUEIRA MAIS VÊ-LA, MUITO PELO CONTRÁRIO, SUAS CONFISSÕES ME DEIXARAM AINDA MAIS CURIOSO A SEU RESPEITO E APAIXONADO AO QUADRUPLO, QUANTO A SUA VIRGINDADE ACHO QUE PODEMOS RESOLVER ESSE PROBLEMA, JÁ QUE ESTA ÓBVIO QUE NÃO CONSEGUIREMOS NOS CONTROLAR POR MUITO TEMPO, CLARO QUE NÃO FAREI NADA QUE VOCÊ NÃO QUEIRA E ESTAREI DISPOSTO A ESPERAR A SUA VONTADE. QUERO DEIXAR CLARO QUE A AMO E QUE NÃO VOU ABRIR MÃO DE VOCÊ. Samanta aguardava a resposta de Ruan ansiosamente, mas parecia que ele queria dar o troco pelas outras vezes que ele a fez esperar, ela andava de um lado para o outro no quarto, olhou para sua salada murcha e decidiu a jogar fora, foi até sua mini geladeira e pegou de lá ingredientes para um sanduíche, o fez e comeu esperando, poderia dar a Ruan o gosto de seu próprio veneno mas não faria isso, ele que lute para acompanha-la. Esperou que ele tivesse o bom senso de responder, embora já sem paciência, ouviu seu celular notificar a chegada de uma mensagem, correu para alcançar o celular, mas contevesse, se era pressão que Ruan queria ela daria isso a ele. Saiu do quarto deixando o celular desligado dentro de sua bolsa e começou a caminhar em direção a saída do campus, percebeu que algumas pessoas dirigiam olhares a ela, e ouviu risinhos pelas suas costas, os jovens ali, em sua maioria era extremamente desagradável, o rompante dela durante o almoço seguia sendo o assunto quente, seguido de sua saída ontem a noite com Ruan, ela nunca fora tão notada quanto agora, para o azar das outras moças e seu próprio. Saiu para o jardim e sentou -se a sombra de um lindo ypê florido que ela amava, aquela árvore lhe dava uma sensação tão boa, não podia explicar, ali recostada ao tronco, ouvindo os pássaros cantando acima de si, o farfalhar das folhas ao vento e o perfume delicioso que vinha das flores, Samanta esqueceu de Ruan, dos cochichos, e de seus medos e anseios. Não sabe quanto tempo se passou, sabe apenas que fugiu de si e transportou-se para um lugar calmo e sereno, onde podia ser quem era sem reprimendas da mãe, sem ter que ver o pai submisso, e sem ser uma estranha que se esconde atrás de roupas largas e óculos que nem precisa, ali era apenas uma moça qualquer como as outras. Quando deu por si alguém a chamava, abriu os olhos preguiçosamente e se viu rodeada de pessoas por todos os lados, todos riam dela como se ela fosse um palhaço, desnorteada ela levantou e alguém a deu um espelho, ao ver seu reflexo, tomou um choque, sua cara estava pálida demais, sua boca era um rabisco n***o com o desenho de um pênis, em sua testa a palavra otaría pesava em batom vermelho, as lágrimas vieram ao seu rosto, mas recusou deixa-las cair, se recompôs e passou por cima de todos que riam aos empurrões, aquilo era obra das seguidoras de Camila e dela própria, o ódio que ela sentia por Samanta era antigo e sem fundamento, agora que Ruan a rejeitara para ficar com ela e em publico Camilla estava apenas aguardando a oportunidade certa para vingar -se. __Vai cadelinha burra, vai chorar escondida vai, piranhazinha de quinta, se faz de boa moça, se esconde por trás desses trapos mais a noite põe seu manto de p**a e vai f***r com o primeiro que passar. Samanta sentia raiva dentro de si, mas não se humilharia mais, se abrisse a boca para falar o que fosse com aquela pintura na cara seria cômico, não daria a ela esse prazer, mas Camilla não se fez de rogada e continuou a ofende-la, Samanta foi até a fonte e lavou o rosto, se certificando de que não havia resquícios de nada em seu belo rosto. Viu quando Ruan se aproximava, tentando ver o que acontecia, muitos dos rapazes tentaram ajudar sem sucesso, ela os repelia sem pensar, e isso irritava mais ainda Camilla que não aguentava ser passada por uma reles nerd. Ruan olhou aturdido e perguntou o que houve, olhava para todos e todos olhavam para mim, Camilla cuspia fogo pelos olhos, e Ruan após olhar de uma para outra, compreendeu o que houve. __Qual é o seu problema garota? Perguntou a Camilla. __O meu? nenhum, quem tem problemas é a v***a pela qual você me trocou. __ Primeiro eu nunca tive nada com você, foi uma trepada só, eu estava bêbado, e foi horrível, você não é nem um terço do que ela é, não tem direito algum sobre mim, nem sobre ninguém, se toca garota. __Bom saber disso, porque na hora você parecia gostar muito, tem certeza que foi só isso Ruan? Ruan não queria saber mais daquela palhaçada, só de tirar Samanta dali antes que aquela vaca doida piorasse a situação dele com ela, tava explicado por que ela não atendia e nem estava no quarto. Mas antes que ele a pegasse pela mão e a tirasse do meio daquela gente ela pôs-se a subir no mural da fonte, e ao chegar em um ponto seguro onde todos a vissem disse __Então, vocês acham que pintar um p*u no meu rosto e me riscar de palhaça, que rir de mim por isso é um ato louvável? A essa altura todos os professores estavam ali também, prontos para dar um basta naquilo e salvar sua melhor aluna. __ Camilla né? eu nunca te fiz m*l algum, nem a você e nem a ninguém aqui, se por acaso você nutriu algum sentimento por Ruan e ele não correspondeu, nem eu nem ninguém tem culpa, a não ser você mesma. Que homem seria capaz de amar uma mulher como você? pura casca, bonita por fora mas podre por dentro, o que você e suas amigas fizeram aqui comigo hoje, não me envergonha nem um pouco e nem afeta o meu caráter, ouvir que eu sou uma p**a ou qualquer outra coisa vinda de você, não diminui em nada o meu valor, muito pelo contrário, o que você fez aqui só prova que você é tão pequena, tão fútil e insegura que precisa humilhar quem te ameaça, quem se sobressai, para que assim você se sinta melhor, sinto muito desaponta-la, mas a única que saiu perdendo aqui foi você, se alguém merece uma fantasia de palhaço não sou eu. Aplausos e gritos vinham de todas as partes enquanto Camilla saia correndo furiosa para o seu quarto, Ruan pegou Samanta no colo e lhe deu um beijo quente e demorado, ela não recusou, e quando acabaram não havia mais ninguém por perto. __Aquilo foi demais. Eu tô orgulhoso. __Obrigada. Entraram de mãos dadas no campus deixando para trás aquela confusão que Camilla armou, Ruan a levou para o seu quarto, esperou ela se trocar e perguntou se ela leu a mensagem. __Não, desculpa, você demorou bastante para responder, então resolvi dar uma volta, e acabei pegando no sono e acordei naquele circo de horrores que aquela mulher armou. Você e ela? __Não, não, ela criou uma relação na cabeça dela, eu não n**o que tivemos uma noite, mas só isso, e depois nunca mais sequer nos falamos direito. __Talvez ela me culpe por isso. __ Você não vai entrar na pilha dela vai? __Não, eu não sou assim tão boba. Agora eu quero outra coisa. Samanta pega Ruan desprevenido, senta no colo dele e começa a beijar seu pescoço com cuidado, dando leves mordidinhas e as vezes até um chupãozinho inofensivo, sentiu a pele dele arrepiar e viu seus olhos escurecerem. __ Você nem viu minha mensagem, não quer saber? __ Não agora, eu quero só sentir, e se for algo r**m naquela mensagem, eu vejo depois. Ruan a pega de surpresa, ele levanta com ela ainda no colo, ela cruza as pernas ao redor de sua cintura e o beija com paixão, ele caminha até a cama com cuidado, sem nunca desgrudar seus lábios dos dela, ele gira nos calcanhares e a deita na cama caindo por cima dela, ela abre as pernas dando espaço para ele se enfiar no meio delas, sentiu uma sensação quente e deliciosa na sua v****a quando ele esfregou o p*u ali, ela tremeu levemente, as mãos dele desceram para o seu seio e começaram a apaupa-lo, os dedos dele apertaram levemente o mamilo que enrijeceu em resposta, Samanta gemeu no ouvido dele que gemeu também, Samanta queria se dar ali mesmo, para ele mas por enquanto aquilo teria que bastar. Ofegantes se afastaram, sem precisar falar nada um para o outro, Ruan sabia que ela queria mais que aquilo, ele queria tudo com ela, mas faria tudo certo, jurou a si mesmo, ele pegou a mão dela e a beijou com carinho, e ficaram ali até o desejo diminuir. __Corazon, eu quero você de verdade só para mim, você quer namorar comigo? __ Quero, mas você vai ter paciência comigo? __Para sempre meu amor, você é minha vida. Dali por diante Samanta e Ruan seriam um casal mais que perfeito, um completava o outro de muitas formas, ela estava completamente certa de que ele mudara, e que nunca a machucaria. UM ano se passou e eles se amavam cada vez mais, no aniversário de um ano ela estava disposta a chegar no até que enfim com ele, não aguentava mais aquela tortura que era ficarem juntos sem t*****r. Na noite de seu aniversário, Ruan e ela combinaram de sair para jantar, ele a levou em um local lindo e chique, comeram, beberam e conversaram sobre detalhes que viveram nesse período, após a refeição, eles foram para um hotel lindo, no quarto haviam flores por toda parte, a cama com lençóis brancos e pétalas de rosa formando um coração era exuberante, e a vista daquele lugar, era de tirar o fôlego, Ruan abriu um champanhe e serviu a ambos uma taça, ele estava usando a camisa que ela lhe deu de presente, de uma marca renomada e o relógio também, ele ainda não tinha lhe dado seu presente. Neste instante ele tirou de seu palitó uma embalagem de veludo linda, e abriu revelando um lindo colar de brilhantes que mais parecia um céu cheio de estrelas. __ Ruan, o que é isso? eu não posso aceitar. É muito lindo. __como não pode aceitar? é seu, foi feito para você, vira. Ela obedece e ele coloca o colar nela, no momento que ela vai olhar no espelho ele se ajoelha e tira outra caixinha de veludo menor do bolso. __ Samanta, você aceita casar comigo? __ o quê? nossa, aí meu Deus. Ela está em choque, Ruan ajoelhado a sua frente com um anel de noivado lhe pedindo em casamento, a palavra certa fugiu da mente dela e ela não sabia o que falar. __Corazon, não quero te apressar, mas ou eu morro do coração ou de cãibra no joelho. __Aceito, eu aceito, sim, sim, sim. Ruan a pega no colo e gira com ela dando risinhos, agora eles estavam noivos, e nada no mundo poderia separa-los. Ruan tropeça no tapete e cai por cima dela, ambos continuam rindo até que o clima muda e eles se olham, param de rir e se beijam, rapidamente Ruan levanta e a leva consigo, as mãos dela vão para a camisa dele e a tira com certa rapidez, as mãos dele pegam a barra do vestido dela que levanta os braços para que ele o tire, agora as mãos dela abrem o cinto dele e as dele o sutiã dela, logo estão nus, um de frente para o outro, ele absorve cada detalhe do corpo dela que ainda não havia visto, e ela também olha cada parte dele, embora já tenha visto outras vezes Ele a beija com carinho e a leva para a cama, ciente que era a primeira vez dela, ele foi calmo e cuidadoso, beijou cada parte do corpo dela, mordeu seu mamilo e sugou de tal forma que ela quase gozou só com aquilo, as mãos dele desciam por todo seu corpo, a boca dele estava agora em seu umbigo, a língua provava cada canto de seu corpo, ele olhou para ela e desceu a calcinha dela até tira-la, sentiu o cheiro dela e lambeu os lábios, ela era tão cheirosa ali quanto em qualquer outra parte, a boca dele beijava a pubis dela e sua língua encontrou o c******s, Samanta gemeu alto quando ele afastou as pernas dela e sugou levemente o c******s dela, a língua dele encontrou sua v****a e a explorava, sentindo o gosto doce da excitação dela. As mãos dela se prenderam aos cabelos dele, e seus pés subiam e desciam pela cama, seu corpo se contorcia a cada investida dele, ela já estava no ápice, e não sabia por quanto tempo mais aguentaria, Ruan deslizou um dedo para dentro da v****a dela, testando, alargando, preparando ela para que não doesse tanto, Samanta não suportou e gritou enquanto seu corpo explodia em um milhão de tremores e sensações intensas, Ruan parou e a olhou até que ela acabasse, com os olhos assustados pelo que acabou de sentir e ofegante ela encontrou o sorriso orgulhoso dele. __É lindo ver você gozar, e eu quero ver isso muitas e muitas vezes. Ela não respondeu, não podia, Ruan se posicionou no meio das pernas dela, apoiou seus braços junto à cabeça dela e a beijou __Sinta seu gosto, como você é gostosa. Samanta sentiu apenas um gosto meio doce, meio salgado, mas não era r**m. Ela sentiu quando o pênis dele encostou na entrada de sua v****a e fechou os olhos esperando a dor, mas não foi tão r**m, a principio ela sentiu uma ardência, depois uma fisgada forte e após alguns segundos só sentiu o peso dele dentro dela, ela estava tão excitada que ajudou, Ruan satisfeito por enfim ter certeza de que ela não mentiu sobre aquilo, a penetrou gentilmente, uma, duas, três vezes, e sente que está prestes a romper também, Samanta começa a sentir uma nova sensação, que a leva em caracóis para cima e para cima, quando da por si está quase gozando de novo, Ruan olha para ela e grita, "corazon " my corazon" e goza ruidosamente junto com ela unidos pelo desejo.
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