A secretária saiu alguns minutos voltou com Flávio, com a permissão de Estefano ele pode entrar no escritório.
- Boa tarde Senhor Flávio, Tudo bem? (Estefano falou casualmente apontado para cadeira a sua frente, tentando parecer frio mas aos mesmo tempo estava mais nervoso que pela manhã)
,-Estef, filho não te vejo a 14 anos, 14 malditos anos e quando te vejo tudo que recebo é um aceno com a cabeça? ( Flávio permanecia de pé)
- E o que o senhor esperava que eu saísse correndo atrás do senhor como um maldito erro? agora os dois estava de pé e o clima nervoso estava na sala)
- Estef aquilo não era sobre você.
- Não era para mim? Então porque era meu nome que o senhor gritava quando falava aquilo?
- Estef, Estefano você só recuperou a memória agora ou faz mais tempo? Estefano ficou atordoado com a pergunta de Flávio.
- Já faz um tempo.
-Porque você não voltou antes?
- Eu não quero te responder isso agora.
- Você ia nos procurar se eu não viesse aqui hoje.
- Eu ia, não sei quando, mas em algum momento eu iria.
- Tem certeza Estef?
Estefano olhou para o Flávio, ele estava confuso pois os sentimentos do pai não eram nada do que ele estava esperando.
-Sim, sinto muito eu não sei direito como agir ainda é muita coisa para processar.
- Estef eu posso te pedir um abraço?
Estefano fechou os olhos tentando lidar com as emoções
- Por favor, ainda não.
- Tudo bem eu posso esperar
Os dois se olharam com lágrimas nos olhos, e pela primeira vez no dia Flávio não via ódio nós olhos do filho e falou.
- Bom acho que você precisa voltar aos poucos, podemos marcar uma visita sua lá em casa ou em outro lugar se você quiser.
- Na sua casa está ótimo.
- Posso convidar umas pessoas?
- Que pessoas?
- Sua avó, tias, tios, a Liv?
Quanto Estefano ouviu o nome da Liv olhou para Flávio, um leve sorriso se formou.
- Ela nunca acreditou que você tinha morrido, sempre falava quando Estef voltar, ela sempre teve certeza que estava vivo e iria voltar!
- E ela está com alguém?
-Não, sempre me pareceu que ela esperava por você.
- Quando?
- Por mim pode ser até hoje se você quiser? ou no sábado aí todo mundo consegue vir.
- o Sábado é em dois dias, praticamente 1 pois a quinta já está no final.
- Já esperamos 14 anos Estef não acha que é tempo o suficiente?
- Está bem no sábado então.
- Pode ser para o almoço?
- Prefiro um pouco mais tarde ( ainda não queria se sentar a mesa e partilhar uma refeição com a família Machado)
- Tudo bem pode ser pelas 14:00 então, Estef me perdoa eu te amo filho.
Estefano olhou para ele tentando controlar as emoções e não disse uma palavra.
Assim que Flávio saiu ele desabou na cadeira, meu Deus eu nunca pensei que isso ia ser tão difícil, porque não consigo odiar ele, minha mãe está morta por causa dele ela foi torturada e morta na minha frente por causa dele e eu não consigo odiar ele que droga, sua mente agora foi para o momento em que Flávio falou que Lívia estaria lá no sábado ele poderia ver ela ela falou nesse esse tempo todo também.
Chegando em casa Flávio que saiu bastante irritado de casa agora estava mais calmo, mas bastante pensativo, Cris percebeu que tinha acontecido alguma coisa.
- Pai está tudo bem?
- Está sim Cris, eu estive com Estefano hoje.
Na hora toda família se reuniu envolta dele para ouvir .
- O que ele falou pai.
-Ele vêm aqui no sábado a tarde e vocês pode conversar com ele.
- Mas o que ele falou o que anda fazendo.
- Ao que tudo indica está aqui a trabalho ( apontado o copo de whisky que tinha na mão para Lívia falou) mas perguntou de você, se estava solteira.
- Ele perguntou de mim?
-Sim ele queria que te convidasse para vir aqui em casa também no sábado.
Lívia era só sorriso naquele momento, uma esperança invadiu o coração dela ele lembra dela.
Estefano estava ansioso, não sabia se era uma boa ideia essa confraternização.
Flávio estava apreensivo, não sabia como Estefano ia se comportar com a família todo ensina dele fazendo perguntas.
A sexta passada rápido e no sábado de manhã todos começaram a chegar na casa de Flávio, ele tentava explicar que Estefano precisa de espaço e não queria muitas perguntas e que respeitasse o espaço dele, estava um clima tenso no ar.
Estefano quase não dormiu, pensava em Lívia tempo todo descobriu onde ela estuda onde mora agora e na sexta estacionou o carro de maneira estratégia em frente a faculdade, planejava abordar ela, assim que ele viu ela saindo do pátio já na calçada um rapaz se aproximou dela e pareciam ser íntimos, ele colocou a mão na cintura dela e abriu a porta do carro para ela, ela embarcou e foram embora, Estefano viu que eles foram para o condomínio de Lívia, na hora esbravejou de raiva.
- p***a, p***a p***a (esmurrando a direção) que droga quem é esse i****a vou matar ele.
Chegou em casa batendo a porta, aquele investigador i****a, aquele i****a que estava com as mãos nela, minha vontade é matar esse cretino.
A noite teve apenas breves cochilos e todos com sonhos com Lívia, na maioria ela estava beijando o i****a da faculdade em outros ela transava com ele.
Na manhã de sábado ele pensava se ela chegar lá com aquele i****a, vou quebrar as mãos dele, por isso ela não foi me ver por isso não me procurou, mas que droga Liv o que você fez, não acredito que vai me trocar agora que estou aqui.
Lívia acordou cedo estava radiante, não entendia porque o Estef não tinha procurado ela ainda, mas agora não importa ela iria perguntar pessoalmente, fez maquiagem fez cabelo, desfez a maquiagem porque não gostou foi até no salão e fez cabelo mas agora achou exagerado e desmanchou, já tinha passado da 1 hora da tarde ela não sentiu fome optou por uma maquiagem leve e cabelo solto, nossa a hora estava voando já era 13:45 e não conseguia um carro para levar ela.
As 14:00 pontualmente Estefano chegou a casa da família Machado. Estefano chegou acompanhado de 3 segurança um ficou na entrada do estacionamento e dois na porta principal da mansão da família, assim que chegou o Flávio e os Mateu Joaquim se mostravam um pouco impressionando com a segurança pessoal de Estefano ( na verdade Estefano tentou de todas as maneiras dispensada os seguranças mas o chefe da segurança se recusou deixar Estefano ir sozinho)
- Desculpe meu pai é um pouco exagerado na segurança, não consegui convencer que não era necessário.
Flávio franziu a testa, mais pelo motivo de Estefano chamar outro homem de pai.
- Tudo bem, vamos entre seus irmãos estão te esperando
Estefano estava visivelmente desconfortável não tinha nenhum assunto e na verdade não estava afim de socializar com ninguém queria descobrir se alguém tinha algum envolvimento com a viagem da mãe e dele , e mais que isso foi um crime de ódio e tinha um brasileiro envolvido podia ter sido algum parente Estefano passou toda vida achando que era o pai mais agora começou a duvidar.
Estava conversando com o pai e os tios coisas triviais da bolsa de valores mas olhava para porta triste pois Lívia não tinha ido na confraternização.
Livia já estava ficando desesperada presa no trânsito que estava uma lentidão.
Ao olhar para porta que dá para o jardim viu Cris ela estava triste e insegura, foi andando lentamente até ele.
-Oi Estef
- Oi Cris
Ela foi para seu abraço, ela a abraçou forte ela colocou a cabeça em seu peito ele era grande agora, todos se afastar e os deixaram sozinho.
- Cris, eu senti sua falta.
Ela o abraçou mais e chorou em seu peito.
- Eu te amo Estef!
-Eu também te amo Cris, me desculpa eu fui um i****a quinta.
Ela chorou um pouco mais enquanto ele fazia carinho em suas costas, desculpe, vou até o jardim tomar um ar antes que essas múmias velhas venham ficar com nós e saiu mas antes apertou sua mão.
Estefano estava olhando para ela que sentou na espreguiçadeira ao ar livre, ouviu um barulho vindo da porta principal, ao virar viu Lívia entrando ela olhava fixa para ele.