Enquanto ele vive Daniel viverá!

1493 Words
No instante que as forças e o espírito de Daniel atingiram Estefano ele sentir uma grande onda lhe inundar e uma força estranha começar a correr em suas veias, e ouviu claramente uma voz que veio de dentro dele -Estef aguente nossa família vai nos encontrar não desista. Estefano ficou confuso mas agarrou aquela esperança que a voz lhe trazia com tudo que lhe restava. A mente de Estefano estava em uma névoa, estava em semi consciência a dor de seu corpo era torturante, mas algo dentro dele tinha mudado ele não estava mais só como se o vazio de sua alma estava em fim preenchida a presença de Daniel junto ao seu espírito o tinha completado ele sentia o vínculo com a família de Daniel, sentia o amor que ele receberá e que transmitirá, era tão intenso, tão bonito, então ouviu a voz que vinha de dentro dele. - Estef se concentra, não desista estamos juntos mas você precisa lutar. Estefano estava deitado na neve, que estava tingida pelo seu sangue, começou a se mover devagar pressionando o corte em sua barriga, era tão profundo que se pressionasse um pouco mais sua mão poderia entrar inteira dentro, ele era pequeno para idade tinha 13 anos mas nunca ninguém lhe dará mais que 12. De repente vozes alguém gritando. -Pai, pai encontrei, a esquerda perto do barranco. Barulho de motor, estava se aproximando era uma moto de neve viu um homem se aproxima e segura lo em seus braços. -Daniel, Daniel estou aqui filho. Junto minhas forças para abrir os olhos, um homem me olhava com ternura, não o conheço e sinto algo que não consigo explicar. - O meu Deus o que fizeram com você? Adrian filho me ajude, vou subir na moto e você acomode ele no meu colo, tende amarra-lo em mim, vamos mantê-lo aquecido. Quando Estefano abriu os olhos novamente estava em um lugar iluminado, pensou que tinha morrido, estava limpo e aquecido, uma mulher estava com as mãos estendidas para ele e jura que estava enxergando luzes saírem de suas mãos, aos meus pés estava o homem que o chamou de Daniel fazendo a mesma coisa, quanto a mulher começou a chorar queria me levantar e abraça lá mas não conseguia me mexer. - Hoo querido você precisa descansar, sou Bárbara, você está seguro aqui. -Isaac ele acordou, vai se recuperar. Logo meus olhos se fecharam novamente, e a névoa voltou mas consegui ouvir as vozes. - Graças a Deus ele está se recuperando, mas quem ou o que fez isso com ele, é só um menino, enquanto ele viver Daniel viverá. - Daniel vive nele eu posso ver, eu consigo sentir. Ao longo dos dias Estefano foi se recuperando seu corpo estava ficando saudável novamente, foi informado que passou por 3 cirurgias, e precisou de cuidados especiais os cuidados Valorianos, Estefano não entendia muito bem o que queria dizer tudo aquilo, mas seu corpo, sua alma ansiava a presença daquelas 4 pessoas, Isaac, Bárbara, Carol e Adrian, não consegui entender mas sentia se ligando a eles, sua mente estava confundido muitas coisas as vezes achava que seu nome era Daniel as vezes que era Estefano e outras vezes simplesmente não sabia. Apesar de todo cuidado sua recuperação levou 6 meses, e nesse tempo Isaac investigou sobre o que tinha acontecido e chegou até a morte de sua mãe, também encontrou um monte de documentos com o rosto da mãe de Estefano outros com o rosto de Estefano, mas com vários nomes diferentes tudo se encaminhava para um crime de máfia outra vez, mas o que fizeram com Estefano foi com requinte de crueldade como se fosse por vingança. Conseguiu vingar a morte da mãe de Estefano também o vingou de seus raptores mas o homem que praticou aquele crime hediondo contra Estefano era um mistério a única coisa que sabia é que é Brasileiro e conhecido por Ester e Estefano, o fato por ser conhecido por mãe e filho deixava Isaac apreensivo, porque sabia que a mente de Estefano tinha bloqueado grande parte daquele dia, via apenas fleches e tinha pesadelos acordava gritando. Estefano se recuperou fisicamente, suas memórias da vida no Brasil levou mais alguns meses para voltar. - Estef tudo bem, pode vir até a sala preciso falar com você. - Pode ser depois o Adrian quer me levar em algum lugar. Estefano e Adrian se tornaram inseparáveis até Carol brincava com eles e os chamava de unha e carne -Estef é um assunto sério, sua família está dando você como morto, você não quer voltar para casa? Isaac falava com o coração apertado pois sabia que abrindo mão de Estefano também estaria abrindo mão de Daniel, e já via claros sinais dos dons Valóre em Estefano, e tinha o Brasileiro que não deixou rastros e podia voltar a atacar Estefano que não se lembrava da identidade dele. - O senhor está me mandando embora? Os protestos dos filhos começaram Adrian gritou para o pai - O senhor não pode fazer isso é o Estef, pai por Deus o lugar dele é aqui. Carol estava branca olhando o pai sem acreditar e disse. -Pai eu nunca enfrentei o senhor mas hoje vou enfrentar, nós amamos Estef e não vamos mandar ele para longe. Falou tudo isso tentando controlar as lágrimas e Bárbara chorava sem parar. - Família vocês não entenderam minha pergunta, eu não quero perder Estef, mas não vou obrigar ele a ficar se ele preferir sua família biológica. Estefano pela primeira vez em meses estava gritando desesperado. - Eu não quero voltar, não tenho ninguém lá, não tenho família, lá sou só um erro. Estefano falava em lágrimas, o terror de deixar Valóre de deixar a família estava queimando e rasgando sua alma. Isaac percebendo o pânico tomando conta de Estefano o abraço com força enquanto falava -Aqui você tem uma família, aqui você tem um pai que te ama filho. Logo todos estavam abraçando a Estefano em uma enorme bola humana, uma energia gigantesca explodiu em volta deles e a conexão entre todos se intensificou, passando alguns momentos se soltaram com uma emoção maravilhosa tomando conta de todos, e Bárbara falou. - Temos que nos revezar para treinar Estef, os dons dele estão alto, a junção do espírito de Daniel com Estef está os deixando muito intenso e precisamos apoiar ele. Isaac usou sua influência e adotou Estefano sem criar alarde agora era oficialmente uma família, Estefano agora assinava o sobrenome Valóre. Estefano amava sua família com intensidade e era amado da mesma maneira. Estefano avançou rápido nos os treinamentos e os dons Valóre estavam em perfeita harmonia com todo seu ser. Os pesadelos e fleches continuava e cada vez mais forte, sempre deixando o Estefano assustado, ele se escondia no trabalho e nos treinamentos, estava cada vez mais forte, mais focado cada vez se isolando mais, as dúvidas o consumia cada minuto mais, ele sentia falta de algo ou de alguém, no seu íntimo sabia que era falta dela da sua menina e tinha certeza que ela era sua alma gêmea que ela estava destinada a ele ouvia sua alma chamar por ele, mas ele tinha medo de voltar e ela não estar mais disponível para ele, e ter que enfrentar sua família biológica era um misto de emoção, eles sempre o fizera se sentir menos um intruso, o fato dos irmãos morarem em uma mansão e frequentarem colégio particular enquanto Estefano morava em um apartamento minúsculo em um bairro simples, frequentar escola pública, usava roupas usadas, algumas do seu irmão mais velho Mateu, seus irmãos tinham festas de aniversário em salões luxuosos que na grande maioria Estefano não era convidado, sempre era convidado para as festas das Cris e ela era a única que ia em suas pequenas comemorações em casa, Estefano não gostava de ir na casa do pai era raramente convidado mas quando ia sentia olhares de desprezo, era menosprezando a todo instante a ponto de acreditar que era realmente inferior, ele tinha que ter algo errado seu pai Flávio era um bom pai seus irmãos os adorava ele era muito presente e amoroso, mas com ele era distante, frio, fazia o básico o minino exigindo por lei e afinal o amor não pode ser exigindo, ele nunca saberá o quanto recebia de pensão alimentícia ou se recebia alguma coisa, pois via sua mãe sempre desesperada para arrumar a quantia do aluguel ou se desculpando por não conseguir compra tudo que era necessário, ela o agarrava e implorava seu perdão pois estava arruinando sua infância por não ser capaz de dar o que era necessário, ele sentia o amor da mãe em cada soluço dolorido de seu choro, então aprendeu a não reclamar e a não pedir nada, ela saia todos os dias para trabalhar finais de semana também não era justo ele pedir mais alguma coisa além de todo sacrifício dela para sustentar ele e a casa.
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