George Greco.
Eu estava deitado em minha cama, pensando na Milana e em seu amigo, Carl. Não queria que ambos ficassem se encontrando, isso era frustrante, principalmente em pensar que Carl e Milana poderiam ter algo a mais e isso me irritava profundamente. Eu estava pensando em fazer algo com o Carl, para afastá-lo da Milana, mas pensei em esperar um poco mais, antes de decidir fazer algo.
Jasmine Schmidt.
Na manhã seguinte, ao terminar de fazer a minha higiene matinal, desci as escadas e segui até a cozinha. Entrei na mesma e sentei-me à mesa, de frente para Jade.
— Bom dia — cumprimentou Jade, enquanto tomava seu café.
— Bom dia — respondi preparando meu leite com cereal.
— Dormiu bem? Parece um pouco cansada.
— Mais ou menos, foi difícil pegar no sono.
— Por que? Estava pensando no seu chefe? O que também está afim de você — sorriu cínica.
— Ele não gosta de mim e não! Eu não estava pensando nele. Sabe... eu não sei nem porque eu respondo esses tipos de perguntas que você me faz.
— Jasmine, eu não vou poder te levar hoje, eu tereu que seguir outro caminho e preciso sair agora, você se importa de eu ir?
— Está tudo bem, não se preocupe.
— Obrigada e sinto muito mais uma vez.
Jade pegou sua bolsa e saiu de casa.
Peguei meu celular e enviei uma mensagem para Carl, pedindo para que ele me desse uma carona, já que agora ele havia pego um carro. Algum tempo depois, Carl me respondeu, concordando em me levar.
Algum tempo mais tarde, assim que eu já estava arrumada, Carl havia chegado. Peguei minha bolsa e me retirei de casa, subindo no carro em seguida.
— Muito obrigada por estar me dando essa carona, você está me ajudando muito.
— Sem problemas Jasmine, eu te darei caronas quantas vezes você precisar — sorriu.
— Você é um amigo maravilhoso!
— Você também é.
George Greco.
Estava em meu escritório, terminando de assinar algumas coisas e ansioso para a chegada da Jasmine. Em seguida, levantei-me da cadeira e me aproximei da janela, observando a pequena movimentação na rua. Algum tempo depois, avistei um carro parando, olhei para o vidro do carro e consegui ver o amigo da Jasmine. Em seguida, Jasmine desceu do carro.
Ver ambos juntos novamente, me deixou novamente frustrado, principalmente em ver a Jasmine saindo do carro de seu amigo.
Jasmine Schmidt.
Assim que chegamos na empresa, me despedi de Carl e desci do carro, seguindo para a entrada.
Cumprimentei a recepcionista e caminhei até o elevador. Assim que cheguei ao meu escritório, entrei e me sentei, abrindo meu notebook em seguida.
Alguns instantes depois, George entrou no escritório.
— Bom dia Jasmine.
— Bom dia Sr.Greco, o senhor precisa de alguma coisa?
— Por favor, me chame apenas de George e não, no momento não preciso de nada, só vim ver como você estava.
— Eu estou bem, obrigada.
— Eu vi você chegando com o seu amigo, o que houve com a sua amiga? Ela não pode trazer você?
— Na verdade sim, a Jade teve que sair mais cedo hoje e seguir um outro caminho, então o Carl me deu uma carona.
— Ah, sim, entendo... Bom, quando for assim, pode me mandar mensagem, ou me ligar, eu também poderei te dar uma carona.
— Obrigada, George — sorri. — Fico feliz em saber que posso pedir sua ajuda, mas acho que talvez não será preciso.
— Bom, nunca sabemos, mas de qualquer forma, estarei sempre a disposição.
— Agradeço mais uma vez.
George sorriu e se virou, retirando-se do escritório.
Achei intrigante George aceitar em me buscar caso eu precisasse e por ele ter pedido para eu o chamar pelo primeiro nome, eu não sei se ele pedia para os outros funcionários fazerem isso, mas pelo pouco tempo que estive aqui, nunca ouvi ninguém o chamando de "George".
George Greco.
Assim que voltei para o meu escritório, recebi uma ligação de uns dos meus guardas.
— O que foi? — indaguei.
— Aconteceu um problema aqui, estamos com um homem e ele é de outro lugar.
— Tudo bem, já estou indo.
Desliguei a chamada e peguei meus pertences, me retirando do escritório e seguindo até o elevador. Assim que cheguei até a recepção, saí da empresa e caminhei até o meu carro. Em seguida, entrei no mesmo e dirigi até a minha casa.
Aquela ligação havia me deixado frustrado por eu ter que sair da empresa, eu queria ficar e almoçar com a Jasmine novamente, queria me aproximar mais dela e queria que ela sentisse isso, conforto ao meu lado.
Ao chegar em casa, desci do carro e segui até a porta. Assim que entrei na sala, avistei alguns dos meus agentes me aguardando, enquanto um homem desconhecido estava sentado no sofá, com a cabeça baixa.
— Tudo bem, vamos terminar isso rápido, preciso voltar a tempo para o meu almoço — falei enquanto tirava meu blazer.
Jasmine Schmidt.
Algum tempo mais tarde, assim que deu meu horário do almoço, levantei-me e peguei a minha bolsa, retirando-me do escritório.
Assim que saí da empresa e comecei a caminhar em direção a uma lanchonete, ouvi George me chamar, ele se aproximou e começou a caminhar ao meu lado.
— Oi George — sorri.
— Oi, para onde está indo?
— Para a lanchonete daqui de perto.
— Ah, que ótimo! Posso almoçar com você?
— É claro, ficarei feliz com a sua companhia.
— Fico feliz — sorriu.
Ao chegarmos na lanchonete, entramos e nos sentamos à uma mesa.
George Greco.
Eu estava feliz em ter dado tempo de voltar para a empresa e ir almoçar com a Jasmine, mas ainda sim eu podia notar seu desconforto em estar almoçando comigo, principalmente por eu ser seu chefe e isso era algo que me frustrava muito.
Jasmine Schmidt.
A Jade tinha razão, George estava realmente interessado em mim e isso me deixava um pouco desconfortável, principalmente por ele ser meu chefe e sabia que se nós entrássemos juntos na empresa, ou se algum funcionário visse George e eu almoçando juntos e tirasse conclusões precipitadas, eu ficaria falada, como se a secretária do chefe estivesse dormindo com ele, até mesmo para ganhar aumento e eu não estava afim de correr esse risco.
Olhei para a camisa branca do George, que estava sob seu blazer e vi uma pequena mancha vermelha, parecendo sangue. Comecei a olhar um pouco mais, intrigada em saber o que era, mas logo depois, George me interrompeu.
— Isso aqui é tinta, eu estava pintando uma caixa de madeira e acabei respingando tinta vermelha na minha blusa, então não precisa se preocupar achando que é sangue — riu levemente.
— Ah, certo — sorri sem jeito. — Me desculpe por estar olhando, é que às vezes eu sou um pouco curiosa.
— Sem problemas, eu entendo você e também ficaria curioso.
— Então, você tem costume em comer nas lanchonetes?
— Por que? Eu pareço um típico burguês que só come em restaurantes caros? — sorriu ironizando.
— Desculpa, mas parece — ri levemente.
— Bom, então a senhorita está enganada, porque eu também como em lanchonetes e até mesmo a comida onde são vendidas nos carrinhos de rua, principalmente quando estou com amigos.
— Então eu tive uma visão errada sobre você e o julguei m*l, peço desculpas — sorri.
— Desculpada.
Conforme a conversa fluía, eu comecei a me sentir um pouco mais confortável com a presença de George, talvez eu o tenha julgado realmente m*l, pois ele era divertido e engraçado, e senti vontade de conhecê-lo um pouco melhor.
Ao terminarmos de comer, pagamos nossos lanches e saímos da lanchonete, retornando para a empresa. Enquanto caminhávamos, nós conversávamos.
— Você acha seu trabalho difícil? — indaguei. — Sendo chefe de uma empresa...
— Um pouco, há certas coisas difíceis que eu tenho que fazer, mas que eu não gosto de fazer e para mim é bem complicado.
— Entendo, acho que todas as pessoas sentem o mesmo.
— Sim, acho que todos nós sentimos isso.
George parecia um pouco chateado com a pergunta que eu havia feito, talvez ele não gostasse de trabalhar em uma empresa, ou talvez fosse outra coisa com sua família.
Ao chegarmos na empresa, entramos e seguimos para o elevador, mas assim que entramos, as recepcionistas ficaram me olhando intrigada e eu pudia ouvir seus pensamentos, e claro que aquilo havia me deixado constrangida e m*l.
Voltei para o meu escritório e me sentei, em seguida, avistei uma mensagem de Jade, me comunicando que ela teria que ficar até tarde em seu trabalho novamente e que não daria para vir me buscar. Suspirei fundo, com a indignação, mas eu a entendia e não podia reclamar, então enviei uma mensagem para o Carl, pois eu não queria que o George me levasse novamente para casa, não queria tomar seu tempo e muito menos que as funcionárias daqui tivesse uma visão errado sobre mim.
Algum tempo mais tarde, levantei-me e segui em direção ao banheiro. Assim que entrei em uma cabine, ouvi algumas mulheres entrar e por coincidência, ouvi meu nome.
— O que vocês acham que está acontecendo com a nova secretária e o George? Qual o nome dela mesmo?
— É Jasmine e eu não sei, mas talvez ela esteja trepando com ele.
— Será que é por aumento?
— Não faço ideia, mas pode ser... pessoas assim me dão nojo.
— Parem de julgar! Vocês não sabem o que realmente está acontecendo entre ambos e já pararam para pensar que pode ser o George que possa estar interessado nela?
— Interessado? Naquela secretária? Conta outra! — riu ironicamente.
— Sim, isso pode acontecer e possa estar acontecendo e essa sua ironia aí, não passa de pura inveja, até porque, são vocês duas que queriam estar dormindo com ele, não é mesmo? Então francamente, não sejam patéticas a esse nível!
— Você sabe de algo entre eles, ou sobre o George?
— É claro que não, eu só estou dizendo o óbvio aqui!
— Ah, tá bom... — ironizou. — Vamos embora Emma.
Assim que ambas as mulheres se retiraram do banheiro, saí da cabine e avistei a terceira funcionária secando suas mãos.
— Ah, oi... — cumprimentei aproximando-me da pia.
— Você é a Jasmine, certo?
— Isso, sou eu.
— Prazer, sou Ellie — sorriu simpaticamente.
— Olha, me desculpe pelo o que as outras estavam dizendo, elas são pessoas ruins mesmo, então não liga para o que elas falam.
— Vou tentar não ligar e obrigada por ter me defendido — sorri levemente, enquanto secava minhas mãos.
— Sem problemas, já passei pela mesma coisa e eu não estava nem "dormindo" com o chefe, mas infelizmente isso acontece e o pior é ouvir isso de outras mulheres.
— Com certeza, é bem r**m.
— Bom, preciso voltar, fique bem.
Assim que Ellie saiu do banheiro, joguei o papel no lixo e retornei para o meu escritório.
Eu estava me sentindo m*l pelas coisas que ouvi, mas a Ellie tinha razão, eu não devo me importar com boatos e calúnias, isso seria perda de tempo. A Ellie era uma pessoa muito simpática e empática, queria poder fazer amizade com ela.
Assim que deu meu horário para ir embora, guardei meus pertences na bolsa e a peguei, retirando-me do escritório. Assim que cheguei no estacionamento, fiquei aguardando Carl chegar e algum tempo depois, George se aproximou de mim.
— Esperando a sua amiga? — indagou George.
— Na verdade estou esperando o Carl, a Jade não poderá vir me buscar hoje novamente.
— Ah, sim, mas como eu disse antes, você pode me pedir carona também, estarei sempre a disposição.
— Sim e agradeço muito por isso, mas eu não quero tomar muito do seu tempo e além disso, alguns de seus e suas funcionárias podem imaginar outra coisa — sorri sem jeito.
— Você ouviu alguma coisa? Alguém te falou algo?
— Não, é que... isso pode acontecer e eu não quero passar uma imagem errada para ninguém e muito menos ficar falada por aí.
— Olha Jasmine, se alguém te falou alguma coisa, pode me contar, eu te garanto que isso não se repetirá.
— Não... está tudo bem.
Em seguida, Carl chegou.
— Enfim, preciso ir, até amanhã Sr.Greco.
Entrei no carro e seguimos para casa.
Eu estava aliviada pelo Carl ter chegado, a minha conversa com o George estava me deixando extremamente desconfortável e eu não queria confessar o que havia me acontecido no banheiro.