Nox
Ontem a noite chegou uma nova leva de presos, resultado:
Lá vai eu esfregando a cara dos caras mais no asfalto, na verdade no asfalto não, nas grades das celas.
Bom no primeiro ano isso foi divertido agora está ficando cansativo, o povo começa a falar muito no meu ouvido eu apresento logo a Rose, quebro uns oito dentes e eles param.
Quem e Rose?
Meu punho esquerdo.
Doutrinei os presos novos e depois fui para minha cela para tirar um cochilo antes do jantar, porém acho que dormi demais porque acordei às 9 da manhã do dia seguinte com Claus e Konrad meus homens de confiança aqui dentro vieram me acordar.
— Chefe o diretor pediu para avisar que o senhor tem visitas.
— Quem? - Respondi de olhos fechados.
— O Prez do seu MC e uma das cadelas.
— O prez eu vou atender na área de convivência e a cadela... Trás ela pra cá, eu preciso relaxar.
Saio da cela e começo a andar pelos corredores, as vezes o dia e uma merda maior que realmente e, porém que dia aqui dentro não e uma merda?
Hoje o ambiente opressivo da Penitenciária Estadual da Louisiana parece mais pesado, quase como se antecipasse o que estava por vir.
Em cada passo ressoando contra o concreto, cada olhar de outros presos gravando-se em mim como uma marca. O poder que eu detinha dentro desses muros era palpável, até mesmo agora, caminhando sob escolta.
Os corredores pareciam intermináveis, iluminados por uma luz fria e artificial que jamais conseguia afastar completamente as sombras. As vozes dos outros detentos, algumas zombeteiras, outras respeitosas, preenchiam o espaço à medida que passávamos. Eu era uma espécie de celebridade por aqui, o "prefeito", mas naquele momento, sentia-me tão vulnerável quanto qualquer outro.
Finalmente, chegamos à área de visitas. O espaço era até arrumadinho, com mesas e cadeiras de metal fixadas ao chão, e um vidro separando os visitantes dos presos. Fui conduzido a uma das mesas, onde um visitante já me esperava.
Devil, não apenas o Prez do Werewolves MC, mas meu irmão de estrada, o homem que tem toda a minha lealdade.
Sua presença ali significava algo importante; Devil não era homem de fazer visitas sociais à prisão sem um motivo significativo.
Ele estava sentado, a expressão séria, os braços cruzados sobre o peito. Seu olhar encontrou o meu imediatamente, e por um momento, tudo mais desapareceu. Havia uma urgência nele que eu não conseguia decifrar de imediato. Cumprimentamo-nos com um aceno de cabeça, a formalidade do ambiente impedindo qualquer demonstração mais efusiva de fraternidade.
— Essa po.rra de laranja não te cai bem- Devil disse chegando perto do vidro.
— O que te traz aqui, irmão? Diz para mim que tem novidades. — perguntei, tentando manter a voz firme, apesar da onda de preocupações que a visita inesperada trouxe. O silêncio se estendeu por um momento, enquanto Devil me observava, ponderando suas próximas palavras.
— Perdão Nox, porém não achamos nada! Mas continuar procurando, eu juro!
— Droga Devil... - Eu respiro fundo. — Mas e melhor assim, faltam 2 anos para eu sair daqui, e eu quero matar esse filodaputa.
Devil solta um bufo.
— Tá ficando mais difícil de te ajudar a casa dia Nox.
— Não vamos discutir isso de novo Presidente. Eu não podia manter Verônica comigo, não eu aqui dentro, não com aquele maluco lá fora, eu realmente não podia.
— Você sabe que nenhuma mulher foi encontrada morta com aquelas características. E não tem como caçar a p***a de um psicopata um assassino em série que não mata c****e. Verônica está segura.
— Ele está esperando eu sair... Mas eu pego o filodaputa.
— Nox.... Se você não tivesse afastado V. agora você....
Eu o interrompi
— O Psicopata mandou fotos de dentro da minha casa, fotos dela dormindo em nossa cama desprotegida, ele disse que eu tirei dele algo que ele ama, e ele iria tirar algo que eu amo.
— Eu já corrigi a falha na segurança.
—Que seja Devil, duvido se fosse Storm se você não ia fazer a mesma coisa.
Devil fala serio
— Sim, eu faria o mesmo, e mataria quem estivesse atrás da minha mulher, e eu a mandaria para Sibéria.
Eu respiro fundo e pergunto:
— E como ela está?
Devil ri alto.
— Bem, segura... Eu deixei Blood de olho nela.
— Você deixou aquele maníaco de olho na minha mulher.
— Bem... Depois do que ela fez com suas roupas e suas motos eu fico imaginando quem e o maníaco.
— Ela fez o que com as minhas coisas???
— Nada! Nada que o dinheiro não compre um novo.
— Deus...
Devil ri e o guarda diz que nosso tempo acabou então ele fala:
— King disse que você está fazendo um bom trabalho aqui.
Ele está ganhando um bom dinheiro nas lutas.
— Fala pra ele mandar novatos mais bem treinados ou mais inteligentes porque esses mer.das de adversários estão me deixando com sono.
— Ganhei 500 mil ontem com você.
— Desgraç.ado, eu quero a minha parte
— Pede pro papai Noel no natal.
Nós dois rimos.
— Devil, V tem outro homem na vida dela?
Ele resmunga:
— O que você acha?
— Que sim, ela não e mulher de ficar sozinha.
— Bom, eu prometi a Lady D. que não te daria informações de V. mas uma coisa eu posso dizer:
Pra ter sua Old Lady de volta, você vai cortar um dobrado amigo, se você achava Lady D. r**m e porque você não bateu de frente com V. 2.0
Ele se despede.e eu volto para cela, e encontro Angel deitada na minha cama.
Droga, antes de V. aparecer na minha vida, só o vislumbre a b***a de Angel me deixava duro, hoje a presença dela perto de mim, só me dá saudade de casa.
Angel é uma amiga muito querida, uma confidente, alguém que eu usei para manter V. longe de mim.
— Eu vou ter que matar meia dúzia de filosdaputa que ficaram olhando para você? - Digo alto para todos os machos do corredor terem a certeza que a mulher me pertence.
Ela ri:
— Não, Querido, ninguém mexeu comigo.
Entro na cela, fecho o lugar e puxo uma cortina improvisada que eu coloquei aqui para esses momentos.
e sento ao lado dela na cama.
Ela abre a bolsa e coloca várias coisas que eu gosto ali, comidas, bebidas e fotos.
Eu preciso saber como todos estão, as mulheres, as crianças, até mesmo o padre.
E Angel me conta tudo.
Ela então diz:
— V. apareceu duas atrás, ela está bem bonita, ela está trabalhando como caçadora de recompensas com uns caras mega maneiros.
— Você conversou com ela?
— Bem, você sabe, as mulheres do clube não querem muito assunto comigo depois que eu comecei a te visitar, mas elas me suportam e todas mandam coisas para você, vamos dizer que nós dois somos um casal não bem vindo no MC mas elas nos amam no final.
— Me desculpe l, quando eu sair eu vou esclarecer tudo, e dizer que não estamos juntos, nós só somos dois amigos nos ajudando em um momento difícil, elas não podem te tratar m*l por minha causa.
— Nox, eu sou uma cad.ela, já estou acostumada a não ser bem vista pelas mulheres do MC.
— Mas você não fez nada de errado.
— Elas pensam que sim, e paciência! Eu precisei de ajuda e você me ajudou, e você precisava de tirar o foco do maluco de V. Então eu te ajudei, e vou manter essa farsa até quando você achar que deve.
— Que seja. Acho que já está na hora de você ir.
Ela se levanta e amarrota as próprias roupas e depois borra a maquiagem.
Ela sai da cela como se ela estivesse acabado de ser fod.ida com força!
Ela sai e diz do lado de fora.
— Tchau garanhão até semana que vem.
Eu vou atrás dela e pego Claus olhando para sua bun.da e falo.
— Oh muleque, minha mulher gosta de homens não se meninos, tira o olho.
Angel sorri e me dá Tchauzinho comma ponta dos dedos.