Eu olho na direção do portão e espero a Vanda aparecer, mas ela não entra, só ouço as risadas dela, a voz animada, e depois surge a voz de um homem, não preciso nem perguntar quem é, só pode ser aquele maldito instrutor. Eu olho o relógio e espero, isso mesmo que você ouviu, espero em pé na frente do portão. Passam cinco minutos e o papo rola solto lá do lado de fora, eu olho novamente o relógio e ouço mais risadas, não é só da Vanda dessa vez, já chega! Minha paciência tem limite. Eu vou até lá e abro aquele portão na força do ódio, ódio que só aumenta com a cena que vejo na minha frente. Eu fico parado feito um poste sem reação por alguns segundos, filtrando a merda que está acontecendo. A Vanda está mesmo aos beijos com esse cara? Não, isso não pode ser verdade. Eu puxo o portão batendo