Esta sou eu Julieta Spencer, 18 anos, estudante do primeiro ano da faculdade que está estudando numa universidade não muito longe de casa. Os meus cabelos são pretos e tenho olhos castanhos, para minha idade já tinha um corpo bem proporcionado nos lugares certos, com cintura pequena e estreita, com 1,70 cm de altura.
Nunca soube como o meu pai e a minha mãe morreram num acidente de carro quando eu tinha sete anos, passando automaticamente toda a minha tutela para meu padrasto.
Cristian Haper, um dos magnatas mais ricos e cobiçados do continente europeu. Vamos adicionar sensualidade aos seus 36 anos.
Po*rra! Aquele homem é um m*aldito Adônis ambulante, já posso sentir a minha baba escorrendo só de pensar nisso.
O que me faz sentir culpada.
O sentimento que tenho pelo meu padrasto é desaprovado pela sociedade.
No entanto, não consigo me livrar desse sentimento.
Se amar o meu padrasto pode me levar ao caminho da condenação, então não hesitarei em seguir essa linha.
Afinal, ele é o culpado.
O seu rosto e a maneira gentil como ele me tratou fizeram-me me apaixonar por um homem que eu não deveria, ele é o homem que estava apaixonado por minha mãe, a quem ela o forçou a prometer no seu último suspiro que ele deveria proteger eu e cuidar de mim.
Ele é um homem por quem eu não deveria ter desenvolvido sentimentos.
Mas sou imune a essa moralidade.
Afinal, o coração não pode ajudar quem ama...
Eu estava sentada na minha cômoda, prendendo o cabelo num ra*bo de cavalo, para poder descer para tomar café da manhã e depois ir para a faculdade, quando ouvi uma batida na porta.
— Julieta…
Um sorriso irradiou no meu rosto, sabendo exatamente a quem pertencia aquela voz.
— Entre. Eu disse, terminando o meu ra*bo de cavalo.
A maçaneta da porta girou lentamente e logo a porta se abriu e lá estava ele com o meu café da manhã numa bandeja, impecável no seu terno preto sob medida, camisa branca, gravata vermelha fosca e sapatos novos de couro feitos à mão e brilhantes. O seu rosto era esculpido com precisão, nariz aquilino, com sobrancelhas grossas, olhos, caramba, aqueles olhos verdes eram minha ruína toda a vez que eu olhava para eles.
Onde quer que ele fosse, as mulheres cairiam aos seus pés, sem dúvida.
— Bom dia, raio de sol.
— Bom dia, Cristian. Como foi a sua noite?
— Boa. Disse ele, deixando na minha cama a bandeja contendo panquecas crocantes dos dois lados, do jeito que eu adoro, e uma garrafa de suco de laranja. — E como foi a sua?
— Linda!
— Julieta...
O meu celular escolheu aquele momento para tocar.
Levantei-me apressadamente da cadeira em que estava sentado e corri em direção à minha cama.
Atendi a chamada no momento em que vi o identificador de chamadas.
— Marcos?
— Você está pronta? Estou esperando por você aqui fora. Não se esqueça, você prometeu me ajudar com o meu dever de casa. Ele apressou as palavras no momento em que atendi a ligação.
— Me*rda…
Engoli em seco quando notei o olhar sombrio do meu padrasto quando usei o palavrão.
— Descerei em alguns minutos! Encerrei a ligação. — É o Marcos. Ele está me esperando lá embaixo. Peguei a minha mochila e coloquei o meu telefone nela.
— Julieta, por que você não pode ir tranquilamente com o motorista.
— Eu te amo, pai. Peguei o suco da bandeja que ele trouxe e dei um beijo na bochecha direita dele antes de sair correndo do meu quarto, carregando o suco e o meu celular.
Só depois de dar três passos é que percebi algo.
O meu padrasto ainda está no meu quarto.
No entanto, esse é o menor dos meus problemas. Estou preocupada que ele possa bisbilhotar.
E se ele fizer isso, bem aí, é um problema.
Não preciso que ele veja os brinquedos que tenho na gaveta.
Corri de volta para o meu quarto. — Cris, o que você ainda está fazendo aqui? Apertei os lábios e levantei as sobrancelhas.
Ele ainda estava no mesmo lugar em que estava quando saí.
No entanto, há uma chance de que ele comece a bisbilhotar no momento em que eu sair de casa.
— O que aconteceu? Você esqueceu alguma coisa? Ele se virou para mim.
— Sim. Eu esqueci de você, pai. Revirei os olhos para ele. — Você pode sair do meu quarto? Eu preciso fechá-lo.
— Fechar? Ele parecia confuso. — Por que você quer trancar o seu quarto se nunca fez isso antes?
— Sou adultA agora. Preciso da minha privacidade mais do que qualquer outra coisa. Então... Eu parei.
— Hum. Ele se virou para sair.
— As panquecas que você fez, não vai levar? Levantei uma sobrancelha para a bandeja que estava deixando para trás.
— Oh.
Ele carregou a bandeja e fez menção de sair, mas eu peguei uma panqueca e pisquei para ele.
— Obrigado por isso. Dei uma mordida. — Deliciosa como sempre. Lambi o meu lábio inferior antes de olhar para ele.
Eu poderia jurar que ele estava olhando para meus lábios. Mas isso só pode ser a minha imaginação.
Não tem como ele estar olhando para os meus lábios, não esse cara aí, disso eu tenho certeza.
— Você pode comer mais. Ele apontou para a bandeja na sua mão.
— Obrigado, mas vou pular. Coloquei a panqueca meio comida de volta na bandeja. — Marcos vai me pagar o café da manhã em troca da minha ajuda.
Cristian parecia querer dizer alguma coisa, mas no final apenas balançou a cabeça.
— Vejo você quando voltar. Ele se virou e saiu.
Quando ele saiu, fechei a porta e coloquei as chaves no bolso.
— Vejo você hoje à noite! Gritei com ele antes de sair correndo de casa.
Marcos veio com o seu carro, que era um Corvette Z06 vermelho.
O seu pai lhe deu de presente de aniversário há três semanas.
— Rapaz, você com certeza é ótimo! Eu corri e entrei no carro dele.
— Bom dia para você também. Ele respondeu sarcasticamente.
Ao contrário de mim, ele está vestindo jeans e um moletom preto.
O seu cabelo castanho, que ele cortou há duas semanas, parece estar bagunçado. Parece que ele passou a mão inúmeras vezes ou pode ter tido preguiça de usar um pente.
— Por que você está usando um moletom com capuz? Você está tentando começar o semestre parecendo um estranho? Eu enruguei o nariz.
Ele sorriu. — Adivinhe, Julieta.
— O que você quer com isso? Tentei não parecer animada. — Você sabe, eu não sou boa em adivinhar.
— Por que você não adivinha? Se você não conseguir depois da segunda tentativa, eu lhe direi. Ele bateu um dedo no volante.
— O seu pai comprou outro carro para você? Inclinei a minha cabeça para o lado. — Não é demais?
Ele revirou os olhos. — Ele não me comprou outro carro. Embora ele compre outro em breve. Mas não agora.
— O que mais posso dizer? Você conseguiu uma nova namorada? A sua gata deu à luz uma ninhada? O seu cachorro brigou com o seu gato de novo? Quase suspirei.
Ele riu: você tem uma imaginação muito interessante, Juli. Mas não é isso. Ele levantou a bainha do moletom. — Eu fiz uma tatuagem!
— Que?!
Eu olhei para seu abdômen antes liso. Ele agora tem uma tatuagem de um corvo.
— Não é lindo? Ele perguntou presunçosamente, parecendo alguém que ganhou na loteria.
— Lindo? Por que você fez uma tatuagem, Marcos? Eu dei a ele um olhar fulminante.
Ele encolheu os ombros. — Sempre quis tatuar a pele, Julieta. Ele diz com orgulho. — Você adora tatuagens, não é? Então, o que você acha da minha?
A verdade é que não gosto de tatuagens. Bem, apenas das que existem num corpo de um homem em particular.
Mas não há como dizer isso a ele.
Marcos é meu amigo desde que tínhamos idade para usar fraldas. O seu pai era professor do Cristian quando ele foi para a faculdade.
É por isso que me tornei amiga do Marcos. E somos amigos há 10 anos.
Ele sabe muitas coisas sobre mim.
Bem, tirando os sentimentos ímpios que tenho pelo meu padrasto, por quem não devo sentir nada.
— Então o que você acha? Ele repetiu, parecendo expectante.
— Lindo. Forcei um sorriso. — É adorável. Onde você tatuou isso?
Perguntei por que eu sabia que ele iria querer que eu perguntasse isso a ele.
— Ao lado do shopping. Encontrei o seu anúncio num aplicativo e decidi dar uma olhada. Juli, esse cara é extraordinário!
— Hum. Levantei uma sobrancelha. — O seu pai sabe disso?
— Não. Eu não posso arriscar que ele descubra. Ele estremeceu. — Desta vez não será tão simples e ele poderia me punir. Ele poderia cortar a minha mesada.
— No entanto, você fez uma tatuagem.
Ele encolheu os ombros. — Eu fiz isso por um motivo muito forte. Você não pode me culpar por isso.
— Como você planeja esconder isso da sua família? Usar um moletom ou camisa a vida toda? Apertei os lábios.
— Vou pensar nisso quando chegar a hora. Mas, por enquanto, estou feliz por ter feito a tatuagem. Ele piscou para mim. — Você sempre foi fã de corvos, não é?
E este é mais um m*al-entendido.
Eu não gosto de corvos, Cristian gosta. Eu apenas disse que adorava quando Marcos me surpreendeu desenhando um.
Para sair dessa, eu disse a ele que adoro corvos e isso pegou.
Na maioria das vezes ele me chama de garota corvo para tirar sarro de mim.
Eu nunca o repreendi. Eu apenas deixei ele assumir o que quer que fosse.
— Julieta?
— Julieta?
Fiquei surpreso com ele me chamando.
Na maioria das vezes, eu me perco nos meus pensamentos e esqueço o mundo ao meu redor.
— O que está acontecendo?
— Você parece que foi para outro mundo... Ele soltou a bainha do moletom. — O seu padrasto está ali, olhando para nos. Ele acenou com a cabeça em direção à mansão.
Eu me virei com as suas palavras.
Claro, o meu padrasto ficou na frente da porta com os braços cruzados olhando para o carro.