Como era quase meio do ano nenhuma escola estava contratando, mas Arlete não iria desistir. Ficou por lá até depois do meio-dia e depois retornou para Osasco. Chegou na rodoviária três da tarde e voltou pra casa a passo descansado. Da estação até seu bairro era cerca de meia hora a pé, mas ela não estava com pressa, principalmente pelo estado em que seu casamento estava indo. Ao chegar em casa estava tudo no mais completo silêncio, e quando foi deixar Cecília no quarto viu Pedro dormindo. - Nem pra ir trabalhar. Caso ele perdesse o emprego não morreriam de fome, pois ainda havia o salário de caseiro, mas era cada vez mais nítido que algo estava acontecendo. Cinco da tarde Pedro acordou, e Arlete o esperava sentada na sala. - Lete? - Senta aqui e vamos conversar. Dali não v