Moleque de calças

1403 Words
ÂNGELA MARIA _ Doutora, desculpe, me mandaram te entregar esse drink e esse outro para sua amiga. O garçom fala com dois drinks bonitos em cima da bandeja. _ quem mandou? _ ele mandou falar que é um admirador da sua beleza! _ se você não quer me ver irritada e com certeza você não vai gostar disso, fala logo quem é esse palhaço, que eu não sou mulher de beber algo enviado por um macho misterioso! Faço aquela expressão séria e assustadora que sempre fui treinada a fazer quando estou de frente a algum criminoso e o garçom fica assustado. _ foi o Geraldo, ele tá logo ali com o Mathias, eu falei para ele que não funcionaria! O garçom aponta para uma mesa um pouco distante, mas eu consigo vê-lo perfeitamente por conta da sua altura, com aquele irritante cabelo preso num coque samurai. O garçom pergunta a minha amiga se ela aceita o drink e ela faz que não com a mão, mostrando sua garrafinha de água. _ estou bebendo só água, eu não tomo bebidas alcoólicas porque sou quase crente. _ e o que falo para o Geraldo? Escutar seu nome me causa um incomodo e eu peço meu drink e cuspo dentro, sei que não é nada educado, mas o moleque pediu, misturo tudo com o canudo e devolvo o drink de volta a bandeja. _ mande ele dá esse drink a mãe dele! Falo e o garçom se vai. _ você conhece o homem que mandou o drink? Berenice pergunta no meu ouvido e eu me faço de b***a! _ Nunca nem vi, com certeza não é um homem, deve ser esses moleques novos que se acham os homens adultos pegadores, como se eu fosse cair nessa merda! Falo e dou um bom gole no meu copo de chope. Estamos numa mesa que foi reservada para essa noite, o sargento Peixoto está comemorando 58 anos e parece que ele tem no máximo 50 anos, por conta do seu corpo atlético e a forma que ele se cuida, na mesa está apenas os amigos mais próximos, e bem que eu não tenho amigos além da Berenice, estão estão aqui os colegas de trabalho mais próximos, tem o total de oito pessoas na mesa, Peixoto fez questão de sentar ao meu lado e minha amiga do meu outro lado, vez ou outra ele fala algo no meu ouvido ou toca na minha mão e eu acho tudo isso muito desnecessário. Então começa uma musica animada e uma moça bonita avisa que vai começar o caraoquê, quem desejar cantar é só entregar seu nome em um papel ao garçom. _ Você não vai colocar seu nome para cantar Ângela? Olho para Berenice perguntando com os olhos se ela bateu com a cabeça. _ você deveria fazer coisas divertidas as vezes! Berenice fala dando de ombros. _ eu faço coisas divertidas, o que é divertido para mim pode não der divertido para as pessoas. _ para a maioria das pessoas normais. Berenice completa e fala em seguida: _ acho que vou colocar meu nome no papel para cantar no caraoquê! _ você? Pergunto pois não consigo ver a Berenice cantando para essa galera agitada e dá de ombros respondendo: _ claro que seria uma música gospel! Eu não seguro o riso ao imaginar Berenice cantando uma música de crente nesse bar. _ ai Ângela, as vezes você é irritante! _ Desculpa Berenice, se você quiser cantar eu te dou todo apoio. Falo me mantendo séria novamente, o caraoquê começa e uma menina canta uma música sertaneja, depois um senhor grisalho canta uma música que eu nunca ouvi na vida e então um alvoroço se forma em frente ao palco improvisado onde está acontecendo o caraoquê. _ o que está acontecendo, será que Gustavo Lima chegou aqui e eu não vi! Falo tirando sarro da multidão e Berenice fala como se tivesse com dificuldades de respirar! _ é melhor que o Gustavo Lima! Então ele vai para o meio do palco, como se fosse a atração da noite, alto demais, se sobressaindo sobre todas as pessoas que o cercam, uma calça tão grudada em suas coxas grossas que é como se não usasse nada, sua camiseta regata é tão cavada que não esconde seus braços quase mutantes de tão fortes, o peitoral largo, sua pele é dourada como um caramelo saboroso que faz a boca de todas as mulheres que estão em sua frente salivar e ele sabe disso com sua cara de marrento e seu irritante cabelo preso num coque samurai, acabo sussurrando. _ furacão de calças... O moleque dá boa noite e pateticamente o ambiente se enche de suspiros me irritando, as mulheres pode ser tão patética as vezes. _ essa música vai para você... Seu olhos pousam certeiro em mim, não, ele não está fazendo isso. _ ele está olhando para você Ângela? Peixoto pergunta meio confuso por ter bebido um pouco demais. _ claro que não, eu nunca vi esse elemento antes, que loucura pensar assim! Falo e ele parece se dar por satisfeito e o moleque começa a cantar ou melhor se exibir! Nossa, hein? Que que é isso! Nossa (nossa) (Assim você me mata) Ai (se eu te pego) (Ai, ai, se eu te pego) Cada vez que ele fala a parte " ai se eu te pego" eu sinto um arrepio que vem da minha espinha e o moleque achando pouco levanta a camiseta e um admonem perfeitamente trincado fica exposto, em seguidas uma gritaria começa. _ O que esse i****a está fazendo levantando a camisa? Falo tão irritada e sem sei o motivo. _ Parece que todas as mulheres do bar gostaram escuta só essa gritaria! Berenice fala bebendo sua água sem tirar os olhos do moleque, para uma pessoa que é quase crente, a estou achando muito animada. Delícia, (delícia) (Assim você me mata) (Ai, se eu te pego) Ai, ai, se eu te pego, hein! (Vai!) O i****a continua a cantar, seus olhos me olha e parece que ele só me vê nesse bar, porque ele não desgrudada os olhos de mim e por algum motivo eu não desgrudo os olhos dele, quando a música enfim acaba, o moleque sorri de lado de um jeito que só os homens safados sabem fazer e pisca um dos olhos e se vai pela multidão. _ nossa amiga, esse homem faz sucesso em! Minha amiga fala e notamos que as mulheres que estavam a frente do caraoquê se vão após sua saída. _ homem não, moleque... Sussurro levando minha mão até minha nuca, sentindo um arrepio bem ali. Ficamos mais um pouco e quando estamos indo embora como já esperava, Peixoto se oferece para me deixar em casa, _eu te levo de uber e depois vou para casa, ele diz! _ eu agradeço, mas eu vi de carro, Berenice vai dirigir para mim. Ele faz uma cara de insatisfeito mas se vai, aos poucos todos se vão e eu caminho pata o estacionamento do bar, onde estacionei minha touro. Amo meu carro, ele é grande e confortável do jeito que gosto e a única pessoa além de mim que já o dirigi-o foi a Berenice. _ Ai Ângela, preciso fazer xixi! _ Não acredito Berenice, agora? Falo assim que chego em frente ao carro, antes de sairmos do bar eu fui no banheiro fazer xixi e perguntei se ela queria ir comigo, minha amiga falou que não estava com vontade. _ eu não estava com vontade na hora que você perguntou! Reviro os olhos e ela sempre faz isso, agora ela vai ter que voltar ao bar, que está lotado para ir até o banheiro. _ não demora! Falo e Berenice começa a andar apressada saindo do estacionamento. Me encosto no carro de braços cruzados e fico em alerta, mesmo tendo bebido um pouco se algo acontecer sempre estou pronta para usar minha arma. É quando minha nuca volta se arrepiar inteira fazendo meus pelinhos ficarem de pé e uma sombra enorme paira sobre mim, me viro dando de cara com o moleque ordinário, o exibicionista, o furacão de calças. _ Olha o que vemos aqui! Ele diz se aproximando e eu o encaro, se ele pedir, vai levar! Penso pronta para qualquer coisa. Continua. Eita no próximo capítulo teremos duelo de titãs, será? Não esqueçam de deixaram seus comentários e estrelinha, até logo amores.
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