Capitulo 4

1089 Words
 Arthur   Malu estava furiosa comigo, ela sequer olhou pra minha cara mesmo eu estando como um cachorrinho olhando pra ela, fui friamente ignorado. _Ela está mesmo furiosa_ Carlos comenta no café da manhã _Hum.._ abaixo a cabeça _Não fica assim Arthur, vai ficar tudo bem, acho que vocês estão passando pela famosa crise dos três anos_ Antônia diz se sentando ao meu lado Eu não fazia ideia do que a Antônia estava falando, afinal havia uma regra ou tempo para as crises de relacionamentos?  Eu era um cara de muitos relacionamentos e em nenhuma deles eu fiz tantas coisas idiotas, o que estava acontecendo comigo afinal? De repente eu tinha passado de um cara decidido e charmoso, para um i****a que fazia tudo errado. _Não sei Antônia, acho que me tornei um outro cara, um cara que a Malu não gosta. _Você não pode desistir delas_ Carlos diz Eu amava a Malu, e sabia que apesar de tudo o que estava acontecendo ela também me amava, mas o que fazer pra melhorar as coisas? Malu Eu não via a Vera desde o dia em que André morreu, ela não queria mais saber de nós ela achava que a culpa de tudo que aconteceu era minha e por isso me odiava. Quando a Sophia nasceu Arthur achou que talvez ela se interessasse em vê- la, mas isso não aconteceu. _Malu_ ela sorri irônica. Olhei pra trás e lá estava ela toda elegante como sempre. Confesso que mesmo vendo o sorriso dela me subiu, aquele sorriso me parecia mais uma ameaça, tipo o coringa sorrindo pro Batman. _Olá Vera_ falo tentando conter o nervosismo Não quis ficar ali parada esperando ela me xingar então entrei logo no ateliê e logo na entrada dei de cara com a tal Mariana, aquela do balé. Eu não estava acreditando em o quanto meu dia estava r**m. _Olá _ ela sorri_ lembra de mim? Aaah claro que lembro, como poderia esquecer da v***a que estava dando mole pro i****a do meu marido. _ Claro_ Ironizo_ mas que mundinho pequeno não é, o que ta fazendo aqui? _Eu trabalho aqui. _Ah, claro_ falo não acreditando no tamanho do meu azar Eu ainda estava pensando em o quanto estava arrependida de ter me levantado da cama naquele dia h******l quando ouço a voz da Bia. _Malu_ela grita_ vem cá. Vou em direção a Bia, mas meus pensamentos estava ficados na tal Mariana, eu não sabia o por que mas pressentia que ela me traria problemas. _ Quem é essa menina?_ pergunto a Bia apontando discretamente _É a Mariana ela trabalha aqui super gente boa.. _ Ela deu mole pro Arthur_ falo séria _Uma s****a_ Bia diz rapidamente Eu não estava com humor, mas a súbita mudança de opinião da Bia me fez rir. _Obrigada pelo apoio Bia_ falo sorrindo _Ah! Malu você sabe que meu irmão é louco por você, ele jamais te trocaria. Algum tempo atrás talvez isso fosse verdade, mas não agora. Eu e Arthur ainda éramos um casal, mas havia algo errado com ele, ou talvez fosse comigo. _Vamos ver o vestido?_ falo tentando mudar o assunto _Vamos_ ela me pega pelo braço_ estou muito anciosa, sempre quis ter uma festa_ ela falava sorrindo Me lembro que também sempre quis uma festa de casamento e Arthur tinha dinheiro pra isso, mas a nossa história tinha começado de uma forma tão diferente que acabei deixando isso pra lá. _Bia o que sua mãe está fazendo aqui?_ pergunto _Eu também não sei_ ela cochicha _ ela me ligou mês passado e disse que queria "ajudar" no casamento, eu estranhei mas como é minha mãe resolvi aceitar. Eu não queria dizer nada pra Bia, mas achava muito estranho essa repentina vontade da Vera em ajudar a Bia em alguma coisa, mas como era mãe dela achei melhor não dizer nada. A prova do vestido foi um tormento, não só por aquele vestido ser tão apertado que dificultava até o andar, mas também por Vera estar lá como uma sombra me olhando, parecia algum tipo de observação, isso era assustador. Finalmente entrei no meu carro e fui pra casa, estava doida pra vê a Sophia e também queria descansar um pouco minha cabeça estava a mil por hora. Cheguei em casa e pra minha surpresa Katarina estava lá sentada no meu sofá brincando com a Sophia. _Katarina_ falo sorrindo_ que bom te vê_ falo abraçando ela _ Cheguei antes pra ajudar a Bia no casamento, achei que ela fosse precisar. _Ela está louca com tantas coisas pra fazer_ me jogo no sofá _E você como está_ ela se aproxima e me olha_ não parece bem. Adorava o fato de Katarina estar de volta a minha vida, ela fazia muita falta. Ela tinha um jeito meio louco de me ajudar mas eu amava tê - lá por perto. _ Está tão óbvio?_ pergunto _Sua cara só não está pior que a do Arthur, ele está péssimo, o que houve? _ O de sempre né, brigamos por causa da falta de responsabilidade dele com a Sophia _Malu... _Eu já sei o que você vai dizer, pra eu ter paciência com ele, que a infância dele foi difícil e blá blá blá... Mas quer saber meus pais tambem não foram dos melhores e nem por isso sou irresponsável com a minha filha. Eu estava cansada de ouvir as pessoas me pedindo que eu tivesse paciência. Eu queria que elas entendessem que a irresponsabilidade do Arthur se cabia só a Sophia, e a nada mais de resto ele sempre foi muito focado, amigos, negócios.. Eu realmente começava a achar que ele não queria uma família. _Bem..._ Katarina sorri_ primeiro quero dizer que concordo com você, o Arthur está agindo como um i****a, e em segundo lugar quero saber o por que só acordou pra isso agora? _Hã?_ me surpreendi com a resposta dela _Ah! Malu como todo mundo já disse, eu sei que o Arthur teve uma infância muito complicada, mas isso já faz muito tempo. O Arthur cresceu e se tornou um homem forte e independente, pra mim já está mais que óbvio que ele já tinha superado todo trauma. Paro pra pensar um pouco e percebo que ela tinha razão o Arthur não era nenhum pouco traumatizado com nada. Me lembrei de quando nos conhecemos, do quanto ele era decidido e bom nos negócios, pessoas traumatizadas não seriam tão bem resolvidas assim. _O que você acha que devemos fazer?_ pergunto exausta _Eu não sei_ ela se levanta e vai em direção a escada_ o que você acha que deve fazer? Eu já tinha repensado isso durante dias mas nunca sob a visão de que Arthur não era um coitado traumatizado e sim um cara que simplismente parecia arrependido por ter formado família. Diante disso acabei parando pra pensar no que fazer, e agora minha atitude seria outra.
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