Vida Louca Também Ama

Capitulo três

No dia seguinte ...

Acordei cedo, coloquei minha roupa de trabalho, calça jeans, uma camiseta e fiz um r**o de cavalo, liguei para o bimbo para dizer que eu estava pronta. Antes de ligar fiquei pensando, no beijo do gato de olhos verdes o que foi aquilo, preciso saber o que é isso, porque ele me ameaçou desta forma, porém não entendi a pessoa te ameaça e depois te beija aff... aquele homem é maluco, melhor eu tirar isso da minha cabeça, eu só preciso saber o porquê ele acha que eu sou X9. Bom melhor eu ligar para o bimbo e ir fala com o padrão, nossa nem me lembro qual é o nome dele. Mas hoje vou saber – e aí meu parceiro já estou pronta – fala meu amor logo eu chego aí faz 10 que eu chego. – amor? Ta maluco. Beleza estou te esperando. – fecho.

Esse bimbo é maluco, eu já dei uns beijos nele, mas hoje em dia somos apenas amigos e mais nada, não rola a gente junto, sou muito grata por ele ter me ajudado, por ter me dado um emprego e com isso posso me sustentar e para de passar sufoco nas ruas, apesar que vender drogas não é nada fácil, porem isso já estou acostumada, passo uns sufocos, mas sou inteligente e com isso só dou lucro, porque não uso nenhuma d***a então a d***a sai limpa e volta o dinheiro limpo sem desfalque.

- E aí princesa vai demorar muito ou quer carruagem?

- E qual foi bimbo está me tirando, bora com sua moto mesmo.

- Então vamos princesa.

- Preciso passa uma visão para você

- Diz aí, qual foi.

- Você sabe que eu tenho muita gratidão e carinho por você e que quando estávamos juntos eu realmente gostei de você, mas que acabou e hoje só somos amigos ne? Que não tem chance de a gente voltar a ter alguma coisa, que agora você é meu melhor amigo e nada mais.

- Relaxa princesa, eu sei disso, somos amigos mesmo, e só para você ficar com ciúme, ontem o baile peguei 3 minas, mas meu coração será sempre seu, mas meu corpinho é delas. – Para de falar tanta besteira e vamos logo antes que o chefe vem me busca pelos cabelos. – Relaxa está comigo esta com Deus.

Na boca...

- Com licença, bom dia padrão. Eu não sabia a que horas era para eu chegar então decidi vim cedo para não deixar o senhor esperando.

- Entra menina, gosto assim na dúvida vem cedo está certo, e eu gosto mesmo de esperar. Bom vou direto ao ponto quero saber tudo da sua vida e não quero mentira porque eu sei descobrir que você está mentindo, ou qualquer coisa nesse sentido ou se você for alguma X9 aqui eu te mato aqui mesmo entendeu.

- Sim senhor.

- Para de me chamar de senhor, não sou tão velho assim.

- Com todo respeito é que eu não sei seu nome, aqui todos se referem ao senhor como chefe ou padrão, e como eu não sei seu nome acredito que esta forma é a mais adequada para fala com o senhor.

-Nossa gostei de ver a menina é boa com as palavras, fala com clareza e sem gíria. Pode me chamar de Batata. – ok. Senhor Batata. – Pode me chamar de Batata menina. Tira o senhor.

Eu achei estranho toda essa i********e comigo nunca tinha visto esse homem, mas alguma coisa nele me transmitia confiança, em contra partido lá estava ele o gostoso dos olhos verdes, eu nem me atrevi olhar para ele, não por medo, mas por vergonha depois do beijo, eu sei que eu não fico vermelhar, mas ainda assim não queria confrontá-lo, olhar dele era muito intenso e eu que não queria ser alvo deles, só de olhar para ele, meu coração já acelera isso porque foi só um beijo e mais nada aff, Helena coloca a cabeça no lugar, você está na frente do Dono do Morro para de delirar, nessa hora a infantilidade fala mais alto. Sai dos meus devaneios quando ouço aquela voz rouca me chama. – E aí garota vai fala ou vai ficar ai calada, está tramando a mentira que vai conta. – Não tenho necessidade de mentir, mesmo porque minha vida é um livro aberto.  

Chefe minha vida é assim, mataram meu pai eu tinha 2 anos, e quando tinha 12 minha mãe morreu nos meus braços de overdose, e depois disso fui expulsa do morro, fui morar na rua passei por várias, e depois conheci o bimbo que que ajudou ter um barraco aqui e me arrumou um emprego. E agora estou aqui. Nunca subi o morro até ontem só fico no pé do morro. E isso é minha vida.

- só isso? acho que ela mentindo. – calma MC, deixa a menina. menina sua vida é só isso? – sim senhor. Desculpe é só isso Batata. – bom eu tenho algumas perguntas ok. – claro pode perguntar o que você quiser.

- Qual morro você nasceu?

- Eu sou do Complexo Maré

- Qual é o nome do seu pai?

- Eu não sei o nome do meu pai, como eu disse eu tinha só dois anos quando ele morreu, mas eu sei que as pessoas achavam ele de Bira.

- E o nome da sua mãe?

- Minha mãe chamava Paula. Ela era a fiel do meu pai.

Nesse momento o gostoso dos olhos verdes que agora sei que o nome dele é MC arregalou os olhos e me perguntou. – você é filha da Paulinha, sobrinha do Kidola? – sim sou eu mesmo, porque – não pode ser, qual seu nome de verdade – me chamo Helena, mas me chamam de nenê. – porque você conheceu minha mãe? – sim eu a conheci, mas nunca falei com ela. era só de vista. Nesse momento eu percebi que ele estava mentindo e estava escondendo alguma coisa, porem ali não era o lugar, mas depois eu vou querer saber direitinho porque ele ficou tão agitado com a revelação do nome da minha mãe.

- então é você a sobrinha do meu parceiro Kidola, o bimbo disse que tinha uma pessoa da família dele aqui pedido um barraco mas não sabia que era você, onde você esta morando agora menina? e qual é sua real idade, porque você não acha que eu acreditei que você tinha 16 anos, mesmo você sendo gostosa do jeito que você é eu sei que você não tem tudo isso. – tive que respirar fundo, porque na hora que revelasse minha idade eu sabia que estava fora. – eu moro na rua 3 no pé do morro num barraco que o bimbo me arrumou, e eu tenho 13 anos vou fazer 14 daqui duas semanas.

- 13 anos? Menina o que fizeram com você? Isso precisa mudar quero fala com você sozinha. Saiam todos. – o pessoal começou a sair porem MC ficou, mas o batata disse - você também MC, quero bater um lero com a menina sozinho. – mesmo a contragosto ele saiu e disse – estou lá fora.

- ficamos eu e ele na sala, ele me olhou diferente e senti meu sangue gela, era um olhar de desejo, mas ao mesmo tempo de cuidado. – senta menina, agora eu quero fala com você. - e sentei e pensei agora fodeu.