Nenê
Meu nome é Helena vulgo Nenê, esse apelido veio porque eu entrei na vida de correria muito jovem, hoje com 25 anos posso dizer que já passei por muita coisa nessa vida. Perdi meu pai com 2 anos de idade, ele era sub do morro, seria chefe, mas não deu tempo seu futuro reinado foi interrompido antes do tempo, por uma emboscada.
Fui abandonada pela minha mãe com 8 anos uma mulher linda porem depois que meu pai morreu ela ficou ainda mais viciada em cocaína, quando tinha 12 anos vi minha mãe morrer nos meus braços de overdose, porem antes dela dar o último suspiro, ela me revelou um segredo que eu jamais imaginava, a única herança que ela me deixou foi um diário que ali revelava minha verdadeira história.
Fui morar na rua, tive que me virar sozinha, depois que o atual chefe do morro me expulsou do barraco que eu vivia com a minha mãe para fazer base e deposito de arma do morro, sofri muito tive que dormia nos bancos das praças, comia comida do lixo ou quando tinha muita sorte os restos dos pratos deixada pelas pessoas nas lanchonetes isso tudo com 12 anos. Não tinha ninguém para correr por mim, todos que eram da minha família foi expulso da maré, por medo de invasão cada um foi para um canto e eu fiquei sozinha tendo que me virar.
Nunca tive nada de mão beijada tudo que eu tenho foi conquistada com muita luta a base de sangue. Consegui um barraco na rocinha a troco de ser foguete do chefe, nunca o conheci pessoalmente, porque era nova ali no morro, mas agradeci pela oportunidade, pelo menos o nome do meu tio serviu para colocar um teto na minha cabeça ainda que esse teto não seja dos melhores, mais qualquer coisa é melhor que dormi na rua.
Quando tinha 13 anos comecei a vender as drogas do morro no asfalto, porque como eu era nova e bonita, ninguém achava que eu era aprendiz de traficante, estava pegando o esquema, e me saia bem eu era do corre meu chefe tinha orgulho de mim e dizia que eu tinha futuro, e com isso eu já ai crescendo no morro. Um dia teve baile na quadra e eu pedi para meu amigo o bimbo deixar eu subi o morro para ir no baile, já estava na hora de eu conhecer o poderoso o chefão. – E aí bimbo deixa eu subi cara, p***a meu estou fazendo um bom trabalho aqui cara, p***a comprei até uma roupa para conhecer o chefão. – Está maluca nenê o padrão nem sabe que você existe, ele só sabe que tem um foguetinho bom vendendo e trazendo lucro aqui no morro, mas ele nem sabe que esse foguete é você, - pois já está na hora de saber quem sou eu não acha? – eu acho mas não sei se isso vai ser bom não, porque foguete não tem acesso ao padrão , só quando causa problema. – qual é bimbo deixa eu subi prometo que eu me comporto fico na postura na moral. – olha nenê vou deixar você subir mas nem pensar em fala com o padrão se ele não te chama fecho? – fecho bimbo pode confiar. Valeu mesmo.
Fui para o meu barraco tomei um banho fiz minha higiene, coloquei a roupa que eu comprei e me olhei no espelho, e até que eu não estava r**m. Eu tenho e pele com de jambo, como o povo fala da cor do pecado, não entendia muito pois minha mãe era n***a, e meu pai não era tão claro assim e eu tenho os cabelos cacheados igual da minha mãe e os olhos esverdeados, acho que meus antepassados devem ser brancos, sorri com meu próprio pensamento. Modesta a parte estava linda, subi e fiquei esperando o bimbo.