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1724 Words
Obs: Este capítulo contém gatilhos , se caso for sensível por favor não leiam . E se precisar conversar estarei a disposição. ---------------------------------------------------- Antonella ... Me chamo Antonella , minha mãe morreu por culpa do meu pai . Sim , isso mesmo , eu o culpo pela morte dela , lembro - me bem , quando ela trancava - se no banheiro todas as noites para chorar , por anos e anos , por sua infidelidade . Ele se escondeu por várias anos , mas depois ele parou de se preocupar , se minha mãe iria descobrir ou não , ele não se importava com ela muito menos com os seus sentimentos . Ele bebia , jogava e usava drog@s todos os dias , após o trabalho, e quando chegava éramos o alvo de suas torturas físicas e psicológicas. Quando minha mãe escutava o carro dele chegando ela corria, me puxava pelo braço e me jogava dentro do sótão e me trancava lá , eu era apenas uma menina, e não entendia os motivos dela me trancar ali todos as noites , e o motivo que levava meu paina fazer aquilo com minha mãe . Muitas vezes eu já estava dormindo ,ela me carregava nos braços e me levava para aquela maldit# sótão. Fui crescendo e as cenas se repetiam , e repetiam até que um dia minha mãe não precisou mais me levar para lá , ela não tinha mais forças para reagir , ela estava morta , eu sem entender corri sozinha para lá , afinal de contas era o que ela tinha me ensinado . Ele chegou , e já foi tirando o cinto , para bate - lá, e o fato dela não dizer uma palavra , enquanto ele batia o irritava ainda mais , ele queria que ela gritasse , ele queria que ela sentisse aquilo , mas ela não respondia. Eu lembro que me encolhi e escondi meu rosto em meus joelhos , torcendo para ela responder para que enfim ele parasse com aquela tortura , eu na minha inocência não me dei conta que ela já não estava mais ali e eu só percebi quando ele gritou desesperado chamando ela pela nome. - Anaaaaaaaa , o que você fez ? Ao escutar o grito dele eu desço desesperada do sótão , e vou até o quarto deles e vejo a pior cena de toda a minha vida . - Ela está mort@ ? Você matou ela ? O que você fez ? Parto para cima dele , e desta vez eu quem estava batendo e não apanhando. - eu não fiz nada tá legal ? Ela já estava mort@ quando eu cheguei . - Não , você matou ela . Você matou ela . Eu repito isso várias e várias vezes , eu não conseguia parar , mesmo se eu quisesse. - Você precisa para de repetir isso tá legal ? Eu não fiz nada. - Você bate nela todos os dias , há anos . Você já queria ter feito isso , você matou ela um pouquinho todos os dias . - Eu não fiz nada , ok ? Ele agora que me arrastou até o sótão. Naquele dia muita gente esteve lá em casa , olhei pela janela vi várias viaturas . Depois que todos foram embora , eu abro a porta devagar , e ele está sentado na sala bebendo . Olhei de relance e tive um pequena impressão que ele estava chorando . Sento - me no sofá , e o encaro enxugando as lágrimas. - E agora ? - Ela se m@tou , eles encontraram vários remédios em sua gaveta , amanhã esteja pronta as 10h , iremos nos despedir dela . - Porque você não foi preso ? Era para você ter sido preso , eles teriam que ter levado você com eles . - Sua desgraçada , eu não tive culpa . Ele levanta - se e ergue a mão para mim . - Isso me bate , faça comigo o que fez com a minha mãe a vida toda . Alguma coisa que eu disse naquela noite , o desencorajou e ele não me bateu , eu voltei ao meu quarto , e chorei muito por ter perdido a minha mãe . Me despedir dela , eu m*l saia do quarto eu e o meu pai nos tornamos dois desconhecidos . Eu passava a maior parte do tempo na escola , e quando largava , a biblioteca do centro tornou - se a minha segunda casa , eu toparia ficar em qualquer lugar que não fosse a minha casa . Meu pai parou de beber por meses , sempre.tinha comida em casa , mas conversar com ele não era um opção , e ele foi acostumando - se com isso . A saudade saudade da minha mãe aime taça a casa dia , perdi as contas de quantas vezes eu peguei nosso aos prantos . Meu pai estava por perto , eu sempre via a sombra dele por baixo da porta do meu quarto . O dia que eu já estava esperando chegou , ele chegou do trabalho bêbado , gritando chamando por minha mãe , como se ele tivesse esquecido que ela não estava mais entre nós . Eu estava comendo meu cereal quando ele passou por mim , e me deu tapa , por impulso eu joguei o ceral nele, e isso o deixou muito irritado e lá estava ele tirando o cinto para me bater . - Isso , faz isso . Eu sou a sua nova Ana , papai . Vai em frente . - Someeee da minha frenteeeee . Ele jogou a garrafa de cerveja que estava na mão , na parede , e eu corro para o meu quarto e me tranco . Tenho uma paixão por velas , eu tinha várias espalhadas no meu quarto , pego uma e fico olhando para a sua chama , começo passando o dedo , e não sinto nada , de alguma forma aquilo amenizava o meu sofrimento , não sei explicar como , mas amenizava . E aquilo passou a se repetir diversas e do essas vezes , passei a queimar lugares mais escondidos , comecei pelos pulsos , eu só vestia roupas longas , logo depois passei a queimar as minhas pernas . Com o passar dos anos o meu pai só se afundava cada vez mais , em seu mundinho de bebidas, jogos e drog@s. Até que um dia , eu estava lendo um livro na sala e nossa porta foi derrubada . Eram três homens que me arrancaram de lá de dentro e não disseram um só palavra , fui levada até uma casa noturna , vi várias mulheres peladas dançando , outros homens jogando e bebendo . Sou empurrada até uma sala , meu pai estava lá amarrado , todo ensanguentado , me encarando . Ali eu já sabia do que se tratava e o motivo de eu está ali . Meu pai se endividou , ao ponto de me entregar como moeda de troca , sorte minha que a gerente que comanda o lugar , gostou de mim . Em uma conversa que tivemos , eu disse a ela que poderia mata - lo que eu não me importaria se eles fizessem isso , mas aí eu descubro que se ele morresse eu também morreria , eles não iriam perder a grana , e alguns precisava pagar aquilo , e só a vida não era suficiente. De alguma forma ela criou uma empatia , e me deixou trabalhar , nos bastidores . Cuidando das meninas , das suas roupas ,da limpeza , em seguida me deixou cuidar dos pagamentos das meninas . A dívida do meu pai foi paga , eu trabalhando lá dentro por anos . Terminei a escola , e eu não conseguir mas sair de lá , eu precisava ocupar minha mente com alguma coisa , e ela eu me mantinha ocupada e não olhava para a cara do meu pai . - Eu não posso mais manter você aqui . - Por favor, Barbara me ajuda , eu não posso passar o dia inteiro naquela casa . - Você precisa de uma faculdade , precisa ser alguém na vida , garota . Aqui não é lugar para você , vá embora daqui anda logo. Ela segura o meu rosto com as duas mãos , e em uma delas segurava o seu cigarro . Ela expulsa - me de lá e eu volto para casa , meu pai estava bêbado , e drogado sentado na sala parecia está me esperando . - O que está fazendo aqui ? Volte de onde veio e traga comida para.dentro de casa , já sustentei você por mais tempo que deveria . Eu perdi o emprego , saia daqui e só volte com grana ouviu bem ? Ele me bate e me joga no chão , eu não tive.coragem de enfrenta - lo naquele dia . Eu só saio correndo , com o rosto sangrando e quando me dou conta estou na coxia , com as meninas me consolando . Eu me tornei a mascote das meninas , elas cuidaram de mim desde quando cheguei . - O que está acontecendo aqui ? - Ela já chegou assim . - O que fizeram com você menina ? - Me deixa trabalhar aqui , por favor . Eu não posso chegar em casa sem grana . - O que você vai fazer aqui , garota ? - Eu danço , sirvo , faço qualquer coisa . - qualquer coisa ? tá maluca ? - Então eu só danço , eu sei dançar as meninas me ensinaram , eu sei dançar no poli dance. - Ok , ok . Você não fará programa ouviu bem ? - Isso garota deixa isso para as mais experientes. - Eu não ! Barbara você sabe que ... Eu a puxo , para termos mas i********e. - Eu sei , eu sei . Você só vai dançar e nada mais , o resto você já sabe , assim terá dinheiro para levar para casa . Eu não queria ver você aqui , mas eu acredito que logo logo , você vai se dar bem nessa vida .
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