Atraídos (vol.2)

''5''

Dom ...

O pior dia da minha vida .

Ligação :

Dom : Mel ?

Mel : Oi amor !

Dom : tudo bem com você ? Estou te esperando aqui no café

Mel : desculpe , eu... eu atrasei - me , chego em 10 minutos . - Ela estava estranha

Dom : Não tem problema, eu levo para você . - a sua voz estava ofegante , o que já me levantou uma desconfiança. Não sou tão idiot@ assim, logo noto algo de errado , me direciono a casa dela que fica a apenas alguns KMs daquele café .

Mel : NÃO , NÃO PRECISA . - Ela altera a voz, parece nervosa .

Dom : Ok , tudo bem . Irei voltar a empresa então, o meu pai continua no Marrocos , e a Oli está com o papai Dário , então já sabe né? Não consigo esperar - te mais . - Eu saio falando , para ganhar tempo com ela na linha , eu precisava saber o que estava acontecendo .

Mel : eu te vejo, mas tarde então ?

Dom : Sem previsão de horário , vamos nos falando .

- Eu ja estou enfrente a casa dela , está frio e nevando , tem um carro estacionado na sua garagem .

Eu respiro fundo , antes de tomar qualquer atitude , eu já desconfiava de uma possível traição , mas a Mel sempre tão doce , e com um sorriso encantador , acabou conquistando a todos , menos ao meu tio Benicio, ele sempre teve um pé atrás com ela , sempre achou ela boazinha demais , e ela notando isso passou a não gostar dele também .

Agora só vem ele na minha cabeça me dizendo '' eu te avisei , garoto . ''

Sou tomado por meus pensamentos , e a raiva invade cada célula do meu corpo , eu agora já não quero ficar calmo .

Eu sinto que dentro de mim existem duas personalidades , a do meu pai Dário e a do meu pai Will , e as duas lutam entre si .

Caminho até lá , bem devagar sei entrar e sair dos lugares sem ser notado , claro que isso quando eu quero .

A porta da frente está trancada , como eu imaginei que estivesse , corro para a porta da cozinha , onde ela costuma deixar uma chave num vaso de planta .

Vejo algumas roupas espalhadas , pela casa até então são dela, o meu coração bate com tanta rapidez que eu só consigo ouvir as suas batidas e a minha respiração .

Ouço vozes vindo do último quarto , ela não tem o costume de abri-lo , a porta está entre aberta e antes que eu pudesse abrir eu ouço ela dizer : '' Eu gosto dele '', com certeza ela estava falando de mim , eu não me contenho mais e abro a porta , e como o meu tio já esperava , ela estava me traindo .

Dom : Trouxe o seu café , Mel .

- Assim que ela ouve a minha voz ela salta de cima do homem , ambos estavam totalmente sem roupa .

Mel : Espera , eu posso te explicar . - o seu rosto perde a cor ao me ver .

Homem : Cara , é complicado . - Ele coça a cabeça e me encara .

Dom : gostaria te informar pessoalmente , que não precisaremos mais dos seus serviços na empresa .

- Ela trabalhava na empresa do meu pai como assistente financeiro , falo ignorando totalmente aquele cara , e eu implorava dentro de mim , que ele não falasse mais nada , para que eu não tivesse o trabalho de limpar a sujeira que eu iria deixar .

Mel : Você não pode fazer isso , não faz isso com a gente por favor . - ela ajoelha-se na minha frente enrolada no lençol .

Homem : Cara ... - Eu não espero ele terminar de falar e saco a arm7 , mirando bem no meio da sua testa .

Dom : eu acho melhor , você ficar bem quietinho , se quiser voltar para casa hoje . - Eu falo olhando para a sua mão que possuía uma aliança .

Mel : Dom , olha para mim , escuta-me por favor. - Lágrimas de desespero escorrem por seu rosto , e eu ignoro cada uma delas .

O meu celular toca , e eu atendo ali mesmo, encarando a mulher que achei que me casaria um dia, eu não entendi direito o que estava acontecendo do outro lado , até que ouvi um grito de desespero , só então eu identifico de quem é aquele grito , e saio correndo dali deixando a Mel e o seu amante , para mim ela tinha acabado de morrer , e eu tentei com todas as minhas forças, impedir que mais alguém morresse , entrei no carro desesperado e dirigir até lá .

E assim que entro já vejo o nosso segurança ferido , andando de um lado para o outro com as mãos na cabeça .

Joe : Ela está lá dentro , eu não conseguir impedir , eles pareciam saber exatamente o momento de entrar na casa . - Ele estava com alguma, sacolas parecia ter saído para colher alguns legumes .

E assim que entro , lá está a Carmem , estirada no estirada na sala .

Dom : Vovó Carmemmmmmmmmmmm ... - Eu corro até ela , e jogo no chão junto ao seu corpo sem vida .

Ela estava com câncer , e já bastante idosa eu dispensei a cuidadora hoje, pois tinha a pretensão de vir e ficar com ela, mas ai o papai Will não conseguiu voltar e eu precisei ficar na empresa , e com tudo acontecendo lá , eu esqueci da cuidadora .

Sempre quando a cuidadora vem designamos mais uma segurança , isso poderia ter salvado a vida dela .

Dom : Me perdoaaaaa , vovó . Por favor me perdoaaaaa a culpa foi toda minha . - Eu grito desesperadamente , como se com essa minha atitude desesperada fosse trazer - la de volta , a dor é tão grande que parece que vou rasgar ao meio , mas quem fez irá pagar caro .