Quando cheguei a Capital , era na base de umas quase dez horas da noite . A viagem de buzu demorava mais do que o previsto , meu corpo doía por ter passado tanto tempo sentada e viajando estrada a fora . Quando passamos estava o maior engarrafamento , havia acontecido algum tipo de acidente de carro , todo mundo começou a tossir enquanto levei meu casaco ao meu nariz o tampando e fechando a janela que estava aberta . Haviam carros de policia e ambulância . No entanto nada disso me importava agora , nada me interessava ou conseguia ganhar a minha atenção . Tudo que me interessava era cumprir com meu acordo , me vingar dos meus ‘’ amiguinhos ‘’ filhos de uma p**a e meter o pé de vez daqui, para dar inicio a uma vida nova .
Quando desci do ônibus jogando minha mochila em minhas costas peguei um táxi o pedindo para que me levasse a um hotel que fosse em conta . Estava apenas com 300 dólares na carteira e até conseguir algo para fazer, não podia meter o p*u e sair gastando com tudo.
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O hotel era pequeno e eu podia jurar pelas infiltrações que observei instalados pelas paredes que estava infestado de ratos , pelo preço que era não podia esperar muita coisa . Fiz o ‘’chek-in ‘’ e uma chave foi passada para mim , meu quarto era o N112º. A senhora que me atendeu era antipática e cara de m*l amada. Meu quarto ficava no final do corredor , fiz uma careta quando vi um velho bigodudo saindo de dentro de um dos quartos com uma garrafa de bebida nas mãos , caindo aos tropeços abraçado a duas mulheres que estavam vestidas com pedaços de panos vulgares . Torci o nariz os ignorando e abrindo a porta do mesmo .
Não tinha que ficar escolhendo melhores lugares para ficar – não estava nessa posição por agora .
O quarto fedia a naftalina e morfo – eu tinha pra mim que a intenção foi de ‘’ tentar ‘’ aplacar o m*l cheiro forte de dentro do quarto , no entanto não me pareceu ser uma boa resolução para esse problema. Passei as chaves na porta a trancando e caminhando para perto da cama , tinha uma janela daqui mas era a mesma coisa que nada , havia uma outra parede que tapava a vista – me pergunto do porque não terem tapado isso aqui , era uma tremenda de uma perda de tempo .
Passei minha camisa pela minha cabeça retirando do meu corpo e a atiçando em cima da cama , coloquei as mãos em minha cintura fazendo uma rápida mentalização sobre o que iria fazer amanhã e por agora . – Pediria algo para comer , uma pizza talvez . Quando passei para o hotel notei uma pizzaria na esquina , então daria para quebrar essa . Arranquei minhas calças as jogando por cima da cama também . Não confiava de jogar minhas coisas por esse chão de madeira sujo , precisava de uma faxina urgente por aqui e eu faria isso , não agora e nem hoje – estava cansada demais .
Quando entrei no banheiro retirando o sutiã e a calcinha , me olhei no espelho e toquei no colar maldito que não podia sequer remover de meu pescoço ou seria caçada igual a uma raposa pelo mato caso o fizesse . Travando meus dentes me joguei debaixo da água , rezando um pai nosso que não queimasse seja qual for lá de dispositivo que esteja dentro dessa coisa .
Quando a água cai em cima de mim , esfrego meus olhos e passo as mãos por meus curtos cabelos . Conseguia me sentir até mesmo um pouco mais leve , bastante diferente sobre como me sentia a algum tempo atrás e por todos esses anos . Porém agora sim poderia ter minha revanche , iria caçar um por um e os fazer pagar por terem me apunhalado .
- Vou caralhar com esses putos! – Sibilei batendo com o punho fechado na palma da minha outra mão enquanto sentia a água quente deslizar pelo meu corpo .
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Já tinha enxugado meus cabelos e vestido uma roupa confortável quando desci as escadas novamente . Dei um aceno de cabeça para a velhota da portaria e ganhei a rua indo direto no beco onde vi a tal pizzaria . Pra minha sorte não estava cheia , me sentei na mesa e um senhor gordo e barrigudo apareceu passando a ponta do dedo na língua virando a folha de uma caderneta e me olhando em seguida .
- Boa noite! Seja bem vinda . Seu pedido por favor .
Mirei a parede onde havia os sabores de pizza .
- Quero uma pizza grande de frango com catupiri , calabresa e a portuguesa.
O mesmo anotava conforme eu ia falando .
- Daqui a 10 minutos estará na sua mesa . – E então se virou nos seus pés entrando cozinha a dentro .
Um casal mais idoso conversavam enquanto comiam, e mais a minha frente duas meninas comiam e fofocavam olhando pras telas de seus celulares mostrando alguma coisa uma a outra .
Rolei meus olhos e baguncei meus cabelos com meus cotovelos apoiados em cima da mesa . Teria que comprar um celular para meu uso , era um passa tempo para quando estivesse entediada , porém estava focada em meus planos e isso me matinha distraída a maior parte do tempo.
Mirei uma tv ligada centralizada na parede . Um jornalista contava a respeito de um acidente que tinha rolado. Então reconheci a estrada , era a mesma que havia acabado de passar pelo caminho chegando na cidade .
- Não é aquele empresário famoso lá das linhas daquela revista que tem um cavalo na frente ?- A senhorinha observa levando uma fatia de pizza a boca , seu marido franze a testa olhando para ela , certamente tentando compreender ao que sua esposa se refere .
- Tá falando de quem mulher ?
- Lá daquele cara bonitão que é o famosão lá dono das revistas , esqueci o nome dele .
E na mesma hora me aparece a foto e o nome da vítima! . Enquanto escuto a senhorinha vibrar apontando para a tv de olhos arregalado
-Esse ! é esse aí !
Levei as mãos a minha boca tentando esconder minha surpresa .
Era o mesmo carinha que eu tenho que tirar a vida . Então o fulano era famosinho ao que parece . Suspeitei desde o inicio que ele não deveria ser da ralé , se fosse ninguém iria gastar tempo e nem dinheiro contratando uma prisioneira na cadeira pra matar o cara .
Ele tinha fartas sobrancelhas arqueadas e sombreadas , um olhar esnobe e leviano- tava na cara demais pra não ser . Com tudo ainda tinha que admitir , era mesmo bonito o desgraçado mas algo em sua aparência me deixava irritada e eu nem sabia o porque , só de vê-lo dava-me nos nervos . A cara de mauricinho era tão evidente que me embrulhou o estomago . Seria uma tortura aturar o fulano , iria facilitar sua vida e lhe dar uma morte rápida , ele não precisaria sofrer e tão pouco eu precisaria aguentar seu enfadonhamento. Na reportagem dizia que os policias suspeitavam de que ele tinha sofrido um atentado . Então isso queria dizer que alguém já estaria movendo os pauzinhos para acabar com sua miserável vida , e algo me dizia que era a mesma pessoa que havia me contratado . E se não fosse , isso queria dizer que esse tal de Andrew Casa Blanca tinha muitos inimigos em seu calcanhar . Segundo o jornalista seu estado não era grave , apenas teve algumas escoriações e havia quebrado um dos braços, no entanto por precaução o encaminharam para uma unidade hospitalar mais perto.
Meus pensamentos são cortados quando o cheiro de pizza invade meus sentidos . O homem a depositou na mesa me dando um olhar caloroso enquanto desviei minhas vistas . Não gostava que ninguém ficasse me mirando por tempo demais , uma ira apossava-se de mim de forma rascante , era espontâneo e eu não conseguia ter controle algum desta reação .
- Aproveite moça . Bebe algo? – Ergue uma sobrancelha
- Só refrigerante por favor. – Eu disse secamente
- Então só um refrigerante – E ri . Como não o acompanhei em seu ‘’ gracejo ‘’e só fiquei o encarando de forma nada amistosa o mesmo pigarreia indo até o freezer retirando de lá uma garrafa de Coca-Cola depositando na mesa junto a um copo e se retirando em seguida.
Era só o que me faltava .
Queria era encher minha barriga e não procurar brinquedo desnecessário. E outra que fazia tempo que não ria , não tinha nada pra rir . A vida era amarga demais para isso.
E com esses pensamentos enchi o copo de refrigerante e enfiando uma fatia robusta de pizza na minha boca . Amanhã seria um novo dia e por fim daria inicio a finalização de ‘’ Andrew Casa Blanca ‘’ .
***
Já tinha uma ideia em formação sobre como me aproximaria do tal todo poderoso lá. Precisava de um trabalho e ainda por cima o teria debaixo de minhas vistas. Calcei meus coturnos, uma calça de couro escuro e camiseta também acompanhado por uma jaqueta igualmente de couro. – Todas as minhas peças de roupas eram assim, se não prestasse muita atenção pensariam que é a mesma.
Decidi sair mais cedo com o único intuito de passar em alguma lanchonete por aí para tomar um café da manhã antes de fazer minha visita na famosa e renomada ‘’Revista Pegasus ‘’. O hotel não oferecia a refeição , ali era mais pra passar a noitada .
Não poderia dar meu nome de origem ou seria pega com a mão na ratoeira . Essa gente grande é chegada em puxar a ficha de todo mundo e se puxam a minha estaria em maus lençóis . Com muita facilidade poderiam descobrir de que estive em cana e que ainda por cima em regime semiaberto, meu nome de todo não deixava de ser o mesmo , de Kassandra – Virei Cassiane e com meu antigo apelido de Kass- Pelo menos não seria uma estranha de todo fora da minha própria casinha .
Tomei meu café calma e tranquilamente , havia pegado um táxi até a avenida em que ficava o enorme prédio .- Era bastante vistoso e eu estava sentada bem aqui diante da janela da lanchonete . Enquanto tomava o café borbulhante repassava quais seriam meus passos adiante . Me infiltraria de qualquer forma dentro daquele lugar mas não sairia de lá sem um emprego .
Determinada p**o a conta e saio do estabelecimento atravessando para o outro lado da rua indo em direção da empresa .
- Bom dia ! – Eu digo seca encarando uma mulher com jeitinho de perua . Ela está com um telefone ‘’cal center ‘’ ao redor de sua orelha falando alguma coisa apressadamente para alguém que está do outro lado da linha.
Tamborilo meus dedos em cima do balcão impaciente chamando sua atenção para mim.
- Quê? – A mesma indaga ao telefone me dando um olhar de testa franzida , então seja lá o que a outra pessoa a responde com certeza a deixa ainda mais m*l humorada . Arranca o fone dos ouvidos os jogando em cima da mesa .
- Bom dia ! . O que deseja ?- Exibe um falso sorriso forçado
- Sou nova na cidade e preciso de trabalho . Tem alguma vaga disponível no momento ? – Minha voz não tem entonação alguma . Ao contrário da Kassandra de anos atrás que adorava de certo modo tentar novas amizades , -hoje em dia só o pensamento me deixava nauseada.
- Senhorita bem...- Line . Leio seu nome no crachá pendurado em sua roupa, se interrompe exibindo repentinamente uma cara furiosa quando observa uma turma de homens e mulheres passando . – Parem já aí! , aonde pensam que vão ?- Aponta com uma caneta em direção deles.
Ninguém lhes dá ouvidos e passam direto corredor a fora.
Ergo minhas sobrancelhas pra ela , quando sai de detrás do balcão tentando parar o rebanho que ultrapassou o cercado . – Minha mente é sarcástica . Não podia evitar, esse meu lado adormecido em mim já era parte do meu sistema imunológico.
- Não podem entrar assim! Ei! Estão me ouvindo?! – Ela brada fechando os punhos ao lado do corpo batendo um dos pés com firmeza do no piso lustroso.
- Que gritaria é essa Line? – Um cara alto com barba cerrada e bem vestido aparece entrando porta a dentro antes me dando uma checada devassa dos pés a cabeça . Eu me viro cruzando meus braços o olhando de cima em baixo e conferindo o produto de sobrancelhas arqueadas. Se ele me dava uma olhada dessas como se eu estivesse numa feira em exposição eu o faria o mesmo , e não estava sendo nem um pouco errada , o fulano tinha mesmo uma bela b***a .
-Ande, venha logo fazer o seu trabalho! – A coitada praticamente rosna tentando o tirar do lugar lhe puxando pelo braço enquanto o cara só lhe olha com claro espanto.
- Tá maluca? . O que está acontecendo ?- Ele indaga tirando as mãos dela de cima dele.
A tal de Line lhe dá um olhar irritado colocando as mãos na cintura- Não vê que estão invadindo a empresa ?. Tudo sou eu quem tenho que resolver por aqui ?!- Uma veia em sua testa salta
- Então não está mesmo sabendo de nada ? .
- Não estou sabendo de quê? .
- O chefe vai fazer uma seletiva hoje para conseguir novos seguranças para o acompanhar , depois do atentado de ontem .
No mesmo momento concerto minha postura aprumando meu corpo , enquanto estreito meus olhos , me sentindo muito interessada no que ouço.
Os olhos da pobre mulher quase pulam da caixa em descrença.
- Como é que é ?...
- Olha eu ...- Vou passando por eles os fazendo parar de tagarelar incansavelmente. Já escutei demais e eu poderia afirmar que minha paciência já tinha dado no que tinha de dar .
-E você onde vai ?- A mulher indaga .
- Me candidatar a vaga de nova segurança . – Lhe informo me virando novamente em meus pés a deixando boquiaberta .
Não conheço nada por aqui , porém não deveria ser tão difícil . Fala sério .
Ando por um longo corredor mais adiante olhando os becos . O lugar parecia um labirinto , por Deus! , para que esse tanto de becos de merda, dentro de uma empresa com esse tanto de andar ?.
Um palavrão sacudiu em minha boca , já estava a ponto de soltá-lo quando encontro um cara faxinando o local , ele usava fones de ouvido . Me aproximei os puxando com brusquidão o fazendo olhar para meu rosto espantado. Minha paciência já havia evaporado a muito tempo, não estava disposta a ‘’cordialidades ‘’
- Onde fica a sala do todo poderoso aqui ? – O homem só me olha ainda confuso apontando para o elevador .
Rolo meus olhos .
- No quinto andar , primeira sala .
-Valeu aí chapa . – Lhe dou um tapa em sua nuca devolvendo seus fones para seu ouvido , o deixando paralisado e boquiaberto .
Enquanto entrei uma moça veio correndo segurando as portas para entrar e por sorte consegue , eu não a deixaria entrar se ela não tivesse sido tão ágil.
- Ufa! , ainda bem que consegui . Senão estaria ferrada – Ela tenta uma conversa .
Só a olho de cima em baixo .
É mais alta do que eu , magra , olhos claros e parece até ser uma patty , porém é comunicativa demais , isso está estampado em sua cara .
Fico calada em meu canto louca pra chegar logo no tal do andar do tal Andrew .
- Vai também se candidatar a vaga de segurança ?.
Viro meu pescoço para ela lentamente , a mulher percebe alguma transformação em meu rosto porque seu sorriso logo se desfaz e ela se afasta um pouco de onde estou , nesse apertado quadrado de elevador .
Observaram quando ela disse ‘’ Vai também se candidatar ?’’.
Há ! mais de jeito nenhum que vou deixar alguém me atravessar o caminho a essas alturas do campeonato . A concorrência já estava demais , uma a menos já faria uma imensa diferença .
- Eu serei a própria segurança patty . – Eu digo estreitando meus olhos com cara de poucos amigos .
Quando saio do elevador colo um papel que carregava em minha bolsa escrevendo com um ‘’piloto ‘’ que encontrei jogado dentro da mesma .
‘’ Em manutenção ‘’ .
Me virei nos calcanhares pegando meu rumo ao me juntar aos demais que estavam na fila a espera de serem chamados .
O que eu fiz com a fulana ? . – Necessitei tirar meu cinto e o amarrar em seus pulsos, quando logo adesivei sua boca com uma fita adesiva que trazia comigo. A boba estava com os olhos cheios de lágrimas e uma deslizou por suas bochechas . Eu não me importei, só o que me importava era de que eu pegaria essa vaga de qualquer jeito!.
***
Estava todo fodido! meu corpo doía, estava cheio de escoriações e ainda por cima fui presenteado com um braço quebrado de lembrança. Olhe só como a sorte está cantando e sorrindo para mim! – Minha mente me sacaneia mergulhada em sarcasmo.
Fui levado para o hospital e fui obrigado a fazer uma bateria de exames, ao acordar minhas vistas estavam embaçadas e tudo zunia ao longe. Ainda me sentia meio desorientado quando fui colocado numa maca com balão de oxigênio enquanto os senti enfaixando meu braço o colocando numa base de apoio na tipoia e um colar cervical .
A imprensa já estava aqui e lotou a frente do Hospital querendo saber noticias ao meu respeito . Rapidamente meus assessores tomaram a frente no intuito de que eles me deixassem em paz . Fui liberado logo pela manhã , Kairós segundo ele não estava sabendo de nada , porque segundo o mesmo a bateria de seu celular havia acabado – Não me importei , meus amigos estavam comigo e era isso que importava . Sabia que meu irmão cagava e andava para meu estado , na verdade chego a pensar de que ele ficaria muito satisfeito caso eu morresse algum dia e toda a fortuna e a liderança da empresa fosse passada para suas mãos . Todo mundo sabe que Kairós visa o dinheiro e tem apego exagerado a bens matérias , ele é ganancioso e ambicioso e faz questão de deixar isso bem claro . Nos damos até bem na maioria das vezes , no entanto ele não me parece ser exatamente o tipo de pessoa que me socorreria caso eu precisasse realmente , como agora.
- Está pensando em contratar quantas pessoas exatamente ? – Rick pergunta se sentando em cima de minha mesa roubando umas batatas fritas que eu estava comendo e as jogando na boca.
Sentado em minha cadeira os mirei . Fabry também estava aqui , éramos melhores amigos desde o colegial.
- Cinco seguranças são o suficiente – Eu digo mordiscando a ponta do meu dedo polegar lhes dando um olhar por debaixo dos olhos .
- Eu sempre te avisei que era pra você ter cuidado e andar com seguranças cara – Fabry diz se sentando na cadeira em minha frente com um franzir de testa . – Está na boca do povo o tempo todo , a imprensa nunca te deixa em paz. É um dos homens mais jovens e bem sucedidos de todo o EUA . Tava na cara que uma hora ou outra alguém iria intentar algo contra você .
Aceno sabendo que era verdade .
Nunca fui ligado nessa coisa de andar cercado de seguranças , gostei toda vida de viver a liberdade , de entrar e sair onde quisesse como quisesse sem ter ninguém para me atrapalhar . Contudo agora até pelo menos a chapa esfriar , teria que baixar minha bola e ficar em alerta . Foi constatado que os freios do meu carro foram cortados , a policia continua investigando sobre quem teria feito tal coisa . Embora tenha o conhecimento de que minha fama se estende por todo o país , não me vem a cabeça quem teria tentado me apagar do mapa . Se tenho inimigos , com certeza esses não são declarados . E esse fator se torna a chave mestre do perigo que corro e por isso iria me proteger a todo custo .
Os caras estão aqui para me ajudar com a escolha . Eu poderia fazer isso sozinho mas se eles se preocuparam ao ponto de me ajudarem a fazer isto , eu não os impediria.
E então a seletiva começou . Já me sentia entediado e já havia dispensando pelo menos umas 15 pessoas da sala . Minha paciência já estava evaporando .
- E você o que faz ? tem especialidades nessas coisas ? , já trabalhou como segurança alguma vez ? – Indago massageando minha têmpora , sentado em cima de minha mesa .
Rick e Fabry estão cada um do meu lado de braços cruzados como se eles fossem os próprios seguranças .
Um cara robusto e de rosto fechado me deixa em alerta – Tem postura para isso , o analiso dos pés a cabeça , ele nem precisaria lutar se não quisesse só o tamanho já intimidaria .
- Trabalho em tempo parcial nas noitadas como segurança de boate senhor .
Aceno
- Contratado – Fabry e Rick olham para mim ao mesmo tempo .
Eu o dispenso com um sinalar de mãos . – Pode esperar lá fora , ao final da seleção chamarei os escolhidos para dar as instruções . Mande o próximo entrar
- Sim senhor .- Abre a porta e se retira
- Você nem mesmo quis saber do curriculum do cara mano!. Tá doido? – Rick diz me olhando como se eu tivesse perdido o juízo .
Só dou risada
- Você viu o tamanho do cara ? . Nem precisa lutar Karatê pra botar medo em qualquer um que tentar dar as caras .
Fabry ri concordando comigo.
Já tinha escolhido meus cinco agentes .
Estes eram 3 homens e duas mulheres . – Eram especializados porque vi o curriculum de cada um deles , ao contrário do cara armário que contratei antes .
- Ainda tem uma porção considerável de gente lá fora mano . - Fabry diz voltando até mim .
- Que seja , diz que encerrou - Me levanto de cima da mesa a contornando e me sentando na cadeira . – Mande os demais entrarem por favor .
E então ele faz o que eu mandei .