25. Bradock Acordei no susto, escutando o barulho que ninguém no morro gosta de ouvir de manhã: helicóptero sobrevoando e a p***a do BUM do fogueteiro. Dei um pulo da cama, o corpo já em alerta. A Fernanda acordou junto, assustada como sempre. Faz anos que a gente tá junto, mas, cê acredita? Ela nunca acostuma. — Amor… É a polícia? — Ela falou, a voz meio tremida, o rosto marcado pelo sono, mas os olhos já arregalados de medo. Eu já tava pegando a pistola que fica no canto da cama. O som dos fogos começou, um atrás do outro. Aviso da rapaziada que os homens tão subindo. Operação grande, e eles não tão de brincadeira hoje. Só de ouvir o som, já sabia: blindado, caveirão e os c*****o. — Fica de boa, Fê, vai ficar tudo certo. — Eu disse, mas nem olhei direito pra ela. Meu pensamento já t