*** Rafael Solari ***
(…)
- Chegou a hora da vingança meu filho, chegou a hora de retornarmos ao Brasil e pegar nossa herança novamente! - meu pai fala entrando me meu escritório.
- Como assim chegou a hora? - Você não disse que isso iria demorar? - pergunto
- Meu filho - ele vem até minha mesa e para bem em frente a ela - Eu demorei anos da minha vida para me vingar desse velho maldito, e agora que eu estou pronto para fazer isso você quer dar para traz Rafael? - ele pergunta
- Não que eu queira dar para traz pai, e que eu achei que isso fosse demorar mais um tempo! - falo
- Rafael e agora ou nunca, você sabe que antes de eu morrer eu preciso me vingar, aquele maldito tirou tudo de nós, nos deixou na rua da margura, foi por causa daquele maldito que a sua mãe morreu! - ele fala
Suspiro pesadamente.
- Tudo bem! - falo
- Você sabe o que é necessário fazer não é! - ele fala
- Sim eu sei! - Não sou mais criança! - falo irritado
- Tudo bem, se apresse que já iremos sair! - ele fala saindo da minha sala.
- p***a!!! - falo dando um soco na mesa.
(…)
Durante anos eu fui alimentado pelo ódio do meu pai, e pela vingança de destruir os Mirandas, principalmente o velho maldito da família que está pesando na terra.
Eu cresci sem a minha mãe, ela faleceu quando eu ainda era pequeno, eu cresci em um lar sem amor, e com ódio. Meu pai criou eu e meus irmãos, Antôny que é o mais novo, Calebe que é do meio e eu que sou o mais velho, ele sempre contou sobre as histórias da nossa família e uma delas ele sempre falou dos Miranda’s, necessariamente do Carlos Miranda, o velho maldito da família. Ele tirou tudo do meu pai quando eles eram sócio da mesma empresa, meu pai deu todo seu patrimônio para fundar a empresa dos Miranda’s, e depois de anos, aquele velho maldito deu o golpe no meu pai, com raiva e ódio meu pai precisou sair do Brasil e ir embora com as economias que ele tinha guardado, para poder reconstruir sua vida e dar nos o que comer e beber.
As lembranças vem em minha mente a todo instante, dos dias que eu chorava com fome, dos dias em que meus irmãos choravam com fome e sede, sim passamos dias terríveis em NY. Mais graças a Deus meu pai conseguiu se erguer, teve uma oportunidade e conseguiu ter sua própria empresa, não aquela que ele fundou, mais sim, uma nova empresa, com uma cara nova, com uma vida nova que nos esperava. Mais mesmo assim, ele nunca deixou de ter a sede da vingança e vingança é um prato que se come frio, então tivemos que ter tempo, para então chegar a hora de nós nos vingarmos dos Miranda’s.
(…)
- Ele ainda não desistiu! - Calebe fala assim que entra em minha sala.
Bufo de raiva.
- Ele está certo! - Vingança e vingança Calebe, nós devemos isso ao papai! - Ele nos deu o que comer e beber, tirou do dele e deu para nós, passou fome, sede e frio, para nós dar o melhor, e nosso dever ajudá-lo agora! - falo
- Rafael você não entende, o que o papai quer fazer irá machucar pessoas! - ele fala
- Você acha mesmo que me importo com alguém? - A não ser com o meu pai ou com vocês? - Eu não me importo com aquela família nem com qualquer outra, eles fizeram, eles terão que pagar, não importa quem seja Calebe, já chega de ficarmos recuando, nós somos homens de fibra, somos os Solaris, os temíveis, não podemos simplesmente nos esconder! - Eu não tenho pena de ninguém, e não tenho medo de magoar ninguém daquele p***a daquela família! - falo irritado
- Voce sabe que Antôny é amigo da sua futura esposa não sabe? - ele fala
- O que? - Que p***a que o Antôny está aprontando agora? - E como você sabe disso? - pergunto irado
- Rafael ele é Carolina são amigos a anos, anos, você sempre soube disso, e você sabe muito bem como Antôny e todo sentimental, e sabe que ele irá defender ela sempre! - fala
- Antôny e a p***a de um i****a sem fundamento e aí dele que ele atrapalhe os nossos planos eu acabo com ele, sem pensar duas vezes! - falo
Calebe levanta e bate em meu ombro.
- Boa sorte irmão! - Você vai precisar! - ele fala sorrindo sarcasticamente.
Cerro meu punho com ódio. Pego meu copo e encho de uísque e tomo tudo em um gole só.
(…)
- Soube que vai voltar para o Brasil! - ouço a voz Vanessa
- Eu te devo alguma satisfação da minha vida? - pergunto alterado
- Não, mais me deve uma f**a, pela última vez! - ela fala com uma voz de cachorra
- Eu tenho mais o que fazer Vanessa! - falo
Ela se contorce e fica virada de b***a para mim.
- Me come vai! - ela fala
Puxo em seus cabelos e me aproximo de seu ouvido.
- Não se rebaixe! - Isso e muito feio para uma mulher como você! - falo
Ela se vira e me olha com ódio, e sai.
Vanessa foi uma das fodas que arrumei aqui no escritório, ela é uma das minhas funcionárias, sempre a tive quando eu quis, o problema é que ela se apegou de mais em mim, e não quero nada sério com ninguém, quero apenas diversão, não quero que ninguém grude em mim, meu coração não tem espaço para uma mulher, apenas para o ódio que me domina. Também tenho uma vingança para fazer, então não tenho tempo para distrações.
(…)