Raelynn
Sinto medo ao relatar meu nome no portão
Eles me deixam entrar
Dirigi até encontrar a casa da alcateia.
Parei meu carro na frente dela e saí.
Me sinto muito nervosa em frente a esta grande mansão.
Desejava que minha mãe estivesse aqui, mas ela foi em lua de mel com Damien, então acho que terei que ser adulta e encarar isso.
Fiquei em frente à mansão branca com destaques em ouro, havia uma fonte na frente e ela era cercada por árvores e um jardim grande e bem cuidado.
— Ei, você é Raelynn? — Uma voz soou atrás de mim.
Virei para olhar o dono da voz, um cara loiro alto com olhos azuis, — Oi, eu sou Raelynn. — respondi nervosamente, estendendo minha mão para um aperto de mão.
— Eu sou Nathan, o Beta deste grupo. — ele disse, pegando minha mão — Você pegou todas as suas coisas? O Alpha me disse para esperar por você aqui.
— Sim, eu tenho tudo. — eu disse apontando para o porta-malas.
— Me deixe ajudá-la a levar para dentro então, — ele disse, me dando um sorriso e caminhando em direção ao porta-malas.
Tive um pouco de vergonha quando abri o porta-malas. Ele pegou minha mala e eu peguei minha mochila.
— Dê suas chaves para o manobrista, ele vai estacionar o carro para você. — Ele me disse, linkando a mente de um dos homens.
Entramos enquanto ele arrastava minha mala atrás dele, — Relaxe, Raelynn, todos são amigáveis aqui. — ele disse, sorrindo para mim enquanto eu me mexia desconfortavelmente
— Puxa, quem é essa?— um cara de cabelos castanhos perguntou alto assim que entramos, me assustando e não me dando a chance de admirar a mansão extravagante
— Pô, Jason, você pode falar mais devagar?! — Nathan o repreendeu.
— Desculpa, não quis te assustar. Eu sou Jason, o gamma deste grupo,— Jason disse, sorrindo timidamente. Que fofo.
— Sim, ele é barulhento às vezes. — Nathan acrescentou.
— Eu sou Raelynn Keller, prazer em conhecê-lo,— eu disse sorrindo para ele.
— Oh, Raelynn, o Alpha nos contou sobre você, seja bem-vinda ao grupo! — Jason disse, gesticulando com as mãos para que eu entrasse.
— Obrigada. — eu disse timidamente, já que raramente falo com alguém, muito menos com homens
Por isso, eu poderia sair facilmente da cidade sem nenhuma nostalgia, porque não tenho amigos.
Quando digo que sou uma introvertida hardcore, não é uma brincadeira.
Só sinto falta do meu quarto, que é meu refúgio seguro.
Sou muito apegada a ele.
— Venha, vou te levar ao Alpha. Ele está esperando por você desde manhã. — Nathan disse, me conduzindo por uma escada.
Assenti e subi com ele.
Continuamos caminhando até o final do corredor, onde paramos em frente a uma grande porta preta.
Toc toc! Nathan bateu na porta.
— Entre, — uma voz profunda ecoou do outro lado da sala. Eu tremi levemente
Nathan abriu a porta e entrei atrás dele.
— Alpha, Realynn Keller está aqui,— Nathan disse, dirigindo-se ao homem sentado do outro lado da mesa.
Eu saí detrás dele para olhar o Alpha quando meus olhos encontraram olhos negros profundos que pareciam poder me engolir.
Prendi a respiração por um momento e parei no meu caminho.
— Ok, você pode ir.— a voz profunda soou novamente
Nathan saiu do quarto, não esquecendo de fechar a porta, o que me deixou mais nervosa
Mas esse nervosismo é diferente do que sinto quando as pessoas estão ao meu redor
É algo diferente que não consigo descrever
— Venha aqui, Realynn,— sua voz me tirou dos meus pensamentos mais uma vez
Caminhei lentamente em direção a ele, me perguntando por que eu não achava que meu nome soava tão bonito antes.
Levantei minha cabeça lentamente para olhá-lo novamente.
Ele é o homem mais masculino que já vi.
A camisa branca que ele usava parecia que ia rasgar a qualquer momento e seus cabelos castanhos desarrumados balançavam levemente enquanto ele me observava atentamente
Fiquei em frente a ele e olhei para aqueles olhos escuros enquanto eles percorriam meu corpo.
— Você sabe que vai se juntar a este grupo hoje, certo?— Ele perguntou levemente, se apoiando na cadeira giratória onde estava seu casaco
Eu assenti
— Preciso que você me responda com a boca, Realynn,— ele falou, aumentando ligeiramente a voz
— Si… Sim, — eu respondi Sim, um pouco assustada.
— E o que você tem que fazer para que isso aconteça? — , ele perguntou novamente
— Beb… Beber seu sangue. — falei timidamente, baixando a cabeça
— Bom, você sabe, agora chegue mais perto,— ele me disse, a intensidade de sua voz aumentando um pouco mais, fazendo meu coração bater mais rápido
Meu núcleo se contraiu ligeiramente enquanto eu me aproximava dele, quase o tocando
Ele levantou a mão e levou o dedo à boca, segurando-o entre aqueles dentes brancos como pérolas.
Acompanhei com o olhar enquanto seus dentes penetravam na pele do seu dedo e o sangue escorria da ferida.
Ele segurou minha mão e me aproximou, levantou o dedo e o colocou em minha boca
— Beba. — ele disse, e como se estivesse enfeitiçada, comecei a sugar seu dedo como uma criança faminta.O contato próximo com o corpo dele, minhas pernas tocando suas coxas e sua mão na minha mão, tornaram meu poder de pensar inútil.
Eu segurei sua mão com a minha e continuei sugando seu dedo, me sentindo ficar molhada.
— Agora chega.— ele disse quando senti uma conexão se estabelecer em minha mente — Raelynn, agora você faz parte deste grupo, — sua voz ecoou em minha mente.
— Uau, esta é a minha primeira ligação mental. — pensei em minha mente.
— Sim, é. — ele disse em minha mente, me fazendo arrepiar.
— Você pode ouvir meus pensamentos? — eu perguntei em voz alta
— Sim, do mesmo jeito que você pode me ouvir. — ele respondeu com um leve sorriso.
— Como posso parar com isso? — eu perguntei.