Bem-vindo ao lar, Companheiro.

Capítulo 7

ROXIE

Uma vez que soube que Alexander tinha saído de casa, consegui respirar melhor.

Eu sentia que a Bex se movimentava em minha mente ao tentar reprimir o bloqueio; eu precisava de tempo para mim mesma.

Eu também precisava descobrir por que minha família escondeu algo assim de mim.

Ouvi um som de notificação vindo do meu celular e o peguei. Era do meu tio me informando que eu deveria falar com o Jason e meu pai, e também que ele chegaria à matilha amanhã à noite.

Ótimo, meu tio era o beta de sua matilha. Ele era irmão do meu pai e melhor amigo do alfa de sua matilha. Ele se mudou para a outra matilha por causa de uma mulher que era sua companheira escolhida, mas ela faleceu um ano antes da minha mãe. Ele ficou arrasado, e levou muito tempo para se recuperar dela.

Nunca acreditei na situação de companheiros escolhidos; eu achava que se você não encontrasse seu companheiro, deveria viver sozinho ou seguir em frente, mas nunca se acomodar, pois você pode encontrar seu companheiro inesperadamente.

Suspiro e caio na cama. Não consigo evitar de olhar para o teto, mas removo o bloqueio que tinha sobre Bex. Posso vê-la e senti-la perto de mim, "Você está bem?" ela pergunta.

Assenti, sem dizer nada.

Ela me olha e inclina a cabeça para o lado.

Ficamos nos encarando por alguns momentos antes que Bex quebre o olhar, "Você precisa conversar com o companheiro", ela diz.

Franzo a testa para ela, "Você percebe que nosso companheiro foi quem nos mandou embora e nos machucou há seis anos atrás", eu digo a ela, "o mesmo companheiro que flagramos transando com outra mulher no mesmo dia".

Bex rosna, "Ele era jovem e i****a", ela diz.

"Evidentemente, ele sabia que éramos suas companheiras naquele momento", eu disse a ela enquanto me levantava da cama. "Ele continuou fodendo ela pouco depois de partirmos".

Bex ficou quieta, mas me olhava.

Eu sabia que ela estava pensando em formas de fazer a mulher pagar e nosso companheiro, pelo olhar que estava me dando.

Eu sei que não sou mais virgem, mas pelo menos esperei até estar superada daquele babaca antes de ficar com alguém. Alexander sabia como me sentia em relação a ele naquela época, e mesmo assim, ele me machucou mais do que deveria.

Levanto e pego as coisas que preciso para tomar um banho. Talvez se eu lavar esses sentimentos e dormir um pouco, eu consiga pensar sobre isso racionalmente e ouvir o que todos têm a dizer.

Minha mente divaga; preciso dormir antes de ficar mais cansada e irritada do que o normal.

Tomo banho rapidamente e me arrumo para dormir.

Bex fica pensando; ela deve estar planejando um assassinato ou algo assim, do jeito que estava andando de um lado para o outro em minha mente.

Me deito na minha cama, mas consigo ouvir movimentos do lado de fora do meu quarto.

Eu sabia que era meu pai, pois seu cheiro entrava.

Fiquei olhando para a minha porta, me perguntando se ele viria aqui para falar comigo, mas silenciosamente rezei para que ele me deixasse em paz.

Depois de alguns segundos, ele se afasta da porta.

Não pude deixar de suspirar.

Me movo para baixo da cama e coloco a cabeça no travesseiro.

Olho para trás, para Bex, que está me encarando.

"De quem você está planejando o assassinato?" eu pergunto brincando.

Bex sorri de lado, "Eu posso planejar do companheiro se ele disser algo para te machucar", ela diz, mas suspira. "Rox, estou ao seu lado e sei que você ainda tem sentimentos por ele. Mas também sei que ele te machucou; seguirei você nisso".

"Obrigada, Bex", eu digo. "Preciso de um tempo para pensar e descobrir algumas coisas primeiro, mas veremos como as coisas vão. Nós duas sabemos que cedo ou tarde ele vai se comportar como um i****a". Sorri.

Bex sorri de lado, "isso é verdade, mas Rox", ela diz enquanto lambe os lábios. "Ele é um pedaço de mau caminho mesmo".

Reviro os olhos. "Abaixa essa bola", eu digo a ela, fazendo-a rir.

"Preciso dormir", eu digo a ela, "acho que deveríamos correr ou treinar pela manhã".

Bex assente e boceja.

Depois de dizer boa noite, não demorou muito para eu adormecer.

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Acordei com o sol entrando pela cortina. Reclamei e me levantei da cama.

Esfrego meus olhos e olho ao redor. Meus olhos caíram no relógio; marcava meia hora depois das seis.

Saio da cama e me visto. Coloco minhas calças legging e top de academia e saio.

Desço as escadas e não encontro ninguém.

Entro na cozinha e noto um bilhete, era do meu pai, dizendo que ele e Jason estavam em ronda e voltariam em breve.

Amassei o bilhete e joguei no lixo. Caminhei até a fruteira e comi algumas frutas no café da manhã.

Depois de terminar, me dirigi à entrada da garagem.

Pelo menos posso usar o saco de pancadas, e sabendo que meu pai e irmão estarão em casa em breve, não adianta sair para correr. Quero falar com eles antes de ver ou lidar com Alexander.

Atravessei e abri a grande porta da garagem para sentir o ar fresco enquanto eu me exercitava.

Coloquei as luvas de boxe e comecei a bater no saco de pancadas.

Normalmente, eu teria parceiros para isso, mas como não há ninguém aqui e poucas pessoas acreditariam se eu contasse o que posso fazer, eles até poderiam rir de mim."Ninguém vai rir de você", diz Bex.

Eu sorrio.

"Você pode enfrentar os melhores dos melhores na matilha de Keith e até sair por cima", ela diz, mas um sorriso sarcástico aparece em sua boca. "Além disso, eu os destruiria se eles tentassem algo."

Comecei meu aquecimento, mas um cheiro veio em minha direção enquanto eu me concentrava.

Eu sei quem está atrás de mim.

Olhei por cima do ombro e vi Alexander me encarando.

Franzi o cenho.

"O que você quer, Alexander?" Eu perguntei a ele.

Soquei o saco várias vezes, mas ele não me respondeu.

Virei-me para olhá-lo, mas percebi que ele estava mais perto.

Ele me encarava com um sorriso bobo no rosto.

Bex olha para ele, mas franze o cenho.

"Ele parece um i*****l", ela diz, e não consigo evitar esconder uma risada.

Me movi e soquei, mas Alexander agarrou o saco.

Que diabos está acontecendo?

Fitei-o com raiva. "Saia do saco, Alexander", eu disse a ele.

Alexander me olha, mas posso sentir seus olhos percorrerem meu corpo, mas eles voltam para meus olhos. "Pare de me chamar assim", ele diz.

Eu sorrio. "Não", eu digo e começo a bater no saco novamente.

Soco levemente, pois não quero mostrar muita força.

Sinto o olhar de Alexander em mim enquanto ele segura o saco.

"Você sabe que eu poderia te mostrar alguns movimentos", ele diz.

"Não, obrigada, Alexander, eu me viro", eu disse a ele, socando o saco novamente.

Ele me olha, mas sei que ele está me avaliando novamente.

Sério, vou socá-lo na cara se ele continuar. Só preciso que ele diga uma coisa estúpida, e eu farei isso.

Continuei socando, mas Alexander não estava pegando a dica.

"Acho que eu deveria te mostrar alguns movimentos", ele diz. "Você sabe que as mulheres sempre precisam de ajuda para lutar, ou querem que o cara lute por elas, ou não querem fazer isso com medo de quebrar uma unha ou algo assim."

Ah não, ele não disse isso.

Sinto a raiva crescendo dentro de mim.

Bex estava de pé, soltando um rosnado baixo pela boca.

Estou além de irritada, e ele é um i****a e******o.

Um pensamento vem à minha mente, o que faz Bex e eu sorrirmos. Soquei o saco uma vez, mas na segunda vez, direcionei diretamente para o rosto dele. Coloquei todo o meu balanço nisso.

Quando meu punho acerta o rosto dele, Alexander dá um passo para trás cambaleando, e a mão dele vai para o rosto. Ele me olha, levemente chocado.

Encarei-o de volta. "Me deixe em paz, seu merda", eu gritei para ele e virei para sair.

Caminho em direção à casa e entro, mas percebo duas figuras do lado de fora do canto do meu olho.

Meu pai e meu irmão.

Não me importo com o que eles presenciaram; Alexander mereceu.

Bex estava p**a com ele; ela era toda a favor do poder feminino.

Ninguém deveria presumir nada sobre uma mulher, especialmente quando não se vêem por muito tempo.

Voltei para dentro e bati a porta atrás de mim.

Sentia os olhares em mim o tempo todo, mas não me importava.

Idiota, murmurei para mim mesma.