Capítulo 06 Catarine

1052 Words
Catarine Narrando Uma longa conversa com os meus pais foram os maiores incentivadores para eu sair desse país e ir para o Brasil e correr atrás dos meus sonhos. Porque se Deus me deu a segunda chance de viver eu tinha que aproveitar a distância cada segundo. Chorei com eles durante a noite inteira, praticamente de olhos arregalados, sem conseguir pegar no sono. Eu abracei e beijei muito tentando guardar cada toque, cada cheiro. Gente eu tinha a mesma doença que a Betina, conheci ela no consultório da Dra Valquíria a mais ou menos 4 anos atrás, sabe quando você encontra uma irmã de alma, foi isso que aconteceu com a gente, naquela época eu ainda enxergava, o quanto a minha amiga é linda, fui sua maior incentivadora para ela continuar vivendo. O meu caso é bem mais complicado, quando conseguir o diagnóstico, a doença já estava avançada, sentia as mesmas dores e Betina sentiu, só que as dores nos olhos eram bem mais agressivas, onde me levou perder a visão, no dia em que tudo escureceu e eu acabei caindo, eu não sabia que se eu pedia a morte ou se eu perguntava para Deus porque aquilo Porque comigo. Não obtive uma resposta de primeira, mas uma simples ligação da Betina chorando de dor sozinha, me fez sair de casa, com rastro pequeno de visão que eu ainda tinha, diante daquela menina caído no chão, eu vi a resposta, então sabia que eu tinha que lutar, sabendo que não enxergaria mais . Foi que eu a levei até o doutor Eduardo , o homem que fez com que as minhas dores diminuíssem, e me levantou de um jeito que nem eu acreditei . Dr Eduardo é meu massagista há mais de 6 anos , já fazia massagem tântrica há mais ou menos dois anos, antes de Betina chegar aqui . Só que o meu diagnóstico veio junto com o da Betina, pois o doutor Joaquim junto com a Dra Valquíria estudava dia e noite sobre o nosso caso específico. Então já estava sofrendo na luta contra o tempo, buscando não só diagnóstico como também o tratamento há mais tempo que ela, meus pais junto com o Eduardo não me deixaram desistir, eu não poderia deixar ela desistir. Catarine - não sei como vai ser, mas podemos colocar tudo o que aprendemos aqui, eu há mais ou menos 6 anos de estudo você com 4 podemos tirar o sonho do papel - ouço ela respirar fundo, colocamos as minhas bolsas no porta-mala do carro dela. Consegui me despedir dos meus pais agora. Logo logo eu volto por aqui ou eles vão lá me visitar. Eles sabem que eu preciso desse tempo comigo mesma e em um lugar diferente, será ótimo. Como já falei um pouquinho de mim para você, e de como eu conheci a Betina, como apresentei ela o mundo do prazer, se precisar se envolver, com isso ocupando a mente, e aflorando os hormônios, substituindo a dor pelo sensação de se sentir viva . Vou me apresentar, meu nome é Catarine Bezerra, tenho 22 anos olhos claros pele clara, cabelo castanho até o meio das costas, cintura fina, pernas torneadas, bumbum grandão, peitös medianos , lábios carnudo, típica mulher brasileira, meu povo sou brasileiro estou no Reino Unido há 15 anos quando meu pai precisou vir a trabalho, Ele só estava retornando a terra natal , minha gente meu pai não é brasileiro, mas a minha mãe é , para ser exata carioca da Gema, tenho casa e apartamento no Rio, pretendo ficar aonde Betina for ficar. Betina - amiga é incrível como não dá para olhar e de cara e saber que você e cega - ela fala e eu levanto a sobrancelha e ela me puxa me abraçava - tô falando porque os seus olhos são lindo, e você não tem olhar vago você tem um olhar firme - como diz o meu oftalmologista, aprendi a lidar com a cegueira, em menos de 4 anos, como se eu já tivesse nascido cega, é que eu sou r**m , persistente e brasileira não desisto nunca. Catarine - amiga, por que você está tão tensa? Tem alguém aqui ? - ela segura nas minhas mãos e as mãos e as mãos dela estão geladas - Betina por favor, me deixa no escuro - sinto a respiração dela mudar ela começa a puxar o fôlego devagarinho pela boca, ela faz isso quando está nervosa principalmente quando se refere ao Ronan, aquele desgraçado não merece ela, tudo que eu puder fazer para manter ele longe eu vou fazer. Betina - nada amiga, só vamos sair daqui - qual tínhamos nos sentamos E já tivemos que levantar e sair, não questionei só segui com ela. Catarine - Tem certeza que não podemos adiantar a nossa ida porque esperar dois dias se podemos sair ainda hoje - fecho a porta do carro e ela fica em silêncio. Com certeza ela viu alguém ou algo que não queria ter visto, mas como sempre damos espaço uma para outra, procurei não deixar ela mais nervosa. Porque assim como eu sei o quanto é difícil assimilarmos algo que vemos e temos controle é uma briga muito séria no nosso cérebro. Eu jurava que era só eu que pensava que eu tinha problemas neurológicos, mas com as conversas com Betina ela também pensava assim como eu, mas no final não temos era só a maldita doença tentando apagar. Por muitos anos desde os meus 11 anos de idade, os médicos falava que a minha doença era psicológica Só estava dentro da minha cabeça, eu ainda procurei fui atrás tentei foi acompanhada pelos meus pais e por vários médicos desde os meus 11 anos, já minha amiga sofreu sozinha e calada porque ela já vinha de um histórico de complicações, sofri com a doença mas não passei a metade do que ela passou do que os pais dela principalmente a mãe dela passou, é por isso que eu tenho esse dever de ir e ficar com ela nessa nova fase, isso é bom para mim? não sei, mas estou preparada... Betina : Tem alguma possibilidade de ter alguém do Morro de Santa Marta ou alguém Amanda do Ronan aqui -ouço ela falar baixinho com alguém com certeza do Rio......
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