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Camila Narrando Morro da Maré Essa indecisão e esse temperamento explosivo do Lucas vai acabar me afastando de vez dele. Fomos criados como irmão, ele sempre esteve ali por mim e eu por ele na medida que fui crescendo, mas esse sentimento aflorou em nós dois de um jeito forte, mas ele não quer aceitar e eu que não vou insistir, quando um não quer dois não brigam simples assim e eu vou colocar meu cavalo pra andar, porque se ele pensa que eu vou ficar aqui de braços cruzados esperando a boa vontade dele, ele está muito enganado . Eu me chamo Camila, sou a filha mais nova dos homens mais fodas dessa vida, Piu e Caio. Eu não sei o que seria de nós dois (Lucas e Eu) se nossos pais não tivessem nos criado, se o nosso pai Piu não tivesse nos achado, provavelmente nem viva eu estaria pra contar a minha história. Eu estou na fase da residência na faculdade, curso medicina e vou me especializar em Pediatria assim como a dinda, que é o meu xodó e minha referência de mãe e mulher, a Dinda Anna é incrível e eu sou muito grata a ela por tudo também . Meus pais são meus melhores amigos, principalmente o meu Pai Caio com quem eu passo a maior parte do tempo por causa do meu estágio no hospital daqui do morro. Ele me aconselha bastante em tudo, principalmente em relação ao Lucas, houve uma época que eu só vivia pelos cantos chorando por causa dele e quem sempre me consolava era ele e me dava um sacode pra ter ânimo . Bufei frustrada depois que ele saiu de casa batendo porta, olhei pra o Mt e pra o meu Pai e neguei com a cabeça, não tem mais o que fazer, eu só quero que ele siga com a vida dele e deixe a minha andar eu não quero e nem mereço viver isso. Cada um seguiu o seu rumo, hoje era dia de baile, mas até lá eu tinha que ir pra o hospital, o dia passou rápido e agitado como sempre nem tempo pra comer eu tive direito, encerrei meu turno e peguei minha moto e parei na lanchonete, tava com uma fome enorme. Estacionei ela na frente da lanchonete e fui entrando cumprimentando algumas pessoas que ali estavam, claro que algumas putas viraram a cara pra mim e pra variar eu ignoro com sucesso, mas tem uma que adora tirar a minha paz a Letícia, essa se acha senhor e eu evito até passar do outro lado da calçada pra não ficar escutando as mesmas graças de sempre referente ao Lucas. Letícia - Ai meninas, eu tô levinha levinha, acabei de vim da sala do meu homem e deixei ele tranquilinho depois de fazer ele gozar horrores, agora ele pode terminar o dele com calma e eu ir retocar o meu bronze porque uma coisa que ele sabe fazer é agradar a n**a dele aqui e deixar do jeito que ele gosta. - ela chega na lanchonete se gabando para as amigas piranhas dela e fica me encarando, mas eu mais uma vez não dei atenção e fui fazer meu pedido pra viagem porque eu não iria ficar pra comer ali de jeito nenhum. Não demorou muito e a tia da lanchonete estava me entregando o meu lanche e eu já paguei a ela, mas quando eu me viro eu topo logo Letícia. Letícia - Olha por onde anda queridinha, além de sonsa é cega é ? - ela fala me peitando e eu fecho meus olhos pra me controlar e não sair da minha razão. Camila - Você pode me dá licença? - eu peço educadamente e vejo um vapor do outro lado da rua vendo tudo e já passando um rádio pra alguém que tenho quase certeza que seja para o Lucas. Letícia - Eu só vou te falar uma vez sua sonsa, você pode ser quem for, mas se você se meter com o meu homem eu passo por cima de você e f**a-se o resto, aproveita que eu tô te dando um aviso, na próxima eu te levo de arrasta. - ela fala bem perto de mim e dá um sorrisinho de canto bem debochado. Camila - Não tenho medo das suas ameaças, mas pra sua segurança, prato muito disputado eu deixo pra quem tá passando fome, então faça um bom proveito. - falo e saio da lanchonete subindo na minha moto tremendo de ódio e saio a milhão pra casa vendo o Lucas descendo o morro de moto com mais dois seguranças e quando me vê começa a gritar por mim e eu não paro, passo direto pra casa. Assim que entro na rua da minha casa os vapores já vão abrindo o portão da garagem pra mim e eu entro com tudo com a minha moto buzinando em agradecimento. Entro em casa correndo pra o meu quarto segurando o máximo que eu consegui as minhas lágrimas. Eu não mereço passar mais por isso, todas as vezes ela vem de graça e eu tirando por menos porque se é uma coisa que eu não gosto é de barraco, mas hoje foi longe demais. Caio - Meu amor, você subiu tão desesperada que nem me viu na sala, o que aconteceu Camila? - ele fala entrando no quarto depois de bater na porta e eu autorizar a sua entrada. Camila - Pai, já está na hora de eu sair de casa, de me virar sozinha, de respirar um pouco fora daqui. - falo pra ele que me olha assustado com o que eu disse. Caio - O que aconteceu pra você querer tomar essa decisão? - ele pergunta passando a mão no meu rosto tentando enxugar as lágrimas que teimam em cair. Camila - Eu tô cansada emocionalmente falando de toda essa história do Lucas, a forma que ele me trata, das putas dele me afrontando na rua, eu não quero e nem preciso passar por isso. Eu preciso sair daqui por um tempo, mas eu preciso sair de casa, já está na hora de ter o meu próprio canto. - falo pra ele que me puxa pra um abraço e ali eu desabo. Caio - Por mim nenhum dos meus filhos sairiam daqui, debaixo do meu teto, mas já está na hora de você voar meu amor. Você sempre foi tão independente, tão dona de si e eu tenho o maior orgulho da mulher incrível que você é, não deixe se abater por quem não te merece, ele é meu filho e eu amo muito ele, mas ele não merece a mulher f**a que você é. - ele fala e eu me desato a chorar. (…) O Guilherme é um dos herdeiros do Vidigal, sempre que a gente se encontra em baile ou algo do tipo, ficamos trocando ideia, mas nunca tinha rolado nada, pelo menos não até hoje. Eu não estava nem aí pra o Lucas, não dei nem confiança pra ele, como meu pai disse: Eu não posso deixar me abater por alguém que não tá nem aí pra mim e que não merece a mulher f**a que eu sou. Gui - Mila, eu tenho me controlado sempre que te encontro, mas hoje eu não tenho como resistir não, eu tô com muita vontade de te beijar. - ele fala pegando na minha cintura e eu sorrio de lado. Camila - Então não resiste ! - falo pra ele que nem demora e me puxa pra um beijo gostoso com uma pegada pela minha nuca. Morde meus lábios e sua língua explora a minha boca de um jeito delicioso, que me faz gemer baixinho na hora. Mas eu só sinto um sulavanco no meu braço e o Guilherme sendo arremessado pra longe com o soco que o i****a do Lucas deu nele. Camila - Lucas você tá louco? Ta comendo merda é? - eu falo desesperada indo em direção ao Guilherme que está com a sobrancelha sangrando. Lucas - Louca está você Camila, o que foi que eu te disse? Me diz ?! - ele fala puto e eu tô fumegando de tanto ódio. Camila - Some Lucas, me esquece, você não é nada meu e muito menos manda em mim, essa sua palhaçada já foi longe demais. - eu grito com ele e olho pra o Guilherme que já tinha se levantado e sussurro um pedido de desculpas e saio daquele p**a pedindo pra o dog um vapor que fica na nossa segurança me tirar dali o mais depressa possível e assim ele faz.
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