Hades - O Deus do Submundo

A Briga

Hades

Eu me lembro muito bem do momento em que eu descobri o que sentia pela Rebecca (Espirro), eu tinha 9 anos e ela catorze, os meninos da escola olhavam para ela de uma forma que me incomodava, Nos dois estudávamos na escola na parte da manhã, chegamos em casa fazíamos o dever de casa depois íamos brincar na rua, minha mãe ia com meus irmãos menores para calçada enquanto a gente brincava de pique pega ou queimada.

Eu me sentia incomodado porque os meninos maiores viviam em cima das meninas, Rebecca e Duda tinham praticamente a mesma idade, e eles viviam falando.

“Ei bora brincar de salada mista”

Eu dizia não, e arrastava Espirro comigo para perto da minha mãe, queria ver eles tirar farinha comigo perto dela.

Eu pegava as outras meninas chamando a Rebecca de boba por não aproveitar da chance de beijar na boca.

E ela dizia não, que não ia fazer porque todo mundo faz.

E eu apoiava, mesmo sendo muito novo para saber o porquê.

Meu pai, sempre foi um ótimo pai, do jeito dele, mas um ótimo pai, minha mãe diz que se surpreendeu com ele, na cabeça dele monster ia ter filhos colocar um jornal no chão com um pouco de comida e água e diria:

-Se vira!

Mas não, ele era um pai bom e atencioso, e sempre me disse que eu era o mais velho, tinha o dever de proteger a casa na sua ausência.

“O homem que protege quem ama e um homem de valor.

E eu sempre defendi o que amava, minha mãe, meus irmãos e a Rebecca

Um belo dia um garoto da minha idade me chamou para ir na casa dele depois da escola.

Ele havia ganho um vídeo game de zumbi novinho, eu disse que não, tinha que ir com a Rebecca e Zeus para casa.

Meu pai sempre foi justo, por mais que a gente fosse filhos do todo poderoso Monster meu pai era justo e deixava claro que nos como filhos dele vivíamos debaixo da mesma lei.

Meu pai pode ter todos os defeitos mas era um homem justo, não passava a mão na cabeça de ninguém.

Ele tinha suas próprias leis e ponto.

Havia lugares na comunidade onde as vielas eram bem apertadas onde dava para passar uma pessoa por vez.

Zeus gostava de comprar balas na volta para casa, eu parei com ele Rebeca não viu e foi andando na frente.

Comprei as balas e assim que passei no beco dois garotos seguravam Rebecca para um terceiro beijar.

Eu me vi cego e avancei para cima deles, quatro garotos menores contra mim.

Eu peguei uma pedra gigante e batia neles com ela

Zeus e Rebecca ajudaram, mas os meninos só foram embora quando eu tirei sangue da testa do garoto que queria beijar a Rebecca

Eles saíram correndo

Quando chegamos em casa, minha mãe deu um grito, nós três estávamos sujos de sangue, sem contar que o nariz de Zeus estava sangrando também, e minha blusa rasgada.

-O que aconteceu com vocês.

-Nada! - Eu disse e entrei em casa,eu pai só olhou e ficou quieto.

Rebecca sempre defendeu a gente quando alguém queria nós bater

Mas acho que ela não estava preparada para ser agredida daquela forma.

Quarenta minutos depois a mãe do menino que eu abri a cabeça dele com a pedra estava na porta.

Ao invés da minha mãe atender meu pai foi, e eu fui atrás.

O garoto segurava a camisa de escola na cabeça tentando conter o sangue, a mãe do menino, dona Raimundinha, ficou um pouco intimidada mas começou a falar.

-Sabe seu Heitor, eu vim aqui porque seu menino fez Patotinha para juntar encima. Do meu Henrique, o menino estava quietinho coitado volta ando da escola e seu filho juntou cós outro para atirar pedra nele, por nada, só por impricancia

Veja Homi, o que fez, vai ter que levar ponto,tá horrível, pela misericórdia, seu menino e menor mas não pode bater nas pessoa se fosse ao contrário eu nem sei o que seria do meu minino.

Calado eu estava, calado eu continuei, e meu Pai perguntou.

-Quantos anos você tem guri?

Meu pai perguntou e ele respondeu - 15

-E como sua mãe disse você não fez nada

-Não, não fiz nada, ele começou a tacar pedra em mim, ele o irmão e a menina

Meu pai virou pra mim e perguntou - O que aconteceu?

-Esse garoto e outros dois tentaram beijar a Espirro, ela disse não e eles insistiram, aí eu toquei pedra mesmo.

-E mentira! - O garoto falou. - Vocês já chegaram tacando pedra

Então eu falei - Pergunta na barraquinha do seu Zé, Zeus pediu bala e eu comprei Rebecca foi na frente sozinha, quando eu me virei vocês estavam em cima dela.

Vamo lá pai, eu tenho como provar.

Então fomos na tap barraquinha e seu Zé confirmou a minha história, meu pai deu um dinheiro para a mãe aflita que não sabia o de enfiar a cara de tanta vergonha, ele disse meia palavras para a mulher que saiu de pressa.

Quando chegamos em casa meu pai disse:

-Você enfrentou três garotos com quase o dobro da sua idade para proteger a Espirro, muito bem, protegemos os nossos.

Sempre!

Parabéns também pequeno Zeus, é isso sempre lute ao lado de seus irmãos.

Zeus tinha a boca cheia de balas de caramelo e deu um grande sorriso.

Dois dias depois os meninos e suas famílias saíram da comunidade.

Anos depois minha mãe disse que meu pai tinha colocado eles para fora, um rapaz que e capaz de agarrar uma menina e mentir na cara dura não pode criar raízes no nosso lar.