Fofoqueira

725 Words
Hades Eu e o Yan nós aplicamos mais que o normal, meu pai nos ensinava a atirar como Sniper. Ele fez esse treinamento a uns anos atrás e definitivamente era algo que eu estava louco para fazer. Dar cabo dos inimigos de longe, sem luta corpo a corpo, nós estávamos trabalhando mais do que o normal. Eu chegava totalmente cansado em casa, e me jogava na cama, só saia para ir ver a Espirrim e dar um beijo de boa noite. Eu tinha um plano, eu ia virar fuzileiro e fazer carreira, comprar o sítio que ela tanto quer, um lugarzinho só nosso, um lugar para ela criar seus bichinhos e levar os filhotes da feijoada. A feijoada virou uma porca grande e preguiçosa, ela não segue mais a Espirro por aí, quase não levanta do chiqueirinho. Rebecca ainda vai dar comida para ela com direito a café fresquinho todos os dias de manhã. Ela foi me acordar hoje de manhã com um bico enorme -O que aconteceu, porque está chateada? -Você está trabalhando muito, não tem tempo para mim. -Eu tô trabalhando para gente ter um futuro -A gente tem um futuro aqui no morro. Eu a abraço e puxo para cama - Imagina nos dois no meio do mato, abraçadinhos na rede, sem barulho de carro, ou de tiro, sem se preocupar com inimigo possa invadir nossa casa de madrugada -Mesmo assim eu ainda ia dormir com a arma debaixo do travesseiro -Rebecca, e um sonho pacifista, e do um sonho tá -Ok, mas não podemos bobear na segurança. - Espirrim foca pra em mim, visualiza, não ter que acordar cedo para trabalhar, não ter trânsito, não ter gente reclamando o tempo, podemos ser felizes assim. -A gente podia ter uma vaca? -Para que uma vaca? -Eu podia aprender a tirar leite e fazer queijos. -A gente podia plantar trigo para fazer pão -Ai vai dar muito trabalho, Hades. -Espirro, se você pode ter uma vaca porque eu não posso plantar trigo? -Porque você vai se interessar em cuidar por dois dias depois eu que vou ter que cuidar. -E eu vou ter que alimentar suas vacas -Eu vou alimentar as vacas, como vou alimentar os porquinhos. -E quem vai alimentar as galinhas? -Horas você, até agora você só cuida do trigo. -Rebecca não é só cuidar do trigo, plantar, colocar água todos os dias, colher, bater, moer pra depois fazer o pão. -Eu vou ter mais trabalho que você, tem que alimentar os animais, dar vacina, remédio, recolher os ovos das galinhas, tirar o leite fazer as coisas derivadas do leite. -Isso e mole quero ver encher a mão de calo. -Então eu cuido dos animais e você da horta. A porta do meu quarto se abre - As mães de todos os adolescentes do mundo se preocupam com o que os filhos estão fazendo com a namorada de portas fechadas, eu esperava ouvir vocês conversando sobre sexo, drogas e até mesmo um ménage com uma amiguinha, mas vocês estão debatendo sobre quem vai fazer queijo na casa de vocês? Vocês são um casal esquisito. -Mãe, para de ficar escutando atrás da porta. -Eu escutei sem querer, estou recolhendo a roupa suja. -Mas mãe, você nem lava a roupa. -Por que eu acho um absurdo ter que lavar roupa com seis homens feitos dentro de casa. -Então admite que estava escutando atrás da porta, e não recolhendo roupa suja. -Você está muito abusado Hades -E você está muito fofoqueira Dona Lunna. -Me respeita menino! Vou falar pro seu pai. Minha mãe grita -MONSTER, HADES ME CHAMOU DE FOFOQUEIRA. Meu pai responde do quarto -HADES PARA DE CHAMAR SUA MAE DE FOFOQUEIRA, E FAÇA COISAS INTERESSANTES PARA ELA PODER FOFOCAR DE VOCÊ DEPOIS Minha mãe grita com ele - Heitor eu não faço fofocas Ele responde - A sua mãe não faz fofoca, ela só distribui para o povo informações das vidas alheias, e a própria cientista da informação. -Lunna, se eu percebi bem, esse e um jeito chique para te chamar de fofoqueira - Espirro fala rindo. -E como dizia Chico Xavier " Você tem que ser o ponto final da fofoca" Eu digo " Posso ser o ponto final da fofoca mas que ela chegue até mim. - Monster fala -Eu sou só uma fonte de informação - Lunna fala. -Fofoqueira!
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