— Hoje é seu aniversário. Não pode recusar. — Argumentou pela milésima vez, tentando me convencer a aceitar seu presente. Eu poderia até ser comparada a uma chata por recusar sempre os presentes dele. É que não sai da minha cabeça o fato de Ian ser o cara rico apaixonado pela simples funcionária. Meu salário não é pouco — muito pelo contrário —, é acima da média. Entretanto, comparada ao patrimônio dos Novack, sou uma pobretona com medo de ser vista como uma interesseira que só quer o dinheiro dele. — Ian! — Cruzo os braços, desafiando-o com o olhar. — Não preciso de presentes. Sabe disso. — É minha namorada. Até quando vai recusar tudo que desejo dar a você? — Inquiriu, também me desafiando. Eu poderia até aceitá-los se não fossem tão valiosos e cravejados de diamantes, como o colar