Nascidos do Crime

Só o começo

Tiago Assis

— Que isso cara, nós era parceiro— ele tenta ajeitar o braço enquanto faz cara de dor

— Tu acha que sou otária, achou mesmo que eu ia deixar você passar em branco? Tu vai morrer filho da put@!

— Só faz de maneira rápida TG, considera meu tempo aqui irmão!— fico rindo do que fala.

— Pode deixar que eu vou ser fiel a você como você foi comigo— chamo um dos meus homens apontando o dedo— Leva esse v***o pro c*******o. CABEÇA— grito de onde estou— MANDA O ROGERINHO PRO c*******o, HOJE VAI ROLAR UMA BRINCADEIRA BOA

— Chefe— Dileu me chama

— Manda o papo

— Cinco deles fugiram.— desgraçados

— Tem problema não, se eles pensar em voltar aqui nós mete bala neles

— Jaé— ele fala e seguimos para o c*******o, as pessoas na rua começa a nos olhar e outros se assustam com a minha presença

— É TU mesmo TG— olhei pro lado e reconheci a voz do André. Olhei pra ele de cadeira de rodas e fechei a cara

— Deu mole Andrezinho? O que foi isso cara?— ele olhou com raiva para o Rogerinho e eu já entendi que tinha dedo dele no meio

— A gente conversa depois na minha venda.

— Montou uma vendo aqui?— pergunto feliz, porque sabia que ele era um homem trabalhador e de respeito

— Sim mas estava preste a fechar. Passa lá quando puder. Estou depois do beco da 14

— Valeu, nós se vemos por aí— ele deu meia volta com a cadeira de rodas e se retirou.

Direcionei cada um para seu posto e agradeci que Deus havia guardado cada um de nós, ninguém saiu ferido e nem sem vida.

A ideia de não fazer barulho foi a melhor coisa. Talvez eu ter ido para a Califórnia não tenha sido uma ideia tão r**m assim.

— E aí chefe, o que vamos fazer agora? Da mesma forma?— Cabeça pergunta assim que chegamos no c*******o.

— Não, dessa vez vamos fazer um trabalho direito. Vai na boca central e pega o Caio, traz ele pra mim. Lucas põe uma água pra ferve

— Deixa comigo!— ele disse e o Rogerinho ficou me encarando enquanto ria

— Você age como garoto, nunca fará um papel de homem descente. Tu pode me m***r mas sempre vai ser taxado como o****o. Nem sua mulher foi fiel a você— a vontade de meter bala nesse miserável não me falta, mas isso seria muito pouco

—Aprendi a viver no luxo, e descobri que o que eu comia era carniça. Gabriela foi livramento, eu não sou fã do que sobra, o resto eu deixo pros cachorros disputar. Tem lixo que não é pra ser reciclável. Mas tu não sabe o que é isso! Não tem como eu discutir com um homem que só come p**a de favela

— Ela me mostrou o que fazia com você— ele fala pra me irritar e eu começo a rir

— Pode ficar pra tu! Tenho coisa melhor na minha vida— me refiro a Wanessa, apenas ela é o algo melhor na minha vida.

— Pena que eu não vou conhecer essa p**a— dou com a arma na cara dele roncando parte da sua pele

— Respeita minha mulher c*****o! Tá pensando que eu estou de brincadeira com você.— seu olhar de medo mostrava que ele estava ciente que eu tô puto e agora mesmo que não vou facilitar pra ele

— Só acaba com isso, mas não estraga ainda mais o velório— dei uma risada forçada a ele

— E quem disse que tu vai ser velado?

Não respondi mais nada a esse o****o, apenas esperei com que o Caio chegasse.

— Qual foi TG?! Me deixar ir embora— Caio falou nervoso, o vacilão já tava todo mijado

— Tu sabe o que tira a bactérias das coisas?— pergunto a ele

— Álcool— ele fala chorando

— Tu tem razão, mais tem muita coisa além disso que pode desinfetar as coisas. Você sabia que as pessoas aprende vendo ou fazendo, correto?

— Você tem razão, você sempre teve razão TG, só deixa eu ir

— Tá com pressa por que? Assista aí o que eu vou fazer contigo caso eu descubra que estava se envolvendo com esses merdas. Prepara as coisas da limpeza que o Caio vai limpar a bagunça de hoje. Lucas a água já tá quente?

— Tá sim patrão

— Traz pra mim então. Dileu, rasga a camisa do nosso amigo Lacraia

— Koé TG, faz isso comigo não cara— ele começa a se desesperar quando eu pego a panela quente e sua camisa é rasgada— QUAL FOI TG, FAZ ISSO NÃO p***a!— jogo nele e parte da sua pele desmancha— AH.....— ele grita em agonia

— Isso aqui Caio, é o preço da traição, entendeu?!

— Sim eu entendi, TG. Entendi bem o recado

— Não, tu não entendeu não. Eu vou fazer você entender melhor— peguei meu canivete e cortei a língua do Lacraia— X9 na favela recebe isso entendeu?— ele estava de olhos fechados

— Sim, eu entendi cara

— Judas até pensa em nos m***r, mas quem é protegido por Deus renasce. Mas nós não somos Jesus, por isso nós mata o Judas antes que eles executa seu trabalho.— viro para os meus homens e faço sinal pra eles— termina e amanhã nós vamos liberar o corpo para o enterro. Agora meu assunto é com você

— ACABA LOGO COM ESSA p***a c*****o, PARA DE FAZER JOGOS

— Não era você que gostava de diversão? Minhas drogas era da boa né?

— ANDA LOGO TG

— Primeiro tu vai gravar um vídeo pros irmãos

— EU NÃO VOU TE AJUDAR p***a!

— Eu posso ser pior do que você imagina, colabora pra nós terminar logo com isso.

— Tá bom, só diz o que eu tenho que fazer?!

Pego meu celular e começo a gravar

— Manda aí a verdade, fala o que aconteceu de verdade

— Tá bom p***a, só me mata logo

— Se você continuar enrolando eu vou piorar a sua situação— ele começa a respirar com dificuldade mais começa a falar

— Não foi o TG que me entregou a favela, foi o pivô dele o Lacraia. Ele não sabia de nada, ele não me deu as drogas, eu que roubei— ele olha pra mim com desespero— ME MATA LOGO p***a! JÁ CONTEI A VERDADE— ele implora

— Abaixa tua bola que temos muito pra conversar

Subi com ele pra dentro do mato, onde costumava desovar os corpor que fazia uma m***a fudido.

Rogerinho cavou a sua própria cova, e eu fiz com que ele mesmo se matasse, seria fácil demais pra mim fazer isso e ele já estava acostumado a agir com ruindade assim como eu.

Ele mereceu passar por isso, por cada vez que me humilhou diante do meu povo, mas agora vamos ver quem é o brabo de verdade!

Amanhã eu vou rodar aqui e ver que c*****o que ele fez aqui.