Wanessa Freeman
Tento tapar mais os meus s***s e o homem se senta na cadeira a minha frente
— Você pode ficar no sofá— ele diz olhando direto para os meus olhos e joga a jaqueta em minha direção para me tapar
Ele estava sendo o primeiro a fazer isso e eu me cobri rapidamente
— Obrigada— disse ainda constrangida e ele pouco se importa
— Quanto tempo esse lugar existe?— é a sua primeira pergunta
— Não faço ideia, cheguei a quatro anos— ele está atento às minhas falas
— Quem é aquela mulher ruiva do cabelo curto?
— Você deveria saber, ela é a cafetinha Mara
— E além dela tem outros?— Ele parecia buscar informações
— Não acho que você veio aqui saber sobre mim, está perguntando mais sobre o local do que tudo— digo
— Pra eu ter a certeza que te quero, preciso saber de onde estou te tirando— dou um sorriso fraco
— Estamos em um prostíbulo, não tem muito o que esperar daqui da mesma forma que não temos o que esperar de vocês— ele pode não falar como os outros, mas sabia que em breve as altitudes seriam as mesma
— E quem disse que eu quero que espere algo de mim?— ele estava sério
— Seria bom termos uma convivência boa, mas pelo jeito você só espera em fazer sexo
— Você disse tudo! Estou em um prostíbulo, se eu quisesse uma santa iria para a missa e tentava conquistar as freiras
— Seria bom, lá você vai conseguir o que quer— ele me olha e morde os lábios forte com raiva
— Só responde as porras das minhas perguntas
— Eu respondo, mas pensei que ia perguntar sobre o que gosto de comer e de fazer. Todos perguntam— ele riu balançando a cabeça me deixando confusa
— Por acaso você me perguntou o mesmo?— ele fala sério, por que eu perguntaria?
— Só estou aqui para responder as perguntas, não fazê-las
— Então você quer que eu pergunte sobre você?!— ele apoia os cutuvelos no joelho enquanto segura o queixo e eu não respondo— Gosta de cozinhar?
— Não sei— respondo
— Como não sabe?
— Eu não sei cozinhar
— E lavar roupa?
— Também não— eu nunca fiz essas coisas, tinha empregados pra isso e aqui nunca sai da jaula
— Sabe arrumar casa?
— Nunca passei uma vassoura na casa— ele me olha sem acreditar
— E que c*****o você faz?— pergunta irritado
— Você está me comprando para f********o e te acompanhar, não ser a sua empregada— ele riu
— E você acha isso bonito? Ser uma mulher apenas de dar prazer!
— Vocês vem aqui pra isso— ele tira a camisa mas antes tira algo do peito irritado na minha frente me mostrando seu corpo
Eu não deveria, mas o desejo!
Nunca vi um homem tão lindo na minha frente como ele
— Acha que preciso pagar alguém para eu sentir prazer?
— Se não precisa, por que está aqui?— as palavras surgiram de imediato
— Não te interessa— ele coloca a camisa novamente— meu tempo acabou.
O homem coloca a camisa e alguém bate na porta
Não espera que chame outra vez, ele se retira de imediato, por sorte não havia mais homens e eu segui com sua jaqueta para a sela, todas as mulheres estavam acostumadas a carregar pertence de homens para a cela e eu não estava fazendo diferente
Tomei meu banho junto com as outras e quando me deitei para dormir, agarrei em sua jaqueta
Aquelo me deixava mais aquecida que os lençóis finos que nos davam para aquele chão duro
Até que ele é cheiroso
— Acha que o moreno gostoso vai te comprar?— Savana fala, ela é a pior das prostitutas
— Não faço ideia— respondo me virando para a parede
— A jaqueta dele está com você, me dê ela?— ela pede
— Se você quiser algo dele, peça a ele e não a mim. Está frio e eu vou dormir
— Vou apagar a luz e não quero ninguém cacarejando— o carcereiro disse, essa é a forma de nos chamar de galinha
Queria dormir, mas o miserável daquele homem não saia da minha cabeça
Não sei porque estou pensando nele se já decidi que nunca mais irei querer homem de rosto e corpo bonito.
Uma semana depois...
Os seus olhos não saíram da minha cabeça desde aquele dia, e por mais que eu dissesse que não queria me encantar por um homem do rosto bonito, ele me chamou a atenção
Hoje será o grande dia do Leilão, todos os envolvidos estarão para fazer seus lances
— Fiquei sabendo que um dos seus compradores desistiu de lhe comprar— Savana fala e minha cabeça vai diretamente na pessoas que venho tentado esquecer todos esses dias.
— Bom para os outros— respondo de maneira seca
— Tenho certeza que foi o moreno, espero que ele volte aqui para nós terminarmos nossa conversa
— Ele pagou por você?
— Está curiosa?— ela cruza os braços fazendo pose enquanto sorrir
— Não me importo!— coloco o perfume e o salto, hoje teremos que nos apresnetar de lingerie e bem maquiada— hoje eu serei comprada e sairei desse inferno
— Você sairá de um e inferno e entrará em outro, os homens que compra as mulheres daqui são da mesma forma que qualquer capangas do universo, eles não têm misericórdia
— Se eu me casar com um velho, não precisarei ficar sofrendo por muito tempo, e um pouco de mentira e respeito vai fazer que eu viva melhor do que vivo aqui
— Você pensou em tudo— ela debocha
— Pensarei melhor quando eu for embora
Sai da cela e fui de encontro aos compradores.
Verdadeiramente o moreno não estava, imaginei que não iria aparecer, como as outras eu me encontrava sentada esperando o preço ser lançado.
Duas já havia sido compradas, faltava eu e mais duas.
— Cento e cinquenta mil, alguém da mais?— o leiloeiro fala a meu respeito
— Duzentos mil dólares— o primeiro homem que falou comigo na sala diz! Meu peito chega apertar, porque ele não era velho, ele parecia ter uns cinquenta anos no máximo e eu sabia que se eu morasse com ele ia sofrer bastante.
— Duzentos e cinco mil— um senhor disse, ele era nojento.
— Duzentos e oitenta mil— outro senhor fala e todos ficam quietos
— Duzentos e oitenta mil, alguém mais? Dole uma, dole duas...
— Trezentos mil dólares— estava sendo o maior preço de hoje pelo primeiro cara que eu havia visto de primeira
— Alguém mais?— O leiloeiro pergunta
— AH......— Uma das mulheres a ser vendida grita e sai correndo pelo salão nos mostrando que havia algo errado
Uma multidão de pessoas do Leilão corre logo em seguida e dessa vez eu não estava amarrada e comecei a correr quando vi bomba de gás sendo lançada no local.
Tirei o salto alto e tornei a correr com eles na mão, pois estava me atrapalhando e por conta da multidão apavorada eu cai. Me levantei e continuei seguindo, essa era a minha chance
Segui o mesmo caminho das pessoas que corriam comigo, até que vi a rua, havia carros de polícia por todo canto e eu só vi um motoqueiro preste a dar partida, subi na moto correndo, mesmo não conhecendo aquele estranho
— TÁ MALUCA!— ele fala— VAZA DAQUI, RALA PEITO!— ele ordena e eu seguro em sua cintura firme, de maneira que ele não pudesse me tirar
Eu só quero fugir