Subindo o Morro

1356 Words
Wanessa Freeman Estou há dias em desespero tentando comprar uma passagem para ir para o Brasil, entretanto eu não conseguia. O Breno queria vir comigo mas era impossível! Dimas não permitiu com que ele me trouxesse, mas ainda assim o Dimas me ajudou a chegar até aqui, ele conseguiu as passagens e disse até que se não desse certo, mandaria o jatinho. Ainda não estava acreditando nas palavras do doutor por isso, pafa confirmar, eu bati a ultrassonografia e percebi que aquele médico tinha razão, bem... como eu iria imaginar que eu ficaria grávida na primeira transa que eu tivesse. Estou com 3 meses de gestação e minha barriga ainda não possui nenhum volume mas sei que logo em breve ela vai começar a aparecer Peguei todas as imagens e todos os exames que eu realizei coloquei em uma pasta arrumei a minha mala e embarquei para o Brasil, agora estou dentro do avião pensando se isso verdadeiramente era certo de se fazer, bem.. Não faço ideia mas de uma coisa eu tenho certeza eu não posso criar essa criança sozinha Faltava muito tempo para que eu chegasse no Brasil então eu decidi dormir, enquanto a Taís estava vendo um local para que eu pudesse ficar, ela havia dito que o Tiago proibiu a ida dela até que as coisas ficassem normalizadas, mas ela havia me comunicado também que os planos dele tinha dado certo, o que me fez pensar que seria uma ótima ideia a falar com ele Seria bom se ele abandonasse tudo isso E voltasse comigo pois eu preciso de muita ajuda para poder liderar esse novo negócio, eu entendo de muita coisa, mas o Tiago é bem mais experiente do que eu e sabe lidar com tudo melhor do que eu. Eu espero que ele não vem rejeitar o nosso filho da mesma forma que me rejeitou. Pois eu acho que não me sentiria nada bem (...) Desci do avião e fui com as malas para o hotel onde a Thaís havia reservado, ela disse que não era distante de onde o Tiago estava, o que me deixou ainda mais impaciente, liguei pra ela e pedi o endereço de maneira discreta, a Thaís me deu e disse que estava próximo e que eu poderia pegar um táxi até o pé do morro depois de dez minutos. Mau sabia ela que eu já estava dentro de um táxi aguardando pra chegar no lugar. Assim que coloquei o pé no lugar vi uma montanha com milhares de casas agrupadas e mandei uma mensagem pra Thaís dizendo que eu estava chegando. Então isso era um morro? Peguei o envelope e comecei a subir sem saber pra onde eu ia, eu só preciso ver o Tiago, não quero mais nada! — Qual foi, tu tá vindo de onde?— um homem fala com um tremendo fuzil atravessado no peito. Ele me olhou sorrindo de maneira maliciosa. Eu não estava entendendo a sua língua, pois nunca aprendi nada do português —I don't know how to speak your language— digo que não sei falar a língua dele — Fala direito p***a, eu não intendo inglês— não faço ideia o que ele esteja falando, mas deve está falando coisas perversas enquanto não para de olhar pro meu corpo— Tá fazendo o que aqui, princesa?— repito que não sei falar a língua dele —I don't know how to speak your language— tento gesticula mais ainda assim ele não entende e nem eu entendo o que ele está falando — Mostra sua identidade, tu é gostosa pra c*****o hein— o que esse homem está falando? Tento pegar meu celular e ele mexe na minha bolsa juntamente comigo, eu lhe empurro e ele se arma para me da um t**a na cara. Minha reação foi imediata, quando peguei a sua mão e torci nas costas de forma rápida eu precionei seu corpo na parede com a ponta do meu salto no momento em que torcia seu braço e sua mão — SOLTA ELE p***a— sinto uma arma na minha cabeça e outra com o bico na minhas costas. Eu não fazia ideia do que eles estavam falando, mas sabia que estava preste a ser morta — ABAIXA ISSO! VOCÊS QUEREM MORRER! O TIAGO VAI m***r VOCÊS SE FIZER QUALQUER COISA COM ELA— sou virada de maneira bruta e só então consigo notar que era a Thaís falando no seu idioma — Wanessa eu falei pra você me esperar! Aqui não é Califórnia, o pessoal não tem pena— ela fala comigo brigando e eu acabo ficando estressada mas não discuto Thaís tinha razão, mesmo que eu não quisesse aceitar! Ela fala com dois deles brigando e evita o contato de um, não entendo muito bem o que eles falam, mas parecem escutá-la sem mais questionamentos — Onde está seu irmão? — Ele está fazendo uma cobrança — Tá, então nós vamos até ele— disse decidida — Você está doida? Tiago vai falar pra caramba se nós chegar atrapalhando ele — Eu estou pouco me importando para a revolta do seu irmão— respiro fundo antes de tornar a falar— Thaís, eu vim do Estados Unidos pra ver o seu irmão e dá a notícia pessoalmente a ele assim que eu chegasse. Estou a quase três dias sem dormir e sem comer direito. Estou com um estresse fora do normal e você vem me dizer sobre o Tiago ficar estressado? Eu que deveria está estressada por ele ter me engravidado e ter ido embora quando tudo que eu precisava era da sua companhia. Daqui a pouco vou estar com um bucho enorme e ele vai estar com uma p*****a qualquer. Ele disse que gostava de mim e se ele gosta vai assumir essa criança, eu não quero mais nada além disso!— Thaís estava assustada com tudo que eu havia dito, seus olhos estavam arregalados — Eu vou ser tia?— ela pergunta sorrindo e põe o ouvido na minha barriga — Thaís ainda não dá pra escutar! Não sinto nada direito, mas sim! Você vai. Trouxe os exames para ele ver — Meu Deus!— ela exclama me abraçando e eu acabo sorrindo de lado— Eu já quero ele sendo mimado por mim, será menino ou menina?— ela parecia mega ansiosa — Espero que seu irmão fique tão feliz quanto você — Estou doida pra ver a reação do Tiago quando souber— ela me dá a mão e saiu me arrastando— vamos subir de mototáxi— Não sei o que é um mototáxi mas eu acabo indo junto com ela, subi em uma das motos e a Thaís mandou eu segurar na cintura do homem, mesmo que eu não quisesse eu fiz. Subir por essas ruas era uma tremenda confusão. É gente na rua, moto desviando de moto, de pessoas e de carros, parece que todos aqui se conhecem, todos eles se cumprimentam, passo por um campo de futebol e percebo uma mulher gritando com uma criança enquanto ela corre batendo com os calcanhares na b***a em desespero. Pra mim a cena parecia engraçada, não posso falar o mesmo para a mulher que parou sentada na calçada procurando pelo ar. O menino da moto me deixou em uma casinha praticamente abandonado e apontou a porta, ele deu meia volta com a moto e eu fiquei receiosa de entrar quando ouvi um grito de raiva e imaginei que era o Tiago falando com alguém. Eu reconhececeria aquelas voz grossa e rouca de qualquer lugar do mundo, mas nesse momento eu estava pouco me importando o que ele estava fazendo e de quem se tratava, pelo menos foi isso que pensei antes de rosquear a maçaneta e ver o que não estava preparada para ver. Meus olhos desviou do seu p*u para a loira apenas de calcinha ajoelhada. Fechei minha mão em punho e mordi os lábios forte quando encarei os seus olhos enquanto o meu ardia em decepção. O Dimas tinha razão, eu não deveria ter vindo! Ele deveria ter me impedido e não ter me ajudado.

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